Amanhece o dia, a noite de Ane foi conturbada, ela dormiu muito mal, seus pensamentos sobre o dinheiro que roubou de sua mãe a fizeram virar de um lado para o outro a noite toda. Ela tenta se convencer de que fez o certo e de que está vivendo o amor de sua vida, uma história perigosa, cheia de desafios e excitante, tudo que ela sempre sonhou.
Ela se troca e envia uma mensagem ao namorado, depois de uma noite péssima tudo que ela precisa é vê-lo. Em poucos minutos o rapaz chega, mas quem nota sua chegada primeiro e sai ao seu encontro é a mãe de Ane, que fala com firmeza e com um tom de voz altíssimo:
- Você não é bem-vindo aqui!
- Quem decide isso não é a senhora! – Retruca o rapaz no mesmo tom de voz que a mãe de sua namorada.
Nesse momento Ane chega e se junta ao namorado.
- Vamos amor, não precisamos ficar aqui. - Diz ela puxando o rapaz pela mão.
A mãe de Ane continua a falar e a proibir a garota de sair dali, mas é totalmente ignorada pela filha que sobe na moto com John e os dois saem em alta velocidade.
O vento nos seus cabelos, a velocidade da moto, John na sua frente, Ane tem vontade de gritar, gritar que está viva, viva e livre! Ela pede ao namorado para que a leve no hotel em reforma que era de seu avô e ele atende ao pedido.
Os dois passam o dia em um dos poucos quartos do hotel que está inteiro e limpo, é o quarto onde John costuma ir e as vezes até dormir. Ele levou bebidas e cigarros, Ane fuma pela primeira vez e se sente em um filme de romance gangster. Entre bebidas, lanches, cigarros e beijos o dia passa e a noite começa a cair, as caricias de John fazem Ane derreter, a paixão misturada ao álcool, incendeia todo o seu corpo, então John a olha nos olhos, com seus olhos negros e brilhantes que parecem conter uma galáxia, ele sussurra:
- Eu te amo, Ane!
Essas palavras são o suficiente para fazer com que ela perca o chão, ela o ama e ela quer viver aquele momento mais do que qualquer outra coisa na vida.
- Eu te amo, John!
Eles se entregam a um beijo intenso e apaixonado, com pressa de pertencerem um ao outro, Ane se entrega totalmente a John. Agora ela pode dizer que pertencem um ao outro, eles se conectaram de verdade, a energia dos seus corpos fluiu um para o outro e ninguém pode tirar isso dela. É a primeira vez que eles fazem amor, mas para Ane é a primeira vez na vida e ela se sente ainda mais apaixonada, repetidamente ela sussurra:
- Eu te amo, John. Eu te amo!
Após uma noite de amor com John, Ane volta para a casa, ela está nas nuvens, apaixonada e completa. A alegria da garota é interrompida pelo seu pai que a espera na porta do quarto e em tom e reprovação e com semblante de desprezo diz:
- Estava com aquele marginal? E esse cheiro horrível de cerveja e cigarro? Por Deus, que decepção você me saiu!
A mãe de Ane aparece gritando, totalmente descontrolada e com os olhos vermelhos, como quem chorou recentemente.
- Qual é o próximo passo? Vai aparecer grávida dele aqui ou a polícia vai derrubar nossa porta?
A garota explode de raiva e berra:
- Espero que as duas opções mamãe! John é muito melhor do que vocês! E se estão tão preocupados com sua porta, eu posso me mudar daqui!
- Pois bem, junte suas coisas e saia! – Grita o pai de Ane em tom de imposição.
- Querido, calma! - diz a mãe da garota.
Mas ele está decidido.
- Não! Você tem até amanhã, quando eu chegar do trabalho não quero te ver aqui, Ane!
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Inconsequente
RomantiekAne está a poucos dias de completar 18 anos, ela é filha de pais conservadores e está com as emoções a flor da pele. O toque final para a ovelha negra vir a tona é uma paixão inconsequente. Até que ponto é seguro nos entregarmos a alguém?