Caçada

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O pescoço de Amélia já estava 80% regenerado, "mais uma pra coleção" diz Amélia pra si mesma olhando-se no espelho. E estava cada vez mais difícil lidar com Chelsea e seu dom. Por isso, a vampira passava a maior parte do tempo com Jane, que já havia virado uma grande colega de Amélia.

Aro estava irritado com a forma que Amélia se esquivava de Chelsea usando seu dom, o pescoço da vampira já estava quase curado e ela não tinha criado nenhum laço afetivo se não com Jane e não passava de um breve coleguismo. A mulher era realmente desapegada a tudo e muito esperta.

Desde que Amélia se hospedou no castelo, até o clima de lá havia mudado e claro que a maioria notou. Para uns foi algo agradável e revigorante, para outros, um pesadelo. Jane e Alec pareciam mais espontâneos e felizes, Demetri e Santiago estavam fascinados pela mulher e seu espírito confiante, Caius sem saber o porquê, se irritava com isso profundamente. Até Marcus parecia menos desanimado e Aro, adorava tudo aquilo, e estava obcecado.

- Chelsea, faça alguma coisa! - Aro dizia (quase gritava) irritado dentro de seu escritório.

- Mestre, ela sempre foge, aquela mulher sempre desaparece. - Chelsea se defendia.

- Tudo bem. - Aro não queria uma de suas jóias irritada e sabia o que Amélia estava fazendo. - Ela fica sempre com Jane não é? Chame Jane e Alec aqui, eles farão uma longa viagem. - Aro diz com um sorriso diabólico.

Jane e Alec foram designados a uma "missão" nos Estados Unidos, duraria pelo menos 1 mês, Aro inventou uma denúncia que dizia haver um número desenfreado de recém-criados por lá e eles investigariam o caso. Aro também apresentou Corin para Amélia, a "droga" dos vampiros, seu dom era dar prazer e suprir necessidades sentimentais deles, fazendo assim com que se viciassem. E claro que Amélia desconfiou e logo descobriu o plano de Aro, o que ainda a intrigava, era a obsessão dele por ela.

Caius continuava na mesma, salva as exceções de quando cruzava com a vampira pelos corredores do castelo e ela fazia questão de provocá-lo. Para ela era prazeroso ver ele tão irritado e ele, no fundo gostava daquele sentimento diferente que sentia em relação a ela.

[...]

Sem Jane e Alec no castelo e com seu pescoço agora em perfeito estado, Amélia já planejava partir, porém, uma visita inesperada aos Volturi fez ela mudar completamente de ideia.
Um colega de viagem apareceu no castelo parecendo desesperado atrás dela, se pudesse respirar estaria sem fôlego e entrou sem ser anunciado no salão de julgamento onde estava Amélia prestes a se despedir.

- Amélia, aí está você! - O vampiro de cabelos negros diz desesperado.

A vampira se vira e parece chocada ao ver o homem parado na sua frente, Aro se inclina no seu trono com um olhar curioso.

- O que devemos essa intromissão? - Aro pergunta sério, ele não suportava que tal coisa acontecesse e Caius já estava com um olhar mortal em seu trono, ansiando pela morte daquele homem.

- Tinha que ser por causa dela. - Caius murmura.

- Amélia, os... Os filhos da Lua descobriram que foi você! Estão caçando você para te matar. - O vampiro diz e os três mestres arregalam os olhos e finalmente compreendem as marcas no pescoço da vampira.

Os filhos da Lua eram lobos extremamente letais e os maiores inimigos dos vampiros, principalmente dos Volturis.

- Eles... O que? - Amélia ficou paralisada e tocou na enorme cicatriz em seu pescoço.

- Amélia querida, posso? - Aro estende a mão para ela curioso e ela apenas aceita, não tinha mais nada a perder.

Aro arregala seus olhos vermelhos e solta uma risada estrondosa.

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