Segredos

265 37 4
                                    

A cena que os vampiros viram a seguir não era nada boa. Um dos filhos da Lua havia pegado Amélia que tentava se soltar, mas, em vão.

Jane prontamente tenta usar seu poder e nada acontece. Demetri e Alec arregalam os olhos aterrorizados com aquilo, como era possível?

- Ele é blindado por magia! - Amélia grita para eles. - Fujam, mais deles chegarão! - A vampira não queria que eles se machucasse por sua causa.

- Está doida? É do nosso clã agora, usa nosso medalhão! - Demetri diz indo em direção ao lobo.

Ao ouvir sobre o medalhão, Amélia se lembra do que Caius disse e se esquiva do gigante lobo que a atacava, abrindo o belo pingente que tinha em seu colar. Ao abri-lo um som estridente e irritante começa a soar alto, fazendo que até os vampiros caíssem no chão. O filho da Lua começa a correr confuso, mas deixa um recado marcado nas árvores:"Nós vamos te buscar até no inferno, Amélia Volturi".

Após o gigante animal ir embora, Amélia fecha o pingente com muito custo e todos se recuperam normalmente.

- O que foi isso? - Alec perguntou.

- Mestre Caius me deu e disse para usar quando precisasse de ajuda... - Ela explica.

- Esse é um colar que... - Jane começa.

- As esposas usam. - Demetri finaliza com rancor e Amélia arregala os olhos.

- Foi só uma forma pra me proteger, não tem nada a ver. - A vampira de cabelos negros tenta explicar.

- Eu acho vocês lindos juntos. - Jane começa a falar e Amélia revira os olhos. Alec apenas observa como sua irmã parecia extrovertida quando estava com Amélia e aquilo o deixava feliz.

Os vampiros então correm para junto dos outros e logo, todos já estão reunidos no chalé para contar dos acontecidos.

- Amélia, seu braço. - Heidi diz apontando ao enorme arranhão negro no braço da vampira.

- Droga, o que vou dizer aos metres? - Ela pergunta irritada.

- A verdade Amélia, não podemos ocultar isso, fomos ameaçados também. - Félix diz e todos os outros concordam.

- Tudo bem, mas eu vou esconder a cicatriz, não contem que fui atacada. - Amélia diz utilizando seu dom como uma ordem e obviamente todos concordam.

[...]

Todos já se preparam para partir, lá já não era mais um lugar seguro e poderia acontecer dos filhos da Lua aparecerem em matilhas. E agora sabendo que existem lobos mentalmente blindados, é algo preocupante para os vampiros.

Em algumas horas, todos já estão no castelo em Volterra e Caius junto com os outros mestres ordenam prontamente que eles se apresentem no salão do trono.

A ordem é acatada imediatamente e todos os vampiros vão até o local ordenado.

- Mestres... - Todos os vampiros os reverenciam, inclusive Amélia. Ela já havia se acostumado. E a mesma usava uma blusa de manga comprida para tampar seu machucado que era recente. 

- Caius soube que você usou o colar Amélia, teve algum problema? - Aro pergunta sutilmente.

A vampira se demora a responder e os outros olham para ela.

- Sim, mestre... Mas não foi nada grave, apenas avistei um filho da Lua e usei o colar para afastá-lo. - Em partes, era verdade. Aro ficou um pouco desconfiado e Caius também.

- E por que Jane não usou o dom dela para matar o lobo? - Caius questiona.

- Os filhos da Lua têm lobos blindados com algum tipo de feitiço. - Amélia responde e os três mestres arregalam os olhos.

- Como é? - Aro pergunta nervoso. - Desgraçados! - Amélia? - Aro a chama pedindo sua mão. Ele queria ter certeza de que ela não estava escondendo nada e como ela era nova no clã, a confiança ainda não era forte o suficiente entre eles.

Amélia mostra tudo ao Aro, até mesmo o ataque, mas consegue também projetar em sua mente que ele não comente com Caius.

Aro fica horrorizado com o lobo e grita com raiva, deixando todos assustados.

- Cachorros malditos! - O mestre estava realmente enfurecido, tanto quanto quando teve a guerra que não aconteceu. - Nos ameaçaram!

- Como ousam?! - Caius pergunta nervoso.

- Prometeram caçar Amélia até no inferno. - Alec acrescenta.

- Eles que tentem! Ninguém porá as mãos nela. - Aro e Caius dizem furiosos.

Uma guerra logo poderia começar.

[...]

Sem muita conversa mais, todos estavam dispensados e Amélia caminhava para seu quarto, quando um vampiro loiro a puxou para dentro rapidamente.

- Que isso? - Amélia pergunta assustada.

- Está mentindo. - Caius diz olhando-a.

- Como é?

- Amélia, você não usaria o colar só para isso. - Ele parecia convicto.

- Mas foi, Aro viu minha mente. - Ela explica e ele a puxa bem pelo braço que estava ferido, fazendo com que a vampira desse um grunhido de dor.

- Está ferida? - O mestre parecia preocupado.

- Foi só um arranhão, nada demais. - Amélia diz se afastando dele.

- Deixe-me ver. - Ele diz e ela continua imóvel olhando para ele. - Deixe-me ver Amélia, é uma ordem.

A vampira então ergue a manga da blusa preta que usava, deixando amostra o enorme arranhão que pegava do seu pulso ao cotovelo.

- Um pequeno arranhão Amélia? Ia esconder até quando? - Caius estava furioso por preocupação.

- Até que se tornasse uma cicatriz, uma a mais, uma a menos, ninguém notaria. - Ela responde friamente.

- Por que esconder isso? - Ele questiona com raiva.

- Porque não quero parecer frágil.

- Amélia dá pra confiar em nós por 5 minutos pelo menos? - A pergunta dele era séria.

- Não posso confiar em ninguém Caius, é mais complicado do que imagina. - A vampira de cabelos negros diz.

- Pois eu estarei disposto a eternidade inteira a ouvir os seus medos. - Caius diz inconscientemente olhando para os olhos da vampira, que fica surpresa com a resposta.

- Não sabia que o colar que me deu era exclusivo das esposas... - Ela desvia do assunto.

- Não era pra ser mal interpretado, só queria que se protegesse. - Caius diz baixinho e se aproxima dela.

- Mas eu gostei. - Amélia responde com um sorriso de canto.

Caius não hesita em dar um beijo na vampira, mas dessa vez, o beijo era calmo e lento. As mãos do vampiro passavam suavemente pelo corpo de Amélia, a arrepiando por completo. A mesma retribui o beijo igualmente e para ela beijá-lo estava sendo algo completamente surpreendente. Ela nunca imaginou que pudesse se sentir assim um dia e dessa vez, se demorou demais nesses pensamentos deixando vir à tona seus traumas e medos fazendo com que ela se afastasse bruscamente o deixando confuso.

- Fiz algo de errado? - Pergunta calmamente.

- Não! - Ela não se demora a responder. - Só é complicado Caius.

- Pela primeira vez você me fez invejar o dom de Aro...

- Eu só... Passei por muitas coisas, coisas difíceis. - A vampira diz tristemente.

- Aro nos disse, não em detalhes, mas disse. - Caius diz parecendo compreende-la.

- É, são segredos que destroem toda nossa inexistente alma.

Freedom for LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora