La Cantante

330 40 3
                                    

Após o julgamento, Amélia estava ainda mais isolada e aquilo incomodou Aro. Mas, a vampira precisava de um tempo, já que agora todos sabiam do seu dom perigoso e sabia que toda sua liberdade havia ido por água abaixo.

Caius estava fascinado por ela, por seu jeito cruel. No entanto, o dom manipulador da vampira o deixou com o pé atrás e o mesmo começou a pensar que estava assim porque ela estava o manipulando.

Amélia estava na biblioteca com Marcus e os dois conversavam sobre assuntos históricos e leis. Era algo que interessava a ambos e Amélia sentia que ele era o único que não faria mal a ela.

- O jardim está mais bonito desde que se mudou pra cá. - Marcus diz com um semblante menos triste que o comum.

- Ah, eu sempre gostei de flores e plantas. - Ela diz com um leve sorriso.

- Não é algo que transparece. - Ele observa.

- Bom, eu sempre tive que esconder muitas coisas depois que me transformei. - A vampira responde vagamente.

- Compreendo, existem coisas marcantes em nossa existência.

- E como... - Amélia diz e Marcus se levanta deixando-a sozinha com seus pensamentos.

[...]

Mais tarde naquele dia, Amélia apreciava o céu estrelado de Volterra em um dos andares mais altos do castelo. A vampira refletia sobre toda sua existência e como seria daqui pra frente, já que se desvencilhar dos Volturis seria algo quase impossível. "Maldita hora para fazer gracinhas, Amélia" ela pensou, lembrando do dia em que viu os três mestres perambulando por Londres. No entanto, refletiu também se estaria viva se não fosse a proteção deles. Ela era ótima em se esconder, contudo, não tinha mais ninguém que a ajudasse.

A mulher estava tão imersa em seus pensamentos que não escutou Caius se aproximar dela. Ele ficou observando-a detalhadamente por um momento, ela definitivamente tinha uma aparência impecável e cicatrizes assustadoras. Mas, aquilo só atraía mais ainda a atenção dele para ela.

Amélia quando percebeu que não estava sozinha, prontamente se virou e lá estava a figura loira no qual seus sentimentos ainda eram confusos.

- Anda sempre muito distraída, Amélia. Isso pode se perigoso fora daqui. - Ele diz suavemente alertando-a como se ela fosse uma recém-criada. Porém, aquilo não a irritou, pelo contrário, ele parecia se preocupar.

- É, eu sei. Acho que estou esquecendo como é o mundo real e nem sei quando poderei voltar. - Amélia dizia parecendo triste.

- Bom, você pode sair, desde que não esteja sozinha. Você tem um dom muito poderoso e nós temos bons seguranças. Jane, Alec, Demetri... - Ele deu uma alternativa.

- Eu não quero que eles se machuquem por minha causa. - A vampira dizia de forma sincera, ela estava começando a simpatizar com todos e ela não gostaria que ninguém se arriscasse por ela. Ela sabia o quão letal os Filhos da Lua eram e o quanto adorariam ter o gosto de matar um Volturi.

- Temos vampiros fortes e bem treinados na baixa guarda também, ou melhor ainda, Renata. - Caius se lembrou da "babá" deles.

- É, o senhor tem um ponto. - Amélia diz e Caius só foca no "senhor".

- Senhor? - Ele olha debochado.

- Ué mestre, você não é meu senhor? - Amélia diz com uma voz baixa, quase sedutora. Ficando de pé de frente a ele, que se desconserta com as palavras dela.

- Amélia... - Caius diz com a voz grave e quase inaudível. Mas, nessa hora ele se lembra do maldito dom dela. - Pare! - Ele diz mais alto assustando-a.

Freedom for LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora