Sacrifícios

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A nova vida de Amélia havia começado e ela estava cada vez mais ciente disso. Agora ela tinha regras para cumprir, mestres para obedecer, nunca imaginou estar aprisionada assim. No entanto, curiosamente Caius parecia mais agradável e paciente com ela, aquilo até a deixava confusa.

Aro estava finalmente satisfeito e feliz, agora Amélia era uma de suas posses e ele havia se tornado inabalável. Com ela, Corin e Chelsea, nada mais os ameaçariam. Contudo, a instabilidade emocional da nova vampira, ainda o assustava e o fato dela não ser associada a nenhum deles, também o preocupava. Mas, vendo como Caius estava se comportando, tudo estaria nos trilhos e os planos dele se cumpririam.

Desde a luta com Amélia e a conversa que tiveram, Caius ficou intrigado com a vampira, ela havia despertado uma curiosidade intensa nele. O que não era pra acontecer, já que ela supostamente havia utilizado seu poder sobre ele.

- Aro, eu sei que você sabe porque Amélia se comportou daquela forma na luta. Eu só quero entender. - Caius questionava o irmão pela centésima vez.

- Irmão, você venceu a luta. - Aro tentava se desvencilhar do assunto.

- Obviamente, ela ficou paralisada sem eu ter feito absolutamente nada. - O vampiro de cabelos loiros realmente não entendia o comportamento na luta.

- Caius, eu realmente não sei. Se ainda tem dúvidas, converse você mesmo com ela ou quem sabe, a desafie novamente. E de agora em diante, pelo menos comigo, esse assunto está definitivamente encerrado. - O grande mestre diz seriamente, fazendo com que Caius entenda o recado.

Com os irmãos, Aro não costumava ser muito autoritário, principalmente com Marcus. Mas, quando as coisas não saíam do seu jeito, ele utilizava de seu poder para subordinar aos outros dois mestres.

Após a conversa que acabara de ter, Caius decidiu se aproximar mais de Amélia para descobrir o que de fato aconteceu naquele dia e também, seu misterioso passado e poder, que Aro fazia questão de manter à sete chaves até mesmo de Marcus.

Então, ele procurou a vampira por todo o castelo, nem mesmo Jane, que já havia voltado, sabia onde ela estava. "Será que ela decidiu mostrar seus traços de rebeldia e saiu sem avisar?" Caius pensou consigo mas logo dissipou o pensamento. "Não, ela não faria isso. Não sendo caçada."

O vampiro logo se lembrou do lugar que havia virado o preferido de Amélia, "o jardim!" exclamou para si.

Ao ir rapidamente para lá, se deparou com uma cena linda, mas também assustadora para um vampiro. Amélia estava cuidando delicadamente das flores enquanto cantava graciosamente, por um momento nem parecia a vampira cruel e irônica que ele conhecera. No entanto o que o assustou, foi que ela estava com seu cabelo preso e usava um vestido que exibia suas costas e nela havia várias e várias cicatrizes. Aquilo desencadeou milhares de duvidas na mente de Caius, já que ele nem podia imaginar o que a mulher teria passado para ter tantas assim...

Amélia quando notou a presença do mestre, se assustou e rapidamente soltou seus longos cabelos negros e enrolados para que suas marcas não ficassem tão visíveis.

- Precisa ter mais atenção quando está sozinha. - Caius a repreendeu.

- Não sabia que o castelo não era um lugar seguro, mestre. - Ela diz sutilmente.

- Amélia, não me desafie. - Ele havia se irritado.

- Mestre, não foi minha intenção. - Amélia diz com uma voz doce.

Caius agora não sabia se a garota fala sério ou estava debochando dele. Aquilo o deixou confuso.

- Você tem muitas cicatrizes pra uma vampira jovem. Nem vampiros de guerra são tão marcados. - As cicatrizes realmente haviam despertado sua curiosidade.

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