O Quinto Elemento

Capítulo 13 - Ímpeto

Nota da autora: Olá meus queridos leitores! Tão lindo ver vocês qui de volta tão rápido. Me encorajou a escrever esse capítulo o mais rápido que pude. Ontem tive um acesso de criatividade e a escrita rolou solta! Logo, já adianto: vocês não estão preparados pra esse capítulo! HAHAHA toda vez que vou lançar um capítulo muito impactante, morro de vontade de ver a reação de vocês. Quem sabe um dia marcamos uma dinâmica assim... Enfim, sem mais delongas, aproveitem o capítulo! <3 

Quão difícil pode ser guardar um grande segredo de alguém?

Quando saio para o meu primeiro experimento do dia, Dylan ainda está dormindo. E quando volto ele já saiu. O que significa que iremos nos ver agora só na hora do jantar. O que torna minha missão de não lhe contar nada mais fácil. Por agora.

O que Denna fez por mim é muito mais do que eu poderia ter esperado. Ela me deu todas as respostas, todas as esperanças restauradas. Por mais que não tenha conseguido dormir de novo depois que ela foi embora, sinto uma nova vitalidade correndo pelo meu corpo, me deixando mais atenta e viva do que jamais estive desde que entrei aqui. Por mais que os planos de sair daqui nunca deixaram minha cabeça, agora sinto que estou mais disposta a me arriscar, disposta ao menos tentar. E por isso serei eternamente grata.

Não vou dizer que, ao escutar o nome do traidor, imaginei que poderia ter sido essa pessoa. Na verdade, acho que nenhum de nós sequer poderia ter pensado nisso. Mas agora tudo faz sentido. Tudo se encaixa. Minha cabeça ficou relembrando tudo que passamos como Guardiões, cada passo, cada decisão. Estávamos sendo seguidos o tempo inteiro. Mas o pior de tudo é que durante minha insônia minha cabeça ficou martelando o porquê. Qual poderia ter sido o motivo para nos trair? O que podemos ter feito de tão errado assim para merecer isso? Além disso, justamente por ser tão improvável ninguém deve estar desconfiando. O que leva a dois cenários diferentes: ou o traidor se entregou e eles batalharam ou ainda está entre eles. Está lá para garantir que vamos sempre estar a alguns passos atrás da Organização.

Está lá para garantir que vamos falhar. E, sinceramente, está conseguindo.

Hoje o dia está estranhamente mais lento, por isso estou de volta à cela antes de escurecer. Assim que me fecham lá dentro não consigo conter minha inquietação. Ando de um lado para o outro, mordendo a ponta das minhas cutículas e tentando pensar num plano para nos tirar daqui. Será que Dylan se arriscaria comigo? Ou será que preciso agir sozinha, para poupá-la caso falhe? As possibilidades são infinitas.

Mal tenho alguns minutos sozinha para realmente elaborar um plano quando a porta se abre e um Dylan muito cansado entra. No mesmo instante, percebe que estou agindo diferente.

—Ei! O que houve? Você está bem?

A porta se fecha e por um segundo me imagino contando tudo pra ele. Sobre Denna, sobre os elementos, sobre o traidor. Mas não consigo. Por isso Dylan franze a sobrancelha quando me vê numa pose estranha: os olhos esbugalhados e a boca aberta sem saber o que dizer.

—Olha... se isso for um tipo de sequela...

Nós dois rimos.

—Não é nada. Esquece. — tento mudar de assunto depressa. —Por que você voltou cedo hoje? Achei que se eu cheguei por agora iriam te manter até a noite.

Dylan dá de ombros e se senta na parte de baixo do beliche.

—Eu não sei, mas também achei estranho. Você notou alguma coisa diferente hoje?

Paro para pensar um minuto. Como eu disse, o dia estava mais lento o que significa que...

—Vi menos pessoas circulando hoje. Será que é uma espécie de feriado? — pergunto, tentando me lembrar há quantos dias estamos aqui. Tenho plena certeza de que perdemos o ano novo. Mas ainda estamos em Janeiro. Não é?