Nota da autora: E ai meu povo! Voltei! hehehe minhas aulas acabaram então agora estarei dedicando mais do meu tempo aqui e no Instagram do livro! :) Finalmente voltamos com os capítulos da Organização! Mas é claro que não vai ser só isso né?! Até o fim da semana já postei outro capitulo normal. Mil beijossss
Nova York, Sede da Organização, Localização desconhecida. Quatro e quinze da tarde.
Uma bota de tamanho quarenta e seis pisa sobre um pedaço de caco de vidro dispersando seus pequenos fragmentos em uma poça de água. Pessoas vestindo jalecos se movimentam de um lado para o outro, tentando restaurar o que resta daquele lugar. Em algum canto consegue-se ouvir lamentos de trabalhos de anos que nunca mais poderão ser restaurados. No chão existe uma mistura melequenta de barro e fuligem. O cheiro que impregna o nariz é do que uma vez foram paredes de metal.
À medida com que o passo da bota se aproxima, todos ao redor param o que estão fazendo e encaram o homem que as veste. O silêncio da sua chegada é tão ensurdecedor que de repente o som dos pássaros nas árvores se torna insuportável. Suas mãos estão entrelaçadas nas costas, e sua postura ereta é rígida. Caminha na direção do que restou da redoma de vidro, seu formato agora de uma lua minguante o faz engolir em seco.
Parado diante do grande buraco no chão que abrigava a Sede da Organização está Albert Allen.
—Quarenta anos. — diz ele assim que Odell para do seu lado. — Por quarenta anos idealizamos esse lugar para ser o maior centro científico desse mundo. Agora não passam de ruinas.
Pareceu, por quase um segundo, que Albert iria derramar uma lágrima.
—Nem tudo está destruído. Vamos nos erguer novamente, como sempre fizemos. — responde Odell, sem mudar sua expressão. Albert, ainda meio transtornado, se vira para seu líder.
—Odell... — sua voz falha — já passou pela sua cabeça que podemos estar perdendo essa guerra? Ou pior, o que aconteceria se perdêssemos? Às vezes não consigo evitar de imaginar. Não quero que nada lhe machuque, sabe disso.
O líder da Organização o fita com um olhar duro e no mesmo instante Albert deixa seu rosto se retorcer numa expressão de arrependimento. Por ter expressado seus sentimentos nesse momento delicado e por duvidar do poder da Organização.
—Onde ele está? — pergunta, ignorando seus questionamentos. Albert desvia o olhar.
—Em segurança, é claro. Estão fazendo alguns novos experimentos. Parece que... — suas palavras pairam no ar em uma dúvida se realmente deve informar isso ao líder. — Parece que houve um problema. Com a Guardiã do fogo.
—Que tipo de problema?
—Aparentemente durante a batalha ela conseguiu impedi-lo com seu poder. Pelo menos por tempo suficiente para que pudessem escapar.
Albert não vê quando o homem ao seu lado engole em seco.
—Sorte, eu diria. — Ele responde, mas suas palavras não convencem.
O som de passos apressados na grama molhada encerra a breve conversa entre os dois. Um homem baixinho e suado, vestindo um jaleco sujo pela lama, se aproxima rapidamente. Sua respiração ofegante só comprova o que seu cheiro exala: o consumo de pelo menos um maço de cigarros por dia.
—Senhores, detesto atrapalhar mas...
O líder se vira para ele numa expressão enojada.
—O quê?
Ele respira fundo antes de dar as notícias:
—Eles sabem. Acabaram de encontrar o agente infiltrado. Está morto.
Albert esbuga os olhos e procura os de Odell. O líder aperta os lábios. E enquanto encara de volta seu companheiro e seu braço esquerdo, percebe que talvez ele não estivesse tão errado em supor uma possível derrota. Talvez, e só talvez, pela primeira vez em muitos anos os Guardiões possam estar ganhando vantagem sobre eles.
Mas esse momento passa depressa e no segundo seguinte ele diz:
—Encontrem outra forma de rastreá-los!
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O Quinto Elemento
FantasyMeses após o último confronto, o medo e a culpa fazem com que Katherine Johnson se afaste dos Guardiões. Mas não por muito tempo. Quando a Organização consegue criar o quinto elemento levando as energias a se dispersarem, eles são forçados a se unir...