capítulo 249

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🧔🏻🔊 Já que você não quer me atender, vou mandar aqui. Devo tá bloqueado, mas uma hora você vai ver. — dando um suspiro buscando coragem — Paolla, precisamos conversar com calma, não dá pra sair desse jeito jogando tudo pro alto sem deixar eu me explicar. Eu não sei o que tá acontecendo, eu não sei o que aconteceu, tô tão confuso quanto você. Eu juro que eu não tive nada com essa mulher ou com qualquer outra, nem hoje e nem nunca. Eu sempre te respeitei, sempre fui muito franco, nunca teve teatro algum, não podemos acabar assim por causa de uma mentira. Eu não te traí, acredita em mim. Eu nunca seria capaz de fazer isso, tenho caráter e respeito por você.

🧔🏻🔊 Também não sei como vou te provar que isso é armação, que ela fez de propósito, mas eu vou. Não posso ser julgado por algo que não fiz. Mas me escuta, por favor! Pensa um pouco em tudo que já vivemos e procura se algum dia te dei motivos pra desconfiar da minha fidelidade com você? Pensa, Paolla, só pensa...

🔊 Eu sei que você deve tá enfurecida com o que viu, mas eu continuo repetindo que não sei de nada. Não vi essa mulher aqui, não encontrei com ela, também não sei como entrou na minha casa, não sei. Ainda vou descobrir e esclarecer tudo, mas agora minha preocupação somos nós dois. Você foi embora nervosa, levando tudo, terminando comigo de uma forma dolorida sem me dar chance de explicar ou entender algo. Não joga nossa história no lixo assim, acredita no que eu tô falando, te peço por favor.

🔊 Mas pensa com calma analisando a situação toda. Se você tem certeza e acha mesmo que eu tive a capacidade de te trair, ainda mais com essa mulher, te respeito se não quiser mais nenhum tipo de contato e eu sumo da sua vida. Mas pensa, só pensa tá? Não vou me justificar sobre isso mais, sei que não fiz nada.

🧔🏻🔊 Quando se acalmar e quiser conversar pra gente tentar entender tudo isso, juntos, me procura. Eu não vou ficar insistindo na minha certeza de que nada fiz, vou dar seu tempo. Também preciso digerir e entender essa situação. Você sabe onde me encontrar.

Foram os áudios que Douglas enviou no início da madrugada, mas que Paolla não recebeu depois de ter o bloqueado. O tom de voz era pesado, de pura mágoa e confusão.

A noite dela também não foi das melhores. Acordava inquieta, se revirava na cama, dormia e acordava por diversas vezes até que viu o dia amanhecer. Aproveitou a ausência do sono e decidiu ir cedo à academia, precisava explanar a tensão que ainda sentia. Se arrumou rapidamente e desceu com a casa ainda em silêncio. Não chegou a olhar o celular de imediato, mas levou o aparelho até a cozinha. Tereza ainda não havia chegado e ela se adiantou como pôde.

Tereza: Bom dia, minha filha! Já voltou? — chegando alguns minutos depois encontrando-a meio aérea, apoiada na bancada

Paolla: Bom dia, Tetê. Voltei ontem à noite. — respondeu baixinho, meio desanimada

Tereza: E como foi a viagem?

Paolla: Normal. — deu de ombros

Tereza: Normal? — estranhando a reposta

Paolla: É, normal. Mas antes não tivesse acontecido. — respondeu num longo suspiro olhando pro teto

Tereza: Não vai me dizer que a senhora e o seu Douglas brig... — atônita, com a mão na testa

Paolla: Nós terminamos. — interrompeu falando rapidamente, baixando o olhar

Tereza: Terminaram? Mas por quê? — estava surpresa

Paolla: Aconteceram umas coisas aí...

Tereza: Cês são tão apaixonados... — ainda paralisada com a informação

Você coisou meu coração - PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora