capítulo 206

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Duas semanas haviam se passado e finalmente o treinamento que Douglas ministrava chegou. Nos dias anteriores, se dedicou 100% a toda preparação do evento e a rotina da filha, e só esteve com a namorada por pouco tempo no Rio de Janeiro, quando trabalhou em alguns dias alternados e bastante atarefados. Se aproveitaram bem pouco, se encontrando somente nos corredores do Projac, a noite e pela manhã em casa, mas com as horas apertadas. Chegaram até a fazer uma terceira sessão do processo de inteligência emocional, no qual ela sempre ficava admirada com a forma em que ele realizava o atendimento, gerando resultados bastante imediatos.

Com a demanda extensa de trabalho, Paolla não conseguiu comparecer ao aniversário do irmão, se lamentou por isso, mas prometeu ir até a cidade paulista assim que possível para comemorarem juntos novamente. Além das atividades pessoais e de se dividir entre casa e trabalho, os compromissos pareciam se multiplicar na rotina chegando a apagar de cansaço em várias noites durante as chamadas que fazia com o namorado.

Eram por volta das 20:30hrs da sexta feira quando ela desembarcava junto a empresária em São Paulo. Faria uma sessão de fotos no dia seguinte para o catálogo da loja de departamentos em que era a garota propaganda e iria aproveitar para curtir, mesmo que por poucas horas, a família e o namorado. Esse, bem pouco mesmo, já que estava imerso no treinamento e se veriam somente durante a noite, bem tarde, após ele retornar para casa.

Mariana iria se hospedar na casa de um amigo de longos anos que estava na cidade por alguns dias, matando a saudade e aproveitando o colega que visitava o país. Paolla pensou em ficar na residência do pai, mas seu José Everardo, junto aos dois filhos, havia ido até a casa de um parente há cerca de uma hora de São Paulo na comemoração de um aniversário. Porém, voltaria na tarde do sábado para jantarem juntos como haviam combinado.

Pelo horário, Douglas estava imerso na abertura do evento e mais cedo já tinha combinado com ela de deixar a chave na portaria, e assim o fez. Maria Fernanda estava na casa da avó junto com o animalzinho de estimação. Paolla desceu do táxi carregando uma pequena mala e a bolsa, cumprimentando gentilmente o porteiro e seguiu até a área do elevador distraída, olhando o celular. Nem viu quando a vizinha oferecida passou em direção ao estacionamento revirando os olhos ao vê-la.

Adentrou o apartamento do namorado ainda sentindo o perfume dele que olfateava no ambiente e sorriu boba. Logo se acomodou, tomando um belo banho e ficando à vontade, se jogando no confortável sofá dele relaxando do dia de gravações. Se sentia em casa ali também. Os amigos paulistas sabendo que ela estava na cidade até convidaram para fazerem algo juntos, mas o cansaço da semana, somado ao trabalho que faria no próximo dia só pedia repouso e descanso. Se entregou a televisão, alternando entre a novela e uma programação aleatória, beliscando algo pela cozinha e aguardando o namorado, ansiosa.

Douglas: Meu Deus do céu... que mulher maravilhosa! — já as 22:30 da noite, paralisado na porta ao vê-la abrir com uma regata larga e um shortinho justo de algodão

Paolla: Meu Deus do céu... que homem mais mentiroso! — usando o mesmo tom dele, puxando-o pela mão

Douglas: Que saudade desse beijo gostoso... — agarrando-a pela cintura com uma das mãos, a outra estava ocupada

Paolla: Muita saudade... — fechando a porta e rodando pela sala aos beijos — Que lindo com esses trajes, nunca tinha visto assim de pertinho... — alisando o blazer do terno que ele usava

Douglas: Gostou? Tô gato? — passando a mão nos cabelos

Paolla: Tá um gostoso! Não ficaram paquerando você não? Ó, tô de olho... — mexendo na gravata, folgando o nó

Você coisou meu coração - PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora