capítulo 204

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Douglas: Beleza, cara... quando eu voltar eu me reuno com eles e vemos como resolver isso aí. — falava ele ao telefone, no corredor, meio exaltado

Beirava seis horas da manhã e Paolla ouvia o alarme do celular tocar alto. Acordou se vendo sozinha na cama, mas logo escutou a voz do namorado fora do quarto. E pelo tom, o dia não tinha começado tão bem para ele. Ela seguiu deitada aguardando-o finalizar a ligação e poucos minutos o viu entrar se despedindo do irmão na chamada.

Douglas: Bom dia, amor... — indo até ela, dando um selinho e tentando disfarçar a irritação

Paolla: Bom dia... o que aconteceu? — de testa franzida, se espreguiçando

Douglas: Problemas. — dando um longo suspiro

Paolla: Quais problemas? — ainda meio desorientada, mas a expressão do namorado a preocupou

Douglas: Você lembra da Juliana? Aquela que tava com a Aline e que era uma ex funcionária? — passava a mão no rosto, incomodado com a situação

Paolla: Lembro sim... — sentando, apoiando as costas na cabeceira da cama

Douglas: Ela quando foi desligada ameaçou processar, mas não tinha motivos pra isso porque o contrato foi quebrado dentro das cláusulas. Daniel me ligou agora dizendo que ontem o jurídico recebeu um documento alegando assédio moral. Dá pra acreditar? — passava a mão no rosto, tenso

Paolla: É o que? — confusa

Douglas: Isso mesmo. Me livro de um problema e aparece outro. Chegou lá uma procuração de uma ação, alegando assédio moral e pedindo uma indenização alta. — revirando os olhos

Paolla: Mas ela não tem motivos pra isso, né? — perguntou retoricamente

Douglas: Claro que não! Trabalhamos com tudo dentro da lei, equipe jurídica sempre se atualizando de tudo, com honestidade, com relacionamento empresa e funcionário muito bem estabelecida e com respeito acima de qualquer coisa. Eu bloqueei ela, mas deve ter como recuperar as mensagens, tem os emails também, tem testemunhas e aí o juiz verá que é ilegítima essa acusação. — falava bufando, procurando se acalmar

Paolla: Então se não tem motivos, não fica preocupado. Sei que a situação é de causar indignação, mas agora, aqui, você não consegue resolver nada. Quando voltar, se reúne com os advogados e juntos, vocês vão juntar a provas necessárias pra derrubar esse processo aí. — pegando a mão dele e fazendo um leve carinho

Douglas: Eu sei, falei a mesma coisa pro Dani, mas é impossível não se afetar com essas coisas. Isso tudo é só pra atingir, causar dor de cabeça. É jogo baixo, ardiloso... — tinha um tom de voz aborrecido

Paolla: E tá conseguindo! Olha aí você todo nervoso a essa hora por conta de algo que sabe que não vai resultar em nada, que é só pra te dar dor de cabeça. — falando meio brava de forma engraçada, mas queria tirar a tensão do assunto

Douglas: Desculpa, fico nervoso mesmo, mexe com minha índole, meu trabalho, todo meu esforço, mas não adianta mesmo me preocupar agora. Sei que qualquer acusação é infundada, eu que deveria ter processado ela por várias outras coisas... — coçava a nuca e os olhos, irritado

Paolla: Exato, não perde a cabeça com isso agora porque não vai adiantar nada. — puxando-o mais pra perto

Douglas: Dormiu bem? — sorrindo largo, dando mais um selinho

Paolla: Dormi sim, tinha um gatão me agarrando a noite inteira. — passando a ponta dos dedos no rosto dele

Douglas: Foi mesmo? Me conta mais... — perguntou fingindo surpresa, enlaçando as mãos na cintura dela

Você coisou meu coração - PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora