capítulo 212

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Sobre a cama, um buquê de rosas brancas e uma caixa de bombons de chocolate artesanais e sofisticados. Junto a eles, um envelope em kraft selado com cera dourada, marcada com um coração. Nem chegou a se aproximar e Paolla já exibia um sorriso imenso.

Paolla: Tiaaa, e esse aqui? — gritou ao vê-la logo atrás

Abgail: Foi o primeiro a chegar. — entrou devagarinho junto a ela

Paolla: Sério? — deixando os pertences em um móvel

Abgail: Chegou no meio da tarde e eu trouxe pra cá, depois foram chegando os outros e eu deixei lá embaixo mesmo. Doida pra ler essa carta e veio lacrada! — sentando na cama de braços cruzados, fazendo birra

Paolla: Larga de ser curiosa! — dando um empurrãozinho

Abgail: Abre logo. — ignorando e gesticulando agitada

Paolla cheirou as flores, admirando o buquê, logo depois olhou a caixa de bombons, beliscando um e compartilhando com Abgail também, até que finalmente pegou o envelope e abriu delicadamente, observando cada detalhe.

"Dias ruins fazem parte do percurso, servem pra impulsionar os dias bons e nos lembrar de aproveitarmos cada segundo e o quanto somos fortes. Hoje foi um dia difícil, mas ele não resume a sua trajetória tão incrível. Desejo que esse episódio seja ressignificado na sua vida e que apesar de todos os pesares, você siga vivendo com esperança e bons olhos vendo o lado bom de tudo, como sempre faz. Se nesse mundo existe um único alguém que faça você se sentir mal, existem milhões de outras para te encher de carinho e muito amor. Mas eu tô no início da fila, tá? Não esquece.

Que esse pequeno agrado espante todo sentimento ruim que passeou pelo seu coração hoje, e te faça abrir esse sorriso que tanto ilumina. Não posso estar aí pra te fazer rir das minhas bobagens pessoalmente, estalar seus dedos, fazer cafuné, irritar com provocações ou encher de cócegas pra ouvir sua risada tão gostosa, mas eu tô com você muito além da distância. Não deixa a mentira alheia confundir a sua verdade. Te amo.
   
                                                                                            D.M."

Paolla: Minha nossa senhora... — com os olhos marejados e um sorrisinho bobo

Abgail: Deixa eu ler! — se esticando para alcancar

Paolla: Eu não sei o que faço com esse homem... — meio paralisada, entregando o papel a tia que lia empolgada, enquanto ela alternava os olhar para as flores, dedilhando as pétalas

Abgail: Que lindo! Muito apaixonado mesmo ele, né? Um fofo.

Paolla: Muito... — respondeu baixinho, com os olhos apertados

Abgail: Igual você! — batendo nela com o envelope

Paolla: Ahhh palhaçada! Para! — meio envergonhada

Abgail: Vou deixar você aí com sua paixão. Vai ligar né? — se direcionando para sair do quarto

Paolla: Eu tava ligando antes de entrar, vou ligar novamente. Preciso agradecer ao meu gato! — agarrada ao buquê, falando cheia de charme

Se despediu da tia com mais algumas conversas e finalmente ficou só. Rindo boba, encantada e se sentindo ainda mais amada. Douglas tinha disso, conquistá-la nos detalhes do dia a dia. Precisava de um banho, mas se quer lembrou. Ligou imediatamente, andando de um lado para o outro do quarto, ansiosa e meio tímida.

Paolla: O que eu faço com você? — falou assim que ele atendeu

Douglas: O que faz comigo? — perguntou com charme, imaginando o teor do questionamento

Você coisou meu coração - PARTE IIOnde histórias criam vida. Descubra agora