Os pensamentos estão em itálico, assim como algumas falas de Naruki, que mostram que ela está falando outra língua, no caso, português.
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Lembranças.²
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Era fim de tarde e não havia mais nada para fazer. Shiro estava dormindo e o dever estava feito.Naruki decidiu conhecer a vizinhança, ela precisava de caminhar ou seus músculos atrofiariam. Fazia uma semana que não praticava exercícios físicos.
O tecido das suas roupas de treino era agradável ao toque e assentava bem no seu corpo. A sua mãe lhe presenteou com esse e muitos mais conjuntos antes que ela viajasse.
Antes de sair, despediu Shiro e pegou algum dinheiro.
Uma das regras do prédio era não sair sem autorização e voltar sempre até as seis da tarde, mas ela não queria olhar para a cara amargurada da síndica .
Por isso, deixou as luzes acesas, para que pensassem que ela estava lá dentro, e saiu de fininho.
Naruki seguiu na direção oposta a da escola, no intuito de se familiarizar com o seu quarteirão, e observou as vitrines e construções com certo interesse.
Depois de andar por alguns quarteirões finalmente viu algum verde.
Havia um parque do outro lado da rua. A morena acelerou o passo e alcançou a passadeira.
Haviam cachorros passeando com os seus donos e crianças brincando no escorregador. Ela até sorriu para um bebê, que estava num carrinho, e correu quando viu o uma quadra de basquete.
—Caraca, a quadra é grande. - ela sorriu e respirou fundo.
Ela ainda nem tinha idade para se sentir tão nostálgica.
---Início do Flashback ---
Chutando uma pedra, a garotinha suspirou, aborrecida.
Finalmente conseguira que sua mãe a deixasse sair sozinha, mas já estava se arrependendo. Não havia nenhuma outra criança nas ruas do condomínio e ela não encontrou o tal parque sobre o qual sua mãe lhe contou.
Sem esperança, pensou em voltar, mas de longe viu o parque e sorriu, correndo para lá.
Havia muita gente mais a frente, parecia uma briga. Ela ficou animada pois nunca tinha visto uma boa briga antes.
Mas a jovem se aproximou e notou que estavam torcendo por algo.
Curiosa como qualquer criança, ela decidiu ir ver o que era e ficou desanimada ao ver que era basquete, no entanto, algo a prendeu ali. Talvez fosse para se distrair, ou para saber quem ganharia a partida. Ela não sabia, apenas sentiu vontade de ficar até ao fim.
Era tudo bastante intenso e o ritmo a confundia. Os seus olhos seguiam o movimento rápido dos jogadores, que se comportavam como se estivessem num campeonato sério, e não no parque do condomínio.
Eles corriam, saltavam e as vezes parecia que estavam voando, tudo isso com sorrisos em seus rostos. A pequena Naruki também queria isso e em algum momento ela sorriu e torceu para o time que tinha um menino loiro e sorridente.
O jogo acabou e, uma por uma, as pessoas foram embora. Havia apenas uma pessoa na quadra, o menino loiro e barulhento por quem ela torceu por todo o jogo.
Naruki entrou lentamente na quadra, justamente quando ele falhou o arremesso. O menino xingou e a bola rolou até aos pés da menina, que apanhou com todo o cuidado que tinha.
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Entre a sombra e a luz
Fiksi PenggemarQuando Naruko entrou na Teiko ela não esperava ser gerente de um clube de Basquete com mais de cem membros. Mas não havia clube feminino e parecia divertido. Aquela foi a geração com mais vitórias e ficou conhecida como a geração dos milagres. Hairo...