Sesshoumaru POV:
Estávamos no começo do inverno agora. Conforme o prometido, eu vinha visitando Rin a mais ou menos cada 15 dias e a construção da nossa casa corria bem. Eu havia contratado homens do Vilarejo para trabalhar na obra e eu mesmo mexia em algumas coisas quando estava por perto.
Fazia frio e eu me dirigia até a casa da Velha Kaede para buscar Rin. Mal cheguei e ela veio me receber. Usava um quimono de frio rosa e os cabelos longos soltos, formando uma capa sobre suas costas.
- Sesshoumaru! – disse ela me abraçando
- Rin. – disse eu, abraçando-a de volta.
- A casa já está na metade, né? Estive lá ontem mesmo, mal posso esperar para ficar pronta! – disse ela com sua habitual empolgação.
- Eu não diria na metade, ainda falta um pouco. – disse eu – Vamos até lá dar mais uma olhada.
Caminhamos em silêncio até a ampla construção, Rin segurando minha mão e ocasionalmente pousando sua cabeça em meu ombro. Era estranho como as demonstrações de afeto entre nós haviam se tornado tão naturais, eu quase não conseguia me lembrar de como era antes. Logo este Sesshoumaru que nunca tinha considerado importante expressar seus sentimentos.
Nos aproximamos da nossa futura casa e vi seus olhos brilharem.
- É engraçado, sempre fico maravilhada olhando para ela. Nem consigo acreditar que moraremos aqui. – disse ela
- Está de acordo com o rumo das coisas? Há algo que você queira mudar nela? – perguntei
- Talvez um jardim, mas é cedo para isso, nada brotará por agora. Só isso, eu acho, não entendo muito de construção de casas. – respondeu ela – E você? Nossa casa te agrada?
- Um pouco. Me agradará mais quando eu ver você dentro dela. - respondi, enquanto andava ao redor da casa.
- Falando nisso, Sesshoumaru, tem uma coisa que eu quero te mostrar! – disse ela corando um pouco e se empolgando novamente. – Venha!
Rin me guiou pelo povoado por alguns minutos até chegarmos a uma cabana. Não era muito grande, mas parecia bem cuidada.
- Veja – disse ela – Quando você disse que o inverno chegaria... eu fiquei pensando e me lembrei que a cabana do Senhor Osaki estava vazia. Você sabe, o antigo dono do gato Moshi, ele faleceu no início da primavera e não deixou família. Eu pensei que esse podia ser um lugar para ficarmos a sós... – disse ela, suas mãos retorcendo um pedaço do quimono – eu deixei tudo limpo e arrumado, se você quiser, é claro.
- Você realmente ficou preocupada com o que eu disse... – falei em um tom descontraído – e resolveu o problema mais do que bem.
Entramos na velha cabana, era simples, mas Rin tinha feito um ótimo trabalho cuidando dela. Tratei de acender o fogo por conta do frio e me sentei no futon, com Rin sentando-se ao meu lado e aninhando-se em meu peito. Tê-la comigo me trazia paz, sempre fora assim. Agora, sentir sua respiração e as batidas de seu coração quase me faziam esquecer de todas as minhas preocupações. Ficamos daquela maneira em silêncio por algum tempo e a cada minuto eu a abraçava mais forte, como se ela fosse evaporar de meus braços a qualquer momento. A verdade é que eu tinha mesmo esse sentimento... eu tinha esse... medo. Um sentimento com o qual eu não estava acostumado e que só sentia quando se tratava dela. Rin, como sempre em perfeita sintonia comigo, sentiu que algo estava diferente.
- Sesshoumaru... você está bem? Você parece tenso hoje, está acontecendo alguma coisa? – perguntou ela de maneira compreensiva.
- Eu não quero preocupar você, Rin. São só... problemas. – disse eu, dando-lhe um beijo no rosto.
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Mudanças de Rumo
FanfictionSesshoumaru nunca foi de demonstrar sentimentos. Sempre um homem focado em seus objetivos, em sua longa vida de youkai, a ideia de amar outra pessoa sempre lhe pareceu uma fraqueza inadmissível e, sendo essa pessoa uma humana, tal sentimento lhe par...