Capítulo 4: Chamado do deserto

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Minha visão escureceu por um momento, uma sensação de leveza preencheu meu corpo

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Minha visão escureceu por um momento, uma sensação de leveza preencheu meu corpo. Abri meus olhos lentamente, eu estava deitada no chão do salão, o mais estranho era que eu estava completamente seca. Tentei me levantar, mas uma força invisível me colocou de joelhos forcei minhas pernas, mas elas não me respondiam.

As estátuas começaram a brilhar, uma figura se ergueu da fonte tinha a forma enfumaçada de uma mulher, apenas os seus olhos estavam claros eram prateados e brilhantes ao seu lado uma figura negra se contorcia deformada com apenas os olhos nítidos, dourados e frios, imaginei que aquela criatura fosse a própria morte que viera me buscar.

— Se erga renascida filha da Vida e da Morte, Rainha das Sombras. — Um coro de vozes sinistras preencheu o ambiente, a aparição se aproximou de mim. Juntei todas as minhas forças e me ergui, eu não me curvaria a ninguém. Choque passou pelos olhos da figura a minha frente e depois admiração.

— Saúdam a Rainha das Sombras. — O coro se intensificou, as estátuas se aproximaram se movendo como se estivessem vivas, elas me circularam clamando o meu nome em voz baixa.

— Lua! — Abri os olhos de repente, mãos fortes me puxavam de dentro da fonte. Lucian e Maeve me olhavam curiosos.

— Você está bem? — Lucian me perguntou sacudindo meus ombros de leve, enquanto enrolava uma toalha em volta do meu corpo. Ele me puxou me colocando de pé. — Responda!

— Estou. — Respondi. Minha garganta estava seca, e minha cabeça doía horrivelmente. Eu estava totalmente encharcada.

Lucian me pegou no colo e saiu em direção à porta com Maeve nos seguindo de perto. Minha mente estava confusa e meu corpo parecia feito de chumbo, com cada célula dolorida, o que se destacava era uma fincada aguda nas têmporas que se intensificava a cada sacolejo que Lucian fazia ao andar.

Não vi o caminho que nos levou ao quarto, os arredores passavam em forma de um borrão lento, senti minhas roupas sendo tiradas e substituídas por uma camisola branca simples. Ouvi vozes chamando meu nome, mas era como se eu estivesse em transi. Tudo parecia tão distante. Ouvi o som da porta bater, me levantei assustada com um grito saindo pela minha boca inconscientemente.

— Se acalme, está tudo bem. — Uma mulher loira estava sentada ao lado da minha cama, ela usava uma roupa de enfermeira. Pela janela notei que já era dia e o sol lentamente se erguia no céu. Percebi estar num quarto de hospital, um aparelho estava preso ao meu dedo e um 'bip' soava compassado com meus batimentos. Encostei-me a cama revendo os últimos acontecimentos.

Eu não me sentia diferente, olhei para minhas mãos, tentando notar alguma mudança nelas, mas estava tudo igual. Minha pele estava mais pálida, mais pensei se tratar de estresse. Talvez fosse apenas um sonho estranho e realista.

— Você é realmente uma pessoa teimosa. — Lucian apareceu em uma nuvem de fumaça negra no meio do quarto. — Nega a verdade que está na sua frente.

Florescer: O livro negro da morte (vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora