Capítulo 3: Minha nova realidade

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O carro atravessou um portão de metal enferrujado, paramos no meio de um pátio de pedra rodeado por um muro alto com heras verdes crescendo pelas fissuras dos blocos

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O carro atravessou um portão de metal enferrujado, paramos no meio de um pátio de pedra rodeado por um muro alto com heras verdes crescendo pelas fissuras dos blocos. O muro sumia de vista em ambas as direções. No meio no terreno havia um lago com água cristalina, uma estátua de uma mulher segurando um jarro derramada água criando uma pequena cascata.

A estátua de repente largou o pote o equilibrando nas pernas se virando em nossa direção acenando entusiasmadamente. Pisquei confusa observando a estátua reaver sua pose inicial. Indecisa acenei para ela de volta que sorriu em resposta.

Em frente ao lago havia um casarão antiga com a fachada muito bem cuidada, era de tijolos cinza com várias janelas e uma porta grande de madeira preta lustrada no meio. O prédio tinha três andares. Na frente da porta havia uma placa com os dizeres "Maltrian: Centro de acolhimento para novos Caelestis" O que seria um Caelestis? Pensei enquanto subia os degraus da entrada da casa.

Assim que entramos nos deparamos com uma recepção luxuosa e espaçosa, com cadeiras estofadas numa área reservada a espera, uma mesa com uma atendente e uma porta de vidro e madeira no fundo. Do outro lado da porta podia se ver um campo gramado que se estendia até uma floresta. Na lateral havia uma escada com degraus de mármore branco, com corrimão de metal pintado de preto.

— Sente-se. — Lucian e Maeve foram até a recepção e eu me sentei na área de espera. As únicas pessoas presentes no lugar eram eu, Lucian, Maeve e a recepcionista. Uma moça alta com uniforme azul-escuro e uma rosa presa na lapela do paletó. Ela tinha cabelos pretos amarrados firmemente em um coque que era preso por um grampo rosa. Seus olhos eram verdes da cor de grama queimada.

Se esgueirando pelas cadeiras havia uma pequena bola de pelo felpudo, uma mistura de raposa com urso panda. A coisa era uma bola de pelo nas cores laranja é preto. O corpo era rechonchudo e peludo com o focinho comprido como de uma raposa, as orelhas eram arredondadas como as dos pandas e a criatura tinha a característica mancha preta em volta dos olhos. Seu rabo era comprido como a de uma raposa e terminava em listras pretas e laranja em anéis perfeitos que circundavam sua calda. Abaixei-me para vê-la melhor.

Notei a mulher da recepção me olhando curiosamente e me endireitei rapidamente. Maeve pegou uma prancheta, uma caneta e veio em minha direção.

— Faremos o seu registro, preciso de algumas informações. Seu nome e sobrenome? — Ela perguntou.

— Lua Ducan. — Disse ansiosa.

— Nome dos pais? — Ela batucou a caneta na prancheta.

— Isabela Freitas Ducan e Rogério Mendes Ducan. — Respondi sentindo falta dos meus pais e imaginado como eles deveriam estar preocupadas.

— Idade e data de nascimento? — Suspirei ela poderia perguntar logo de uma vez, minha paciência chegava ao limite.

— Dezoito anos, nasci dia vinte e cinco de março de dois mil. — Comecei a bater o pé no chão agitadamente.

Florescer: O livro negro da morte (vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora