Capítulo 2: Perigo iminente

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 — Vamos Lua, você vai adorar o filme, e sobre uma menina com poderes paranormais que vira uma caçadora de fantasma

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 — Vamos Lua, você vai adorar o filme, e sobre uma menina com poderes paranormais que vira uma caçadora de fantasma. — Indo contra todas as probabilidades, eu gostava de filmes, livros e series de fantasia, o que com toda certeza só alimentava minha imaginação.

Peguei a bicicleta no beco e segui Lira a pé o caminho até o cinema, nossa cidade não era muito grande, você podia encontrar o que precisasse sem ter que andar por muito tempo ou ter que pegar um ônibus.

A seção do filme demoraria a começar então fomos comer, tinha um café e uma lanchonete na mesma rua que o cinema, nós preferimos ir até o café. Depois de um dia inteiro fritando e servindo hambúrgueres você perde o apetite por eles.

Rimos e conversamos bastante, fiquei tão distraída com a Lira que nem percebi que as criaturas que estavam sempre a minha volta sumiram.

Assistimos ao filme a seção estava bem cheia, as pessoas me encaravam algumas de forma sutil, outras nem tanto. Remexi-me desconfortável, era sempre assim, as pessoas sempre me encaravam e cochichavam quando me viam. Eu odiava sair por causa disso. Percebendo meu desconforto Lira pegou minha mão e apertou sorrindo para mim em forma de encorajamento.

O filme fora até agradável. Nele a moça que era assombrada por fantasma era recrutada por uma academia especial de pessoas como ela, que acabam a ensinando a usar poderes psíquicos incríveis. Como eu ela era taxada como louca, talvez eu só fosse mal interpretada como aquela jovem, no final talvez eu tenha que salvar o mundo de um destino trágico.

No final do filme conferi minhas mensagens havia quase uma centena delas, todas dos meus pais. Liguei para eles.

— Onde você está? — A voz raivosa da minha mãe soou no alto-falante. Encolhi-me.

— Fui ao cinema com a Lira, está tudo bem. — Disse calma, eu era uma adulta eu não podia chorar porque minha mãe estava gritando comigo.

— Buscaremos você não saia daí. — Ela disse com a voz mais controlada, o meu pai deveria ter acalmado ela.

— Não! — respondi rápido, isso seria muito vergonhoso. — Posso voltar sozinha, chego em casa daqui a quarenta minutos.

— Nada de não, está tarde. Não deixaremos você sozinha no escuro, Lua. Sem discussão. — Minha mãe disse em tom impetuoso, eu sabia que quando ela usava essa voz não tinha nada que eu pudesse fazer.

— Tudo bem, mamãe. — Indiquei para ela o endereço do cinema.

— Te amamos, querida. — Minha mãe me saudou antes de desligar.

— Algum problema? — Perguntou Lira, vindo até mim assim que desliguei o celular.

— Não. — Menti forçando um sorriso.

— Foram os seus pais, não é? — Lira me puxou para perto do letreio onde havia mais luz. A noite começava a cair, preenchendo tudo com uma penumbra acinzentada. Fiquei um pouco nervosa, as criaturas mais medonhas sempre apareciam à noite.

Florescer: O livro negro da morte (vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora