Acordei antes do Rafael, o vendo dormir no chão usei telecinese para colocá-lo na cama de forma sutil sem acorda-lo. Ele parecia estar muito cansado então fui até o banheiro tomar um banho de forma bem silenciosa.
Observei meu reflexo novamente, era difícil de acreditar que aquela era eu. As imagens das rosas só destacavam a palidez doentia da minha pele, em alguns pontos eu podia notar veias roxas sobre a pele fina. Eu precisava pegar um sol urgentemente.
Tomei meu banho, vendo um vulto rosa parado do outro lado do boxe.
"FirePink você é um completo tarado." Disse mentalmente para o coelho que se sentou coçando as orelhas de forma desinteressada.
Enrolei-me numa toalha, eu não tinha trago nada comigo então não tinha roupas. As peças que a Daniela me emprestou ficaram perdidas em algum lugar do prédio negro.
Abri uma greta na porta e espiei o lado de fora, Rafael continuava dormindo. Segurei a toalha com firmeza e entrei no quarto, fui até uma cômoda cheia de gavetas torcendo para encontrar alguma roupa limpa.
Rafael se remexeu na cama, me assustando. Tentei voltar para o banheiro, mas acabei prendendo a toalha na gaveta na minha pressa de fechá-la, e quando corri ela ficou presa me deixando nua, para melhorar meus pês ainda estavam molhados do banho acabei escorregando no piso liso e caindo com o traseiro no chão. Choraminguei baixinho.
— Você está bem? — Perguntou Rafael sentado na cama, tampando os olhos com as mãos.
— Fisicamente sim, já a minha dignidade infelizmente não tem mais jeito. — Brinquei, me encolhendo.
Rafael se levantou com o lençol da cama nas mãos. Ele continuava com os olhos fechados. Encolhi-me querendo sumir. Eu era uma idiota desastrada.
— Lua? — Rafael abriu os olhos, me procurando.
— O que foi? — Disse irritada. Estava bem na frente dele.
— Linda, você está invisível. — Ele disse calmamente. Ele estendeu o lençol. O peguei da mão dele.
— Não estou não, para de brincar! — Disse irritada. Tudo bem, eu fiz uma cena patética, mas ele não precisava me provocar.
— Não estou brincando, você está literalmente invisível. Só que você não nota. — Ele se aproximou de mim, guiado pelo lençol flutuante que usei para cobrir meu corpo. — Só fique calma, e respire devagar que você vai voltar ao normal. — Fiz o que ele disse, ele sorriu assim que conseguiu me ver.
— Droga! — Disse me sentando na cama enrolada no lençol. — Pensei que a invocação funcionou, não era para isso acontecer. Sei todos os meus poderes, e sei como usa-los também. — Disse em voz queixosa.
— A invocação funcionou, ficar invisível não é um poder seu, é meu. Sendo predestinado nos podemos compartilhar nossos poderes. — Ele explicou.
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Florescer: O livro negro da morte (vol.1)
FantasyLua é uma garota que tem a habilidade de ver criaturas místicas que ninguém mais percebe, enquanto todos de sua cidade pensam se tratar de uma doença psíquica, ela descobrira que há muito mais do que isso, revelando assim uma verdade que ela nunca i...