Se eu pudesse encontrar uma nota pra fazer você entender
Eu cantaria baixinho no seu ouvido e pegaria a sua mão
Me deixe dentro de sua cabeça, como sua música preferida
E saiba que meu coração que é um rádio que só toca para vocêJason:
Paro o carro em frente ao colégio de Samy, olho para os lados e vejo várias crianças chegando. Samy está cabisbaixo ao meu lado, ele passou o caminho todo desse jeito.
- Vamos?- Ele vira o rosto em minha direção.
- Precisamos mesmo?
- É o melhor, eu sei que você está nervoso mas devemos resolver isso de uma vez.
- Por que está fazendo isso?
- Porque você é meu irmão.
- A não me diga, isso nunca foi um motivo para você ser legal comigo.
- Eu sei que eu não demonstro, mas até que gosto de você baixinho.- Ele abre um sorriso e eu mexo nos cabelos deles.
- Alguma chance de você parar de me chamar de baixinho, moleque ou pirralho?
- Não mesmo.- Ele pega a mochila no banco de trás.
- Tô pronto.
- É disso que eu gosto.- bagunço o cabelo dele, porém ele não pareceu se incomodar.
Ao chegar na sala encontro a professora dele que me encara e sorri.
- Por favor não dê encima dela.- Falou baixo para que somente eu ouvisse.
- Não precisa falar duas vezes.
- Olá, a que devo sua presença.- Seus olhos se mantém presos em mim, ignorando totalmente a presença do Sam.
- Vim resolver um problema.- Ela abre um sorriso malicioso.
- A claro.- dirige o olhar ao meu irmão.- Você pode ir entrando eu tenho que ter uma conversa com o seu irmão na sala dos professores.
Logo percebo quais as intenções dela.
- Na verdade eu prefiro que ele nos acompanhe.- O sorriso em seu rosto se desfaz.
- Não sei se você entendeu o porque…- A interrompo.
- Sei bem o que você quer e é por isso que eu estou chamando ele, eu vim aqui resolver um problema e nada mais.
Ela ficou com uma cara nada boa, mas concordou e nos guiou para uma sala.
…
Chego em casa e a encontro vazia, subo para o meu quarto e deito na cama. Não contei a ninguém sobre Oxford, não era algo que eu achava que iria dar certo, mas eu fui aceito.
A Universidade não fica tão longe assim, porém não é perto o suficiente para ir e voltar todos os dias, eu teria que ficar no campus a semana toda, talvez até mesmo o fim de semana.
Era uma ideia boa a alguns meses atrás, porém não me parece tão boa agora.
Não contei a Hannah, esses dias ela vem estado tão preocupada com a mãe que eu não queria a encher com meus problemas. A Sophie teve uma crise, não fala, não nos olha, nem se quer parece nos escutar, a Hannah passa quase todo o seu tempo livre com ela.
Escuto um barulho no andar de baixo e me levanto, quando eu chego na cozinha encontro uma figura ruiva mexendo na geladeira, não era Hannah, na verdade era um homem que eu conhecia muito bem.
- Tio?- virou seu rosto em minha direção, ele abriu em enorme sorriso e eu me aproximei.
- Jass, olha como você cresceu.- Bagunça meu cabelo.

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On My Way
RomanceHannah e uma pessoa carismática e doce, mesmo com seus traumas e transtorno ela se mantém forte e esperançosa. Com a recente demissão ela recorre a um trabalho de babá, cuidará de um menino de 8 anos com um baita temperamento. Mal sabia ela o que a...