"É... Me obrigaram." pt.4 Cedrico Diggory

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— ...Cedrico, Cedrico, Cedrico, Cedrico...

— Por que está repetindo tantas vezes meu nome?

— Estou tentando fazer uma macumba para você não morrer na merda do labirinto!

— Entendo que está preocupada, mas eu não vou morrer. Estou treinando bastante para isso.

— Merlim, tenha piedade dele. Abençoe-o com inteligência e senso...

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Eram 16h quando eu estava andando por aí fazendo absolutamente nada. Havia muitas pessoas em todos os cantos comentando sobre o que fizeram no baile, ou se perguntando quem será o Campeão Tribruxo.

Já havia andado Hogwarts inteira, estava sem lugar para ir.
De repente decido ir para a Sala Comunal.

Porém, vejo alguns elfos domésticos carregando a taça Tribruxo e fico curiosa. Começo a segui-los, disfarçando sempre que olhavam para trás.

Eles andaram bastante, o suficiente para que quando chegasse ao destino, eu ficasse ofegante.

Quando finalmente chegaram, eles colocaram a taça sobre uma mesa de madeira coberta por folhas e flores. Após arrumar tudo, eles saíram e eu...
Fiquei.

A taça era linda e estava luzente, atraindo-me para perto.
Me aproximo o suficiente para que meu hálito embaçasse o Cálice, quando chego a isso, toco-o, apenas encostando meu dedo indicador.

Imediatamente sinto-me tonta e fecho os olhos, me preparando para o que estava por vir.

No momento em que sinto algo macio e levemente úmido tocando minha pele, abro meus olhos, e vejo que estava deitada sobre uma grama escura, baixa e um pouco molhada.
Olho ao redor e tudo o que consigo enxergar são grandes pedaços de pedra com algo escrito.

Tento ler, mas havia um nevoeiro um pouco denso, me impossibilitando de olhar perfeitamente.

Me levanto e começo à andar, ainda um pouco atordoada.

Caminho um certo pedaço, mas devido a tontura, tive de me apoiar em um das enormes pedras.
Sinto algumas letras em meus dedos e cerro os olhos para ver o que era. Dessa vez, consigo ler.

Tom Riddle era o que estava escrito. Também tinha uma data embaixo, logo me dou conta de que era uma lápide e dou mais uma olhada ao redor, percebo que estou em uma espécie de cemitério.

— Quem está aí? — Me viro depressa.
— Quem está aí? Diga logo! — Alguém se aproxima e consigo ver suas características.
Era um homem grande e gordo. Seus cabelos eram muito ralos e bem calvo, os dentes da frente eram enormes, como os de um roedor.
— Ora! O que fazes aqui, sua pirralha?! — O homem franze a testa.

— Eu... Eu... — Ok, duas opções: luto com ele ou corro. Mas no desespero não segui nenhuma das duas.
— Meu namorado. — Olho para a lápide de Tom Marvolo Riddle.
— Ele morreu! — Finjo um choro com altos soluços.

— Namorado?... Ele morreu faz séculos e você deve ter uns 15 anos, nem conheces ele!

— Tenho essa aparência graças a feitiços... Gostaria que quando ele, um dia, voltasse à viver, pudesse me ver do jeito que era antes! — Volto ao meu choro.

— Então o milorde tinha uma namorada? Não pode ser! Pelo menos fui o primeiro a encontrá-la, ele vai me recompensar por isso. — Sussurra para si.
— Fui rude contigo, moça. Me desculpe. Não chore. O milorde não gostaria de vê-la chorando.

— Milorde? — pergunto.

— É. Ele não te contou quem era? Lord Voldemort.

— Então era ele o tempo todo... Não acredito que não contou para mim... Obrigada por ser o primeiro a dar a notícia...

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