Cᴏɪsᴀs ϙᴜᴇ ɴᴀ̃ᴏ ᴘᴏssᴏ ʟʜᴇ ᴅɪᴢᴇʀ 『ɳσɾɾαყ』

❝𝐔𝐦 𝐜𝐨𝐩𝐨, 𝐮𝐦 𝐚𝐦𝐨𝐫❞

Norman POV

Anoiteceu, e acabou que eu dormi no sofá da sala e Ray no quarto. Ele realmente ficou chateado com o que eu disse. Mas isso não faz o menor--

"_Norman.

_Sim?

_Te amo."

_

"_Eu também te amo."

_

"_Tchau!_ Ué...? Por que ele me beijou? Não temos intimidade para isso... Talvez Ray esteja... Feliz, só isso."

_

Ah, não. Espere... Ontem eu bebi quando Ray me levou para sair e acabei falando os meus sentimentos para ele?! AHH!! EU SOU UM IDIOTA! Eu... Não quero que Ray me odeie. Já é tarde da noite, e eu provavelmente não vou conseguir dormir até que eu fale para ele o que realmente aconteceu!!

Subo as escadarias com muito cuidado para não cair, e abro a porta do quarto.

_Ray!_ Sussurro enquanto caminho até a cama._ Ray?_ Ué?! Ele não está na cama.

_O que faz acordado nessa hora da madrugada, Norman?_Diz Ray da sacada. Ele estava sentado na mesa, olhando para o céu negro, mas dessa vez, seu olhar não estava brilhante. Estava fosco, procurando vida.

_Eu queria me explicar.

_O caso já está resolvido. Você não gosta de mim. Nós não estamos namorando.

_Estamos sim._ No momento em que digo isso, Ray vira-se para mim.

_Mas você disse...

_Sim, eu disse aquilo, mas é porque eu não me lembrava. Nós... Estávamos bêbados quando você se declarou para mim. Então eu... Meio que não me lembrava muito bem. Mas... M-mas... Eu te amo. Aquilo de eu falar que não te amava só foi um susto por não ter lembrado.

_Norman. _Ray me puxa para si._ Se você me ama, me beije.

_E-EH?!

_Ontem, nos momentos românticos que tivemos, fui eu quem sempre começava os beijos. Então está na hora de você me beijar. Vamos. Se você me ama, faça-o.

Me senti muito envergonhado. Em pensar que ele diz "momentos românticos" como se namorássemos faz tempo!

Calma, Norman! Calma! Você já fez isso antes (ou quase isso), mas a droga do celular do Ray tocou antes do beijo. Ok, você consegue!
Seguro na cintura de Ray e sinto-a novamente: fina e esbelta. Olho para os olhos do moreno e meu coração acelera. Seu olhar estava sedendo por um beijo verdadeiro. Minha garganta aperta e coro. Como Ray pode ser tão fofo em um momento desses?! Sinto meu corpo arder de nervoso, por algum acaso não consigo olhar para o moreno normalmente.

Então Ray se afasta dizendo:

_Não consegue, não é mesmo?

_Hã...?

_Se você não consegue me beijar, então nem tente. Não forçe-se a fazer algo que nem está afim. Está tudo bem, Norman. _Ray sorri diante a luz do luar._ Tudo bem se o meu amor não é mútuo. Pelo menos durante esse curto período de tempo eu pude saber o que é o amor! Norman, você me fez saber o que é o amor. Só você pode me levar dos céus ao desespero, e agora estou no desespero. Mas não se preocupe. Eu ficarei bem. Você... Ama a Emma, não é? Vi como você olhava carinhosamente para ela.