iɱɑgiɳɛร ɗiѵɛʀรѳร

newт

— Tudo bem... Tire o pé da embreagem... Devagar! e então aperte lentamente o acelerador. — você explica agarrando o carro muito, muito forte, faz alguns meses desde que Minho foi levado pelo C.R.U.E.L e vocês ainda estavam organizando e classificando as coisas.

Com seu tempo vago apenas entre os dois, você sentou no banco do passageiro tentando ensinar Newt a dirigir o carro que tinham como reforços caso precisassem.

— Ok. — ele responde tentando novamente e ambos quase batem em uma árvore.

— Newt! — você gritou quando chegaram a uma parada destruída.

Ele fez uma careta e abriu a boca em um perfeito O, logo se virando pra você. Te examinando.

— Desculpe amor. — ele se apresentou colocando as mãos nas laterais do seu rosto. — Você está bem?

Você sorriu com sua preocupação.

— Estou bem. Só.. Vamos com calma, ok?

Ele bufou em frustração.

— Ok.

— Está tudo bem, Newt. — você suspira lentamente. — Basta ligar o carro.

Assim que virou a chave, o motor não funcionou, ele tentou mais algumas vezes e nada. Ótimo, isso só vai piorar as coisas, você pensou. Com a respiração ainda controlada, você sai do carro com ele ao mesmo tempo e abrem o capô. A válvula da água estava solta e a água vazava pelos cantos.

Após falhas tentativas de religar o motor, você decidiu ligar para Brenda para que ela pudesse vir ao encontro dos dois. Assim que você desligou a chamada os pinguinhos de chuva começaram a engrossar.

Perfeito! Não tinha como ficar melhor.

Você sarcasticamente pensou.

Agora vocês estavam sozinhos em frente ao posto abandonado e destruído, na chuva e presos por causa do carro.

— Sinto muito, amor, pensei que seria melhor do que isso. — Newt quebra o silêncio assim que vocês entraram no carro, fazendo você se virar bruscamente para encara-lo.

— Ei, não é sua culpa. Nada disso é, Newt, isso significa apenas que estamos presos aqui por um tempo. — você sorri doce descansando a cabeça no ombro do loiro. — É bom ter algum tempo privado com você.

Ele puxou você para que se aconchegasse nele.

— Sim, quase não tive tempo a sós com você desde aquela noite no shopping. — ele sorri beijando sua cabeça.

Você sorriu ao lembrar do que ele estava falando. Vocês haviam voltado ao shopping destruído para pegar mais roupas e alguns pertences sem donos com o grupo. Você e Newt foram para um lado mais afastado, se pegaram num momento um pouco mais complicado e quando perceberam o lugar onde estavam, correram de volta para o abrigo.

— Ei, loirinho. Olhe isso. — você pegou uma foto um pouco suja nas mãos. — Um ultrassom.

— Espere, então isso é..? — ele apontou para o pequeno pontinho na foto. — Uau, eu não sabia que existia uma tecnologia tão grande assim. Mas é incrível

Você sorriu fraco.

— Pois é, incrível.

Newt percebeu sua mudança repentina de humor e agarrou seu braço levemente.

— Ei, o que foi?

— Nada só.. É difícil sabe? Quero dizer, como viemos parar nesse mundo? As vezes eu penso como seria ter uma família ou criar uma, eu ja até pensei na possibilidade de que algum dia isso venha a acontecer... — seu sorriso sumiu. — Mas.. Olha o que estamos vivendo agora, quase não podemos sair e quando saímos temos que estar atentos a tudo, sempre nos preocupando em apenas sobreviver. Sabe, isso cansa. — você olhou para a pequena foto em mãos. — O que você acha que aconteceu com ele? Ou ela?