Capítulo 3

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Olá Piriquitinhas lindas do meu ❤️

Vamos de mais um capítulo e já adianto que as coisas vão esquentar, mas só um pouquinho
😏

Um aviso rápido, prestem atenção aos detalhes
😉

Sobre a mídia acima: não são os avatares, é apenas para que vocês visualizem a cena que rola mais mais abaixo.

Apreciem sem moderação 😘

✒️

Gisella

A cirurgia foi um sucesso e eu não caibo em mim, tamanha é minha felicidade e ansiedade em ver o resultado. Passei bem a noite e, apesar de não estar com os olhos vendados, mas cobertos por uma espécie de tampão de silicone, apenas para evitar a entrada de poeira, não consigo os manter abertos graças a grande sensibilidade à luz.

Mesmo que não haja necessidade, por minha insistência, ficamos no hospital. Essa cirurgia é meu grande sonho, nada pode dar errado, por isso, mesmo pagando mais caro, optei por permanecer na clínica.

Dalila me ajuda a fazer minha higiene pessoal e tomar meu café da manhã. É uma sensação assustadora não enxergar absolutamente nada. Depender de outra pessoa para se alimentar, então, nem se fala, fora que não ajuda em nada no controle do meu medo.

E se não deu certo? E se ao invés de melhorar eu agora não estiver enxergando nada?

Meus pensamentos mórbidos são interrompidos quando ouço uma batida na porta. Ela se abre, dando passagem ao médico que me operou, o reconheço pela voz. Ele se acomoda na lateral da minha cama e pergunta como estou, como passei a noite, perguntas automáticas de todos os médicos. Depois de responder seu questionamento interminável, mas que, na verdade, teve apenas três perguntas, ele começa a retirar os esparadrapos que seguram os tampões para examinar o local.

Mantemos uma conversa neutra e percebo que é uma clara tentativa de me acalmar. Doutor Daniel pede para que Dalila diminua as luzes e feche as persianas das janelas, para que meus olhos não doam com o excesso de claridade, já que estão fechados por oito horas.

Doutor Daniel me autoriza a abrir os olhos, o que faço bem devagar. Consigo ver tudo meio embaçado ainda, afinal, estou operada há pouco tempo e com os olhos cobertos, mas a sensação de ver tudo tão mais claramente do que antes é maravilhosa. Viro minha cabeça para o lado em que está Dalila, mas ela se esconde atrás de um espelho enorme que segura, sorrio diante de sua atitude em querer que a primeira visão que eu tenha seja de mim mesma, mas somos interrompidas por uma batida na porta.

Meus olhos não acreditam no que veem quando, depois que Dalila abre a porta, Léo entra e sorri, ele parece mesmo aliviado em me ver. Meus lábios se abrem num sorriso espontâneo e alegre ao ver que não estou sonhando. É ele, Léo Ávila está aqui, no meu quarto de hospital, com uma orquídea roxa nas mãos e me olhando intensamente com seus hipnotizantes olhos azuis e o mais lindo sorriso direcionado a mim.

— Desculpe, interrompo?

— Claro que não — responde o doutor Daniel, animado. — Você deve ser o namorado de Gisella e, olha que coincidência incrível, você foi a primeira pessoa que ela viu de verdade.

— Não, doutor Daniel, ele não...

— Fico feliz que eu seja a sua primeira visão, Gisella — ele me corta antes que eu explique a situação.

Ele se aproxima da cama e coloca as flores no armário ali ao lado e me olha, um olhar diferente, um olhar que me aquece de dentro para fora. Tão intenso que temo que veja minha alma e descubra meus sentimentos.

Máscara do Desejo - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora