Agradecimentos e Capítulo 16

169 38 8
                                    

Oi meus amores! 

Primeiramente gostaria de agradecer cada mensagem de apoio e carinho de vocês. Me senti acolhida e compreendida e isso foi muito significativo para mim. Obrigada!

Como algumas de vocês mencionaram, sim, eu estou depressiva. Faço tratamento a cerca de três anos, porém, os últimos meses não tem sido nada fáceis. 

Vou terminar a postagem de Máscara do Desejo para que vocês, que não tem acesso a Amazon, possam ler e espero ter coragem  e vontade para retornar para vocês.

Não vou colocar recadinhos bonitinhos nem no início e nem no fim, porque... enfim, não vou conseguir, mas fiquem a vontade para votar e comentar. Vou tentar responder a todas <3 

Mais uma vez obrigada por tudo. 

Com Amor

Nora Voux. 

Mascarado

Já passa das quatro da manhã, transamos três, quatro, cinco vezes, não sei dizer, a única coisa que sei é que não importa o quanto satisfazemos um ao outro, queremos sempre mais e mais. É como uma droga na qual eu seria viciado de muito bom grado. Minha Colombina estava tímida no início, mas, de acordo com o aumento do tesão que sentia, causado pela provocação certa na hora certa, todo o pudor foi jogado fora, esquecido. Nossos corpos, que se tocaram apenas algumas vezes, se tornaram velhos conhecidos, amantes ansiosos pelo toque e satisfação causados um pelo outro.

O banheiro está coberto pelo vapor que exala do chuveiro e de nossos corpos, pelo esforço na busca incessante de mais um mergulho de cabeça ao ápice. Depois de lavarmos o corpo um do outro sob a ducha quente, reiniciamos nossa exploração sexual sob o jato do chuveiro. Mesmo sob a água, sua máscara não saiu, nem mesmo desbotou.

Inferno!

Observo suas costas esguias balançarem com minhas estocadas, suas mãos estão espalmadas no vidro do box, suas pernas abertas, seu tórax deitado como se estivesse sobre uma mesa, algo que me dá uma ideia de nosso próximo movimento. Minhas mãos pousam sobre seus ombros delicados, me dando o apoio que preciso. Seus gemidos ecoam por dentro do pequeno e abafado cômodo, me levando à loucura.

Perdendo o controle, tiro suas mãos do vidro e as coloco para trás, segurando em seus antebraços. Sua coluna está curvada para trás e eu consigo morder seu ombro enquanto a penetro mais fundo agora, graças à sua posição. Seus gemidos aumentam de intensidade, sinto meu pênis ser enforcado por sua vagina molhada pouco antes dela gozar mais uma vez, levando com ela todo resto do meu autocontrole. Aumento a velocidade das estocadas, gozando logo em seguida. Encosto na parede e a seguro pela cintura quando seu corpo amolece e nossas respirações, antes descompassadas, voltam ao normal.

Depois do fôlego recuperado, deixo que ela se lave antes de mim, observar as gotas prateadas percorrendo o negro delicado de sua pele é hipnotizante. Quando termina, logo se retira do box e começo a me lavar. Afasto a máscara, aproveitando que ela está de costas, permitindo que a água passe livremente no meu rosto, aliviando um pouco do calor que ali se instalou. Saio do banheiro e a encontro aconchegada no roupão, deitada sobre a cama, seus olhos estão fechados e a sombra de um sorriso dança em seus lábios carnudos.

— Qual seria o motivo desse sorriso, Colombina? — pergunto, sentando-me na cama.

— Que sorriso? — ela devolve, ficando séria.

— O sorriso que você teima em esconder de mim. Não é errado sorrir e se sentir satisfeita com o que fizemos. Somos duas pessoas adultas, livres, desimpedidas...

— E famintas — me interrompe. — Digo, por mim.

— Claro! Que tipo de anfitrião eu sou que não te ofereço nada para comer? Vou pedir o serviço de quarto. O que você gosta de comer?

— Qualquer coisa, menos amendoim. Sou alérgica a amendoim.

— Anotado.

Apanho o telefone que fica ao lado da cama, sobre a mesa de cabeceira, para colocá-lo no lugar no mesmo instante, já que ele está mudo. Dou uma olhada nos fios, para ver se tem algo fora do lugar, mas o medo de colocar fogo em tudo é maior e deixo tudo de lado. O jeito vai ser ir à recepção solicitar o conserto e pedir algo para comermos. Viro-me para avisar minha acompanhante do nosso infortúnio somente para me deparar com seu corpo relaxado e os olhos fechados num sono tranquilo.

Sorrio diante da visão que se desenrola em minha frente, toco levemente seu rosto com as costas da minha mão, ela continua imóvel. Passo o dedo sobre os traços delicados da máscara pintada em seu rosto, é como uma segunda pele, não tem alto relevo, nada que me ajude a retirar para que possa ver realmente quem ela é. Seu rosto é familiar e, por um instante, um rosto que povoa meus pensamentos há um tempo aparece, fazendo com que eu faça comparações.

A boca carnuda, os olhos grandes e arredondados, porém puxadinhos no canto, o nariz afilado e o tom de pele, isso é o que mais me fascina. Divago sobre como seriam nossos filhos se nós tivéssemos a oportunidade de ficarmos juntos, como um casal de verdade. Essa mulher deitada sobre essa cama me fascina, me faz perder a cabeça de tanto desejo, mas a dona dos meus pensamentos tem meu amor e minha total devoção.

Sou tirado dos meus pensamentos por um suspiro liberado pela mulher deitada ao meu lado. Visto minha calça, jogo a camisa de qualquer jeito sobre a cabeça e saio em direção à recepção, na busca pela comida. Tal qual não é minha surpresa quando retorno e encontro o quarto vazio. Ela se foi. Corro para a sacada do quarto, que fica de frente para a entrada do prédio, a tempo de vê-la abrindo a porta de um carro.

Como se sentisse minha presença, seus olhos viram em direção à sacada onde me encontro petrificado olhando sua escapada.

"Obrigada pelos momentos prazerosos, Arlequim!"

Leio o bilhete que pego sobre a cama.

Sem dizer uma palavra, faço uma mesura em agradecimento, digna de quando um ator agradece ao seu público após o encerramento de um ato. A bela mulher mascarada ri gostosamente da cena tola que acabei de protagonizar, deixando-me acanhado. Com uma mão delicada sobre os lábios, ela me sopra um beijo e entra no carro, desaparecendo na noite fria de Paris.

Aquiestou, horas depois, deitado sobre os mesmos lençóis usados por nós. Brevesmomentos que impregnaram não só os lençóis, mas minhas memórias e meus desejos.O porquê de ela ter fugido sorrateiramente é um mistério, mas nada nunca mefascinou tanto quanto uma boa dose de mistério.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 25, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Máscara do Desejo - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora