Máscara do Desejo - Degustação

Capítulo 11

Olá Piriquitinhas lindas do meu ❤️

Vamos ao capítulo de hoje sem muita conversa porque estou triste demais para fazer graça 😔

Apreciem sem moderação 😉

✒️
Mascarado

Sinto-me flutuar. Nunca, em toda minha vida, fiz um sexo tão gostoso e satisfatório. Minha acompanhante se mexe um pouco ao meu lado, mas continuo imóvel, na vã tentativa de prolongar o momento. Cedo demais ela toca meu ombro, um sinal delicado para que eu me levante. Ergo meu rosto e percebo que meu cabelo se soltou da liga preta com que o prendi. Miro seu rosto e dou de cara com seus olhos cor de caramelo, eles se abrem levemente em sinal de espanto, mas ela logo se recupera, os fechando mais forte e sacudindo levemente a cabeça.

— Preciso me levantar.

— Claro, me desculpe. — Levanto e retiro a camisinha, dando um nó e enfiando no bolso da calça. Prendo novamente meus cabelos e ofereço a mão direita para ajudá-la a se levantar e, tarde demais, percebo meu erro.

— Isso é uma aliança? — ela pergunta com os olhos verdadeiramente arregalados dessa vez.

— Não. Quer dizer, sim. Mas eu posso explicar.

— Não tem explicação, você é noivo! Eu transei com um homem comprometido! Não acredito!

— Eu não sou noivo. — Ela me lança um olhar cético. Tento explicar: — Pelo menos, não sou mais. Terminei meu noivado tem dois dias, por isso estou nesta festa, Kate achou que seria melhor eu vir do que ficar em casa e correr o risco de voltar para aquela vaca. Palavras dela.

— Então você não é noivo?

— Não, eu não sou. Fique tranquila. Só esqueci de tirar a aliança, mas vou fazer isso agora se isso te deixar mais tranquila.

— Não. Não importa, afinal, isso não vai se repetir. Só não quero interferir no relacionamento de ninguém.

— Não vai, porque não existe relacionamento — explico enquanto visto minha roupa. — Não mais.

Ela vai em direção ao closet, mas creio que procurava o banheiro, porque, na mesma hora que entra, volta a sair e entra na porta ao lado. Enquanto andava, pude perceber um pequeno sinal, acho que uma marca de nascença, na forma perfeita de um coração nas costas da minha Colombina. Uma marca delicada e mais clara que seu tom de pele. Não acredito que exista mais de uma pessoa com a marca de um coração na base da coluna. Uma pena que é totalmente escondida, só pude vê-la porque o espartilho saiu do lugar depois de nossa brincadeira. Caso contrário, procuraria com afinco nas costas de belas mulheres negras o coração que me diria quem é essa mulher misteriosa.

Acabo de me vestir enquanto ela ainda continua no banheiro, num silêncio torturante. Me aproximo e encosto meu ouvido na porta, na tentativa de ouvir algum barulho, mas, para minha total vergonha e humilhação, ela abre a porta nesse exato momento, me pegando como uma velha fofoqueira, só me faltou o copo.

— Algum problema?

—Não, só fiquei preocupado com sua demora. Está tudo bem?

— Comigo sim, mas com você não.

— O quê? Estou ótimo depois do que fizemos — digo de maneira descarada e ela fica tímida.

— Não foi isso que eu quis dizer. Sua máscara está borrada, tenho lápis de olho na minha bolsa, posso dar um jeito para você.

— Seria ótimo, obrigado.

Sua mão delicada toca a minha, levando-me até a cama, onde me sento. Alcançando sua bolsa, se posiciona entre minhas pernas. Com uma mão sob meu queixo, levanta minha cabeça e a vira para o lado esquerdo. Delicadamente, refaz os traços borrados da máscara, posso observá-la de perto enquanto o faz, sua pele delicada, seus dentes brancos mordendo o lábio inferior enquanto se concentra. Ela termina e seus olhos encontram os meus, não espero que ela se mexa e capturo sua boca na minha num beijo intenso. Nos separamos rapidamente quando ouvimos uma batida na porta e a governanta pedir, em francês, para entrar.