Capítulo 7

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Olá Piriquitinhas lindas do meu ❤️

Aqui estamos nós com mais um capítulo para o deleite e apreciação de vocês.

Hoje não tem versinho, mas não se esqueçam de votar e comentar 🥰

Apreciem sem moderação 😉

✒️

Gisella

Já recuperada do King Kong que a Dalila me fez passar, sigo para a próxima etapa da transformação. Não consigo visualizar no que isso pode mudar minha vida. Não entendo por que as pessoas se importam tanto com a aparência quando é o interior que realmente importa.

Ajeito o roupão com a logomarca do SPA, porque ter que ficar pelada só com esse negócio faz parte da lista de coisas que não entendo. Chego a uma sala que parece ser um salão de beleza dos mais luxuosos, não que eu tenha visto um de perto, mas a televisão não deixa nada a desejar.

Algumas das funcionárias, muito bem maquiadas e uniformizadas, passeiam pelo salão. Quando percebem minha presença, param tudo o que estão fazendo e todas vêm em minha direção e um falatório generalizado começa ao meu redor. Todas falam ao mesmo tempo, tentando me convencer que são as melhores profissionais.

— Nem pensem, meninas, essa beldade é minha! — Não consigo ver de quem é a voz, só sei que não me é estranha.

A cara das moças é tomada por uma tristeza que dá dó. Todas se afastam, dando passagem ao deus grego que pegou nossa bagunça na banheira. Ele ainda veste a mesma calça jeans colada ao corpo e uma camiseta preta com gola v, a diferença é que agora ele tem presa à cintura uma espécie de bolsa cheia de uma variedade infinita de pincéis de maquiagem.

— Como vai, Gisella? Eu me chamo Yuri e vou mostrar a você o quão fantástica você pode ficar se souber os truques certos de maquiagem e o que fazer nesses cabelos incríveis, que não seja uma escova horrenda!

— Você é o maquiador do SPA? — pergunto e, para minha vergonha total, minha voz sai meio esganiçada, um horror, resumindo, tamanho meu espanto.

— Não, meu bem. Eu sou o artista por traz da obra-prima. Sou eu que transformo mulheres sem graça em beldades de deixar qualquer marmanjo de queixo caído. Só que, no momento, quem está de queixo caído é você, minha deusa de ébano! O que te espanta? O fato de eu ser cabeleireiro e maquiador ou eu não ser gay? — o homem pergunta no meu ouvido, enquanto me sento na cadeira que ele me guia.

— Os dois, para falar a verdade. Então você é bi*, né? — Sua risada reverbera pelo ambiente.

— Não. O único "sexo duplo" que eu gosto sou eu com duas mulheres. Poderíamos tentar com sua amiguinha — diz olhando diretamente para Dalila, que o responde afiada, como sempre:

— Nem se minha vida dependesse de uma gozada e você fosse o último homem na face da terra.

— Eu gostaria muito de ver isso — ele diz, mas muda seu foco para mim. — Vamos lá, querida, agora me diga, sua pele é quente ou fria?

— Essa é uma boa pergunta. — Levo as mãos ao rosto para sentir a temperatura da pele. — Parece bem normal para mim, nem quente, nem fria. Acho que intermediária.

— Temos um longo trabalho pela frente.

(***)

Entre blush e sombras, salvaram-se todos, menos eu. Yuri não usou quase nada de maquiagem em mim, mas, olhando-me no espelho, agora vejo outra mulher, uma totalmente diferente. Meus cabelos, antes esticados pela escova, agora estão soltos, cacheados e volumosos. Nunca, em meus mais loucos sonhos, eu pensei que usaria meus cabelos soltos e naturais, além de tudo, estão macios, não canso de tocá-los.

Máscara do Desejo - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora