Capítulo14

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Olá Piriquitinhas lindas do meu ❤️

Como vocês estão?
Espero que bem 😃
Eu estou melhorando, graças a Deus 🙏

Por isso, estou voltando com as postagens 🥳

Desculpem o sumiço viu, mas coisas ficaram complicadas mesmo 😕

Agradeço o carinho e compreensão de todas vocês e vamos ao capítulo 😊

Apreciem sem moderação 😉

✒️
Gisella

Não acredito que aceitei o que a maluca da Dalila propôs. Como eu vou me transformar em outra pessoa? Ainda se prevaleceu daquelas aulas de teatro meia boca. Meu Deus! Meu Deus! Vou cancelar. Isso! Vou mandar outra mensagem cancelando porque houve um imprevisto. Isso é o certo a fazer. Decidida, começo a procurar o celular de Dalila, aproveito que ela saiu para comprar as maquiagens que vai precisar para seu plano infalível, como ela mesmo apelidou. Consigo achá-lo no momento em que a peste volta para o quarto com um monte de sacolas e despeja todas em cima da mesa, ela olha de mim para o celular e repete esse movimento umas três vezes antes de cair a ficha.

— Você não vai cancelar! — Dalila deixa as sacolas e vem em minha direção.

— Vou! Eu não posso fazer isso, Dali — digo ao mesmo tempo em que digito a mensagem. — Sou a Gisella tímida, desengonçada e sem atrativos, Dali. Não posso encarnar uma personagem que não sou — continuo e seus olhos estão tristes agora. — A máscara é uma coisa legal, sabe, mas sou eu ali embaixo, entende?

— Entendo. Mas antes de você enviar a mensagem cancelando, me diz uma coisa? — Faço que sim e ela continua: — Como você se sentiu quando estava com ele? Como se sentiu tendo a liberdade de fazer tudo o que você quisesse sem julgamentos?

— Sinceramente? Foi incrível! Senti-me poderosa! Com ele, naquele momento, me senti a mulher mais desejada da face da terra. Em determinado momento, nem vergonha eu sentia mais.

— Então, Gisa! Você sabia que era você, mesmo que ele não fizesse ideia de quem você era, ou de como é o seu rosto sem aquela máscara. Era você que ele desejava. Por que não aproveitar isso?

— Eu não sei, Dali. Não sou esse tipo de mulher. Não sei se consigo ser esse tipo de mulher.

— Que tipo de mulher? Uma mulher que não tem medo da sua sexualidade? Uma mulher que não tem medo de dizer que quer que um cara chupe a boceta dela? Uma mulher que não finge orgasmo, mas deixa o cara saber que fode mal e ponto? Uma mulher que pega um carinha numa balada e leva para o motel simplesmente porque ela quer, sem medo do que vão pensar, porque o mesmo direito que o homem tem ela tem?

— Essa é você, eu sou aquela que aceita tudo e anda sempre na linha. Que apesar de querer muito estar tendo experiências sexuais maravilhosas, tem medo de ser chamada de puta.

— E desde quando o que as pessoas pensam importa, Gisella? Sua felicidade não depende de ninguém mais além de você, assim como sua satisfação sexual. Não perca a oportunidade de se descobrir! Seja corajosa como as mocinhas dos romances que você tanto ama ler. Se arrisque! A gente só vive uma vez.

— Você tem razão e é isso que eu quero, mas será que consigo?

— Faz de conta que você está encenando uma peça de teatro, ou filme pornô, é claro. É a sua chance de começar a viver a vida intensamente, como manda o figurino. E aí, o que me diz?

Máscara do Desejo - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora