Capitulo 7 - Tóxic.

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Lindsay já estava na casa de Charles, ela arrastava sua última caixa de roupas pelo piso de madeira, usando um short jeans escuro e uma blusa curta (cropped) branco com o nome do AC/DC em preto, com desenhos de fogo detalhado, ela estava com um coque mal feito em seus cabelos o que deixava alguns fios soltos em seu rosto, Osborne carregava a última caixa e assim reclamava...

— Você veio morar aqui por quanto tempo? A vida inteira? Tu se mudou? Pra que tanta roupa? 20 peças já tava bom demais, não conhece máquina de lavar? – Ele perguntava, enquanto o suor escorria em seu rosto e ele franzia o cenho.

— Se tiver reclamando, posso sair por essa porta e ir até a minha casa, esperar o assassino me buscar e você perder o seu emprego. Vai continuar reclamando ou eu já posso ir correr perigo? – Ela debocha. — Quando veio com conversa mole no bar, eu não te tratei assim, a minha atenção foi exclusiva sua mesmo por poucos minutos chatos que te ouvi no telefone. Algo me diz ser Amber. – Dizia enquanto esperava puxar algo de Osborne.

Conforme Charles ouvia ele balançava a cabeça em negativo esboçando um sorriso contendo raiva mas ao mesmo tempo estava gostando da presença dela por perto, ela sempre estava dando um jeito de alfineta-lo.

— Amber? – Ele bufa de forma em que debochava. — Não, Amber é apenas a minha subchefe.

Ele respondia enquanto arrastava a caixa para o quarto de hóspedes.

— A sua subchefe ficou bem contente ao me ver ao seu lado mais cedo, ela mal me conhece e já me odeia, porque algo me diz que tem haver com você? – Lindsay encostava em cima da caixa e deslizava o corpo até o chão se sentando entre a porta da sala e a porta do quarto de hóspedes que ficava no andar de baixo.

— Parece que hoje ela não estava bem, deve ter acontecido algo, mas garanto que não é comigo. – Ele mente.

— Hum... Porque não deixou que eu fosse pra casa dela? Acha que ela não ia me querer por lá? – Ela pergunta desconfiada.

— Você venceu. Vamos iniciar essa amizade e companheirismo compartilhando segredos, igual as festinhas do pijama que você costuma frequentar. – Ele gargalha e escuta ela rir também e continua — Bom, eu e Amber ficamos algumas vezes, mas não passa de ficadas, eu gosto muito dela, ela é uma garota extraordinária mas, eu prefiro deixá-la livre e não assumir um compromisso do que ter que sacanear ela, não tô preparado. Eu sou muito "bicho solto", gosto de explorar novas moradas e para morar somente nela, não consigo, não a amo e não vou mentir pra mim e pra ela.

Charles desabafa e parece que tirou um peso das costas, ele nunca falava do caso dele de Amber pra ninguém, não abertamente como disse pra desconhecida.

— Não disse? Eu sempre estou certa! – Ela se gaba. — Mas, eu te entendo também gosto de amores passageiros, nunca decido gostar de alguém, quando eu gosto, sempre somem, não viu Bradley? Aquele babaca! – Ela suspira de alívio.

Charles sorria enquanto se afastava das caixas e passava pela porta, ele ia em direção a cozinha enquanto encerrava o assunto, ele sempre estava desconfortável em falar sobre Amber, por sempre se sentir um babaca por não conseguir assumir relacionamento com a subchefe.

Ele então começava a preparar o seu almoço, Lindsay recebia uma ligação em seu celular e bufava em ter que atender.

— Lindsay?

— Ah, bom dia Goulart! Eu... Tô com a minha avó doente em Londres, não vou poder comparecer, ela está mal. Só piora.

— Você sabia que eu precisava de você.

— É... Mil desculpas, senhor.

Ela então desliga e respira fundo.

— Era seu chefe? – Osborne pergunta.

Caso Numero 38Onde histórias criam vida. Descubra agora