Caso Numero 38

Capitulo 13 - Chanel, Pandora e Dior.

Duas semanas se passaram e as pistas estavam cada dia mais frias, Charles estava em seu escritório na unidade relendo o caso pela milésima vez só essa semana, ele estava frustrado por não conseguir mais nenhuma pista, até que ele pensou no óbvio.

— Lei da investigação, falar com pessoas próximas, mas até agora não sei de nada da vida dela, a não ser esse stalker, eu preciso de uma pista...

Ele pensou em voz alta, até que ele releu a lista de pertences.

- A vítima possuía uma saia curta jeans de cor clara.
- Blusa curta preta.
- Brincos de prata.
- Colar de prata.
- Bolsa da Chanel, que continha: Documentos, batom, chave, convite de casamento, cartão de crédito, 300 dólares em sua carteira e papéis avulsos de recibos.
- Sapatos de salto da Dior.
- Acessórios da Pandora.

Após ele finalizar a lista, ele percebeu que estava deixando passar várias pistas que podiam levá-lo até o assassino e então riscou as opções prováveis: Batom, convite de casamento, cartão de crédito, papéis de recibo. E após, marcou um X em todas as lojas que foram mencionadas nos acessórios e sapatos.

Charles pegou o telefone que dava acesso a secretaria e disse:

— Preciso dos seguintes documentos de Meredith, estou te enviando tudo por e-mail, entrega pra Dickson e ele pode entrar sem bater.

Após terminar de falar Justine do outro lado assentiu e fez o que Charles pediu.

Ainda esperando pelos documentos, Charles decidiu entrar no Google o que seria óbvio para um investigador iniciante e o que ele mais tinha esquecido do óbvio, internet.

Primeiro digitou o nome de Meredith Sparks no Google e para a sua surpresa, sua arma chave, as redes sociais, Facebook, Instagram, até parecer uma matéria que chamou atenção.

"Denver Larious foi visto com uma acompanhante de luxo, Meredith Sparks em um restaurante no hotel flor-de-lótus, o que mais chamava atenção era o interesse do trilhardário em mulheres que ele poderia ter gratuitamente apenas falando o seu nome..."

Charles leu toda matéria até uma lâmpada de desenho animado aparecer acima da sua cabeça e ele dizer em voz alta: Bingo! Te achei.

Na imagem o rapaz se parecia muito com o perfil do assassino, altura, estimativa e a data era muito próxima a da morte da mesma, ele estava no caminho certo... ou o destino só estava pregando mais uma peça.

Ryan entra no escritório de Osborne plásticos contendo tudo no qual ele havia pedido, caminho até a mesa e joga os papéis em cima ao lado do notebook de Charles, sendo termos de responsabilidade para prestar conta dos objetos retirados da perícia.

—  Vai analisar tudo de novo, chefe?

— Preciso Dickson. Eu não aguento mais perder noites de sono, noites de foda e dias perdidos, esse assassino não é invisível, é alguém e ser humano ou ser vivo são falhos e sempre deixam pistas. Eu que não estou sabendo decifrar.

— Não se cobre demais, você faz o que pode.

— Aí que tá o problema, não estou fazendo o suficiente.

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Charles e Ryan decidiram ir para a perícia, lá estava Scot com um sorriso vitorioso no qual ele não demonstrava nunca.

— Charles, Ryan de novo... O que devo o desprazer?

— Preciso que você analise as digitais no batom, ou se ao menos detecta algum outro DNA, mulheres retocam o batom sempre, se ela tiver beijado esse assassino recentemente a prova estará aí.

— Dois minutos e a análise estará completa.

Scot pega o plástico da mão de Osborne e retira o batom de dentro, coloca na máquina microscópica pra análise e deixa a máquina fazer a leitura.

Osborne caminha pela sala de Scot e vai diretamente para o "freezer" aonde o corpo de Meredith estava sendo mantido até o fim das investigações. Charles puxou a maca e Ryan se afastou com dois passos para trás, até Scot se exaltar.

— Sem mexer nos cadáveres você não tem permissão.

— Eu não posso nem olhar? Só tenho fotos, do momento mas nunca analisei, preciso da análise, Scot.

— Traga a permissão, Robert ficará feliz em te receber.

Scot se aproximou e devolveu o cadáver para o freezer ainda tampado, sem Osborne ao menos conseguir ver o rosto da vítima.

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