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Capítulo 10

Lara

O Joel chama muita atenção e eu acho que ele sabe disso, já que não abotoou os primeiros botões da camisa que está usando. Que lhe caiu muito bem. Tentei não focar somente nisso durante o caminho e consegui. E quando entramos ao LIV, clube que o Joel veio me falando no carro, me arrependi tanto de ter topado toda essa loucura. É escuro e somente as luzes coloridas não permitem que isso seja um breu. Tem tanta gente aqui que me sinto em um transporte público. E a música alta desse jeito, que eu pensei que tinha ficado surda. Eu realmente não estou acostumada com esse tipo de coisa, e ainda me sinto deslocada. O Joel me puxava pela mão andando de um lado pro outro entre a multidão, como se isso fosse a casa dele e como se ele conhecesse cada centímetro. Ele avistou os amigos e foi logo me apresentando pra todos quando nos aproximamos deles.

- Lara, esse é o Erick. Um dos meus melhores amigos. – Ele e o tal Erick se abraçam

- É um prazer conhecer você. Eu sou a Lara. – Eu disse sorrindo um pouco enquanto ele se aproximou pra me abraçar

- O prazer é todo meu, Lara. Espero que você se divirta. – Esse amigo do Joel é bem bonitinho, além de simpático.

- E essa é a Hanna. Conheci ela na universidade. Ah! Ela conhece o Chris também. – O Joel disse apontando ela, sorrindo. Ele parece gostar muito desse lugar.

- Você também conhece o Chris? Ele é o esposo da minha melhor amiga, a Jade. – Ela me cumprimentou com beijos no rosto.

- Sério? O Christopher nunca falou de vocês durante o curso. – Não sei por que, mas o comentário dela não me soou bem. Parece que ela quer tentar dizer que eu e a Jade não somos importantes pra o Chris, a ponto dele não comentar sobre nós duas com os amigos. Sei lá. Não gostei disso.

- O Christopher não falou várias coisas durante o curso, Hanna. Ele sempre foi reservado. – Acho que o Joel viu como eu me senti, já que minha cara nunca nega o que eu sinto, e tentou amenizar o comentário da amiga. – Mas agora que já apresentei vocês a Lara, vou raptar minha convidada. – Ele avisa aos amigos e me olha. – Vem. Tenho que te mostrar algumas coisas. – Ele volta a pegar minha mão e me leva até o bar. Ele pede uma bebida.

- Prova. – Ele me passa um copo com um drink verde, decorado com limão siciliano e kiwi, que pelo cheiro e aparência parece ser de kiwi. Olhei um pouco mais a bebida e tomei um gole, enquanto o mexicano me olhava esperando uma resposta. E o que eu tenho a dizer é que eu amei esse drink. É realmente de Kiwi, e tem lichia também. E o álcool através da vodka. É doce, mas a vodka equilibra isso.

- É incrível. – Eu digo sincera e ele comemora. – E eu vi que você não tomou. Muito bem! Você tá dirigindo e, além disso, você fica um idiota quando tá bêbado. – Eu falei perto do ouvido dele, pra que eu não precisasse gritar e ele soltou uma gargalhada.

- Eu já entendi tua maneira de me amar. Me chamar de “mulherengo” e “idiota” é teu jeito de dizer “te amo” – Agora fui eu quem dei uma gargalhada

- Isso é o que você quer ouvir. E talvez aqui existam várias que possam te dizer isso. Quer que eu procure alguma pra você? – Sugeri, brincando com ele

- Não. Hoje eu escolhi você. – Eu tomei mais um pouco do drink por ter ficado sem resposta. E prefiro pensar que ele só tá retrucando minha brincadeira. – Você já tá bem amiguinha dessa bebida né? Agora já pode conhecer o DJ e a pista de dança. – Eu sorri e ele me deu a mão – Vamos. – Eu naturalmente detesto que fiquem me levando a um lado e outro como se eu fosse uma criança de dois anos, mas aqui e com o Joel eu não estou achando ruim. Inclusive é bom sentir que ele tá preocupado que eu não me perca dele. É fofo, vai!

- Eu tenho uma pergunta! – Falei como criança curiosa.

- Fala. – Ele disse colocando uma mão na minha cintura pra se aproximar de mim, já que agora estamos junto do DJ e a música é muito mais alta aqui.

- Todas as segundas vocês fazem festa? Vocês conhecem quantos aniversariantes? – O mexicano gato e atrevido que eu tenho pertinho de mim agora, começa a sorrir.

- Você parece tão inocente... – Ele me olha um pouco e volta a colocar o rosto do lado do meu pra falar perto do meu ouvido – Isso não é uma festa de aniversário. São só festas. Um motivo pra se divertir dançando e bebendo.

- Eu tenho certeza que se algumas dessas pessoas aqui trabalhassem vocês nunca fariam uma festa sem motivo na segunda-feira. – Apontei pra aquela multidão que agora víamos de cima.

- E o que você faz nas suas segundas? E como você vai me mostrar sua vida e como você se diverte? Como você pretende me mostrar a Lara Sanchez? – Ele faz essas três perguntas em sequência, e agora foi a minha vez de parecer misteriosa.

- Você vai ver! – Eu disse agora olhando pra ele.

Destiny • Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora