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Capítulo 14

Lara

Depois de trocar figurinhas de más experiências com relacionamentos, Joel e eu entramos ao cinema. Vi que ele se surpreendeu um pouco com isso, mas acho que não desgostou do passeio. Entramos na sala e enquanto não começava o filme, eu fiquei olhando um pouco o Joel. Ele é um homem que chama atenção de muitas mulheres, com certeza. E isso só com a aparência, porque se todas o conhecessem, veriam que ele é mais que um rostinho bonito. E eu posso estar me arriscando em falar isso, porque não sei tudo sobre ele. Mas, de tudo que já descobri e conheci, sei que ele é muito especial. Não é um filhinho de papai presumido. Inclusive me senti uma boba quando ele percebeu que eu estava olhando pra ele e brincou comigo. Passei o filme quase todo me escondendo no Joel, e achei fofo que ele me abraçava nesses momentos. Decidi finalizar o passeio levando ele pra comer o meu hambúrguer favorito, tempo que aproveitamos pra falar sobre o filme. Mas também fizemos isso durante o caminho de volta até a minha casa.

- Nossa que frio! – Eu disse enquanto ventava forte e eu tentava me aquecer com as mãos – Você também tá sentindo?

- Eu tô tranquilo. Gosto desse clima. – Joel virou pra me olhar e me viu aquecendo os braços. – Espera um segundo. – Ele tocou meu braço pra que parássemos de andar e tirou a jaqueta que estava usando, logo em seguida me ajudou a vestir. – Pronto! – Ele voltou para o meu lado, vendo como havia ficado a sua jaqueta em mim.

- Não precisava disso... – Eu disse sem jeito

- É óbvio que precisava. Você ia morrer de frio. – Agora ele está zombando de mim.

- Obrigada, Joe. – Eu disse enquanto olhava pra ele. E ele me olhou com um sorriso tímido no rosto. Voltamos a caminhar e eu quebrei o silêncio. – E oque você faz da vida? Além de ir ao LIV, claro! – Ele sorriu da maneira que eu falei

- Trabalho no escritório do meu pai. Ele quer me deixar no lugar dele em breve, e tá me ensinando tudo que eu preciso saber pra ocupar o cargo dele.

- E você mora com os seus pais, correto?

- Sim. E você? Porque não vive com os seus?

- O meu pai faleceu quando era criança. Acho que eu tinha três anos. Eu nem me lembro dele, na verdade. A minha mãe mora com o meu irmão e a minha cunhada, Diana. E eu não vivo com eles porque quis me aventurar sozinha. Ser independente deles. E na época, eu tive uma briga idiota com a minha mãe também, que unida a minha vontade de viver sem a ajuda deles, foi oque me fez sair da casa do meu irmão.

- Isso é pesado. – Ele diz expressando também com o rosto seu sentimento

- E a briga com a minha mãe foi porque ela tava se metendo na minha vida. Decidindo um futuro que ela queria pra mim e eu não. E como eu não tinha gostado nem um pouco disso, fui morar com a Jade na minha casa atual.

- Sabe que agora você me deu vontade de morar sozinho? – Ele disse sorrindo

- Às vezes eu me sinto muito sozinha. Isso não é tão bom.

- Como tudo na vida tem seus prós e contras, nesse caso não é diferente. – Eu assenti

- Sobre o plano do seu pai de te colocar na empresa no lugar dele. Você quer isso? – Pergunto atrevida e curiosa.

- Olha... Não é o que eu sonhava quando criança. Mas é algo que me realiza profissionalmente. Eu gosto da empresa. – Joel parece pensar um pouco – Mas o cargo do meu pai requer muito mais do que eu aprendi na graduação de administração. Requer muito de mim.

- Você não me respondeu Pimentel. Você quer esse cargo? – Insisto na pergunta

- Acho que sim! – Ele sorri – Apesar de todos os contras, sim. – Ele finaliza e nós chegamos até a minha casa.

- Bem, aqui termina o nosso passeio. Agora me paga por ter feito sua noite melhor. – Brinco e estendo a mão como se ele realmente fosse me pagar.

- Tá aqui! – O mexicano se aproxima e me deixa um beijo na bochecha. – Temos que sair outras vezes. Eu gostei muito de passar essas horas com você. – Ok. Por essa eu não esperava. Tanto que deixei minhas chaves caírem no chão. E pra completar, começou a chover forte. Eu e Joel nos abaixamos pra procurar as chaves, o que era difícil pela chuva e por estar escuro. Joel encontrou minhas chaves e balançou na mão enquanto eu me levantava.

- Obrigada. – Eu disse enquanto Joel e eu nos olhávamos nos olhos. Enquanto eu tomei meu molho de chaves da sua mão, nossos olhares estavam fixos um no outro. A distância era tão pequena agora... E eu já não sei oque tá passando pela minha cabeça. Olhei rápido pra boca desse mexicano e esqueci o resto a minha volta. Em centésimos, nossos lábios já estavam unidos num beijo lento e calmo. Meu coração acelera e um frio na barriga começa a se fazer presente. Me sinto em outra dimensão, num universo particular. Só nosso. E que só o Joel consegue me levar. 

Destiny • Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora