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Capítulo 18

Lara

Jade parecia saber de algo que eu não sabia e por isso fico curiosa e lhe pergunto.

- E porque você disse isso? – Olho pra Jade, curiosa.

- Christopher me contou de você e do Joel. E sabe? Eu te desculpo por não ter me dito nada. – Ela brinca e eu dou risada

- Eu não queria atrapalhar sua lua de mel.

- Preciso que você confirme as desconfianças do Chris. Vocês já saíram que eu sei, mas o que eu ainda tenho dúvidas é se vocês já se beijaram.

- Já. – Digo rápido.

- E tudo bem com você? Você... Gosta dele?

- NÃO! – Solto instantaneamente – Na verdade acredito que esse beijo tenha sido um erro. Não deveria ter acontecido. – Olho para o teto

- Conhecendo esse mexicano, acredito que ele não pensa assim. E conhecendo você, tenho certeza disso. Você só tem medo de sofrer outra vez, como sofreu com aquele idiota.

- Jade, eu realmente não sei se tô pronta pra me apaixonar de novo. Eu nem quero isso. – Sigo sem olhar para ela

- Eu posso te dar um conselho? – Ela senta na cama.

- Sim. – Também me sento na cama

- Ninguém é igual a ninguém. Não é porque um imbecil te fez sofrer aos dezoito anos que todos serão iguais. A vida não é assim. Eu te conheço quase tão bem como a sua mãe e sei que você já tem uma pontinha de sentimento pelo Joel. – Fico sem resposta e suspiro várias vezes antes de responder

- Eu sei que a vida não é assim, mas, na verdade, eu não sei se gosto dele. Acho que agora não é o momento. Conheço pouco dele ainda.

- Então não se afasta dele. Mantém contato. Continua conhecendo ele e depois faz o que você acha que vai te fazer feliz. 

- Vou seguir seu conselho. E espero que não só eu sinta algo.

- Tenho quase certeza de que ele sente sim. Ele só não descobriu ainda. – Eu e Jade nos abraçamos como sempre fazíamos nos fins de conversa e fomos para os preparativos da festa de hoje. Passamos à tarde nisso. Quando as pessoas começaram a chegar, Jade e eu saímos do quarto para poder aproveitar a festa que passamos o dia organizando. Me diverti muito, conheci algumas pessoas e dancei com outras. Uma noite tão divertida e simples, ao mesmo tempo. A produção de tudo está tão caseira. Luzinhas como teto e um deck de madeira como pista de dança. E acredito que não somente eu, mas todos se divertiram muito aqui. Vimos um a um indo embora e quando restamos os seis novamente, arrumamos tudo. Depois de algumas horas o jardim de Jade já estava impecável outra vez. Cansada e precisando de um banho, me acomodei no quarto que Jade havia me hospedado. Tomo um banho morno e demorado, que me fez sair relaxada.

- Pensei que você não ia mais sair daí. – O mexicano folgado disse deitado na cama. Ele está sem camisa e admiro seu corpo como a uma obra de arte. E ele é ainda mais bonito do que eu havia imaginado. Essa cena seria sim digna do Louvre.

- Portas foram feitas para serem batidas, sabia? – Eu digo secando meu cabelo com a toalha.

- Se quisesse que ninguém entrasse, a teria trancado. – Eu reviro os olhos.

- Eu poderia estar nua! – Joel sorri

- Olha... – Ele solta uma gargalhada antes de continuar – Eu não reclamaria se isso acontecesse.

- Que idiota! - Jogo minha toalha em seu rosto enquanto sorrio da sua sinceridade e atrevimento. - O que você quer?

- Quero conversar com você. Sobre ontem. – Sua expressão agora é mais séria.

- Joe... Me desculpa por aquilo. Eu... Eu não queria... – Ele me interrompe fazendo “shhh” e colocando um de seus dedos na boca em sinal de silêncio

- Deita aqui, eu quero te falar algo. – Duvido um pouco em fazê-lo e ele percebe – Deita aqui... Por favor! – O encaro alguns segundos e então me deito ao seu lado, pronta para ouvir o que quer que seja que ele queira me dizer. – O nosso beijo de ontem não foi sua culpa, e nem minha. Não fui só eu e nem só você. Fomos os dois. Você não tem que se desculpar. E nem se envergonhar disso, ouviu mocinha? – Ele me olha – Até porque eu gostei... E muito. – Sorrio tímida – Eu me sinto bem com você. Gosto do tempo que passamos juntos. Você é muito especial, ruivinha.

- Eu fiz o que me deu vontade... Mas depois me culpei por isso. Tive vergonha. Mil paranoias surgiram de que você pensaria mal de mim. – Disse sem olhar pra ele.

- Que nunca mais você sinta vergonha ou culpa por fazer tudo aquilo que te der vontade. - Ele volta a me olhar – E é óbvio que eu não pensei mal de você, baby. Desde que você não fuja mais de mim, ou me trate diferente não vou pensar mal de você. – Nossos olhares se conectam

Destiny • Joel PimentelOnde histórias criam vida. Descubra agora