Gallien, O Destruidor de Titãs: parte 2

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Toga acorda, ela não estava mais em seu quarto. Tudo à sua volta era escuridão, ela se sentava em uma simples cadeira de madeira e uma pequena mesa circular se estendia a sua frente, por mais que a aquela situação fosse bizarra, a orc não se surpreenderá.

Toga: Outra visão? Ou você só quer conversar comigo mãe?

À sua frente, surge uma figura coberta pelas sombras, apenas seus esqueléticos braços apoiados na mesa eram visíveis, uma voz rouca e cansada solta uma gargalhada que, apesar de vir de sua falecida mãe, fazia Toga estremecer.

Mãe: Eu já lhe disse várias vezes, minha filha, conversaremos quando você estiver deste lado comigo.

Toga: Tá bom, então se é uma visão já pode me contar, eu tô tentando ter uma boa noite de sono.

Mãe: Claro, claro, você deve aproveitar bem os momentos de descanso que ainda lhe restam, logo, o canto de uma coruja a deixará sem sono./ Enquanto ela dizia, o som do piar de uma coruja ecoa por todos os lados.

Mãe: A coruja vai entrar em conflito com o corvo, e logo você será obrigada a escolher um deles.

Agora o som de um corvo se mistura ao da coruja e os dois ecoavam estridentes pelo lugar fazendo a cabeça da orc latejar.

Toga: Uma coruja e um corvo? Não gosto muito de pássaros, prefiro cachorros.

Mãe: Eu sei, você nunca gostou de aves, mas mesmo assim o corvo lhe intriga, a coruja vai testar todos vocês e você deve estar preparada.

Toga: O corvo me intriga? Tá falando do Zakk? Se ele é o corvo, quer dizer que ainda vamos conhecer essa tal "coruja" e ela vai nos testar... Mas como ela vai fazer isso?

A cabeça da orc doía cada vez mais, os dois pássaros pareciam cantar cada vez mais alto. De repente, os sons ensurdecedores cessam e o doce silêncio era como música para seus ouvidos, porém, algo parecia à incomodar no silêncio. Por algum motivo, o canto do corvo lhe fazia falta, como se ela se sentisse vazia sem aquele som estridente e irritante e isso a deixava apreensiva.

Mãe: Esse sentimento, a calmaria, é algo monótono para os orcs, mesmo em tempos de paz, nós ansiamos pelo conflito.

Toga: Não sou uma semideusa da guerra, apesar de eu às vezes sentir uma vontade louca de lutar, isso é só um instinto primitivo que eu deixei de lado.

Mãe: De fato, mas mesmo assim,você sente no corvo o conflito que você tanto deseja, não sente?

Toga: Há, o nome do meio Zakk é confusão, mas não sei se é isso que me atrai nele.

Mãe: Você logo descobrirá, lembre-se, tome cuidado com a coruja...

A voz da mulher começa a ficar cada vez mais baixa e o lugar começa a se encher de luz, logo, Toga estava de volta em seu dormitório, e estava de manhã. Porra mãe, eu disse que eu queria dormir... Ela resmunga baixinho e olha em volta e vê o macacão de treino que a escola lhe deu e se lembra de que hoje teriam o primeiro dia de aula.

Toga se levanta, veste seu uniforme e vai até a sala onde Zakk passava um esmalte negro nas unhas das mãos enquanto assistia Naruto.

Zakk: "Não diga mais nada garoto,suas palavras me cortam fundo, mais fundo que qualquer outra lâmina..."/ Ele dizia imitando Zabuza.

Toga: Desde quando você pinta as unhas?

Zakk: Desde sempre, não pintei ontem porque eu estava ocupado demais perseguindo você.

Toga: Você ainda tá bravo com aquilo?

Zakk: Aquele manto foi caro e você arregaçou ele.

Toga: Já disse que eu vou comprar outro, relaxa.

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