12. Sim, é o que eu quero...

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Ludmilla seguiu até o onde queria levar Brunna, elas escutavam apenas a música no carro e estavam desconfortáveis desde que Brunna disse a maldita frase: Precisamos conversar.

- Chegamos. - Ludmilla anunciou o óbvio após estacionar o carro nos fundos de uma lanchonete que para Brunna parecia bem caidinha.

Ludmilla não abriu a porta para Brunna, apenas esperou a mais nova passar em frente ao carro e estendeu a mão, um pouco suada, para que a latina ficasse junto a sua.

- Você ficou nervosa com o que eu disse? - Brunna falou com um certo tom de humor na voz, Ludmilla olhou para ela fingindo desconfiança e suspirou aliviada.

- Claro que sim! Foi a merda da frase precisamos conversar, Brunna. - Ludmilla bufa enquanto passam na lateral da lanchonete, indo para a frente do local.

- Mas nos realmente precisamos. - Brunna responde de forma natural, logo ficando surpresa com a decoração anos 90 da lanchonete quando se aproxima da entrada. - Uau, isso é legal!

Ludmilla sorri orgulhosa por ter agradado os olhos curiosos de Brunna Gonçalves. As duas entram e encontram uma mesa no canto, Brunna olha para toda a decoração, para os jogos típicos da época e alguns funcionários vestidos a carácter.

Logo elas são atendidas e o silêncio volta a reinar, Brunna se aproxima, se arrastando na poltrona vermelha para ficar mais perto da Oliveira.

- Acho que precisamos conversar sobre nós. - Brunna respira profundamente com medo do rumo da conversa que Ludmilla está iniciando. - Eu gosto do que estamos fazendo, mas eu...

- Mas... - Brunna começa a ficar irritar. - Sempre um mas!

- Isso é certo? - Ludmilla pergunta, a voz dela é baixa e parece confusa demais, mesmo assim Brunna entende o ponto em que a outra está se referindo.

- Eu tenho mais de 18, Ludmilla! - Brunna retruca rapidamente, tocando o rosto de Ludmilla para que olhasse mais para si. - Vou fazer 21 em menos de dois meses!

- Mas eu poderia ser sua mãe! - Ludmilla fala um pouco mais alto que o necessário, mas não está irritada.

- Mas não é e você é muuuuito mais nova que minha mãe, então tudo legal
a gente ter algo. - Brunna sorri ao terminar de falar, mas não é o sorriso mais verdadeiro que Ludmilla já recebeu dela.

- Temos algo? - Ludmilla pergunta e vê brunna ficar tensa, mas segundos depois ela está com a cara de boba que a Oliveira acha ser normal.

- Não temos, porém eu teria o que você quisesse comigo... - Brunna fala e logo depois sorri. - Quer casar, vamos?

- Deixa de ser boba! Não quero casar nunca mais! - Brunna está envergonhada por sua fala anterior, Brunna sorri por ver que o rumo da conversa não está tão ruim e até brinca.

- Ah, poxa... - Brunna finge tristeza. - Fiquei triste!

- Você é engraçada, eu gosto disso. - Ludmilla puxa Brunna pelo pescoço, em um abraço desajeitado.

- Você fala como se não me conhecesse antes. - Brunna se afasta um pouco e olha Ludmilla com atenção.

- Eu conhecia a amiga da minha filha, só isso. Não essa mulher... - Encara Brunna, para que a mesma entenda que não está falando apenas no corpo. - Que fala besteiras o tempo todo, é carinhosa e faz um sexo maravilhoso...

- Se você quiser, eu quero. - Brunna brinca, sendo bem sugestiva.

- Querer eu quero, só não acho que podemos... - Ludmilla fala com uma falsa tristeza, só que Brunna não entende muito bem.

A culpa é sua! [ Short fic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora