15. Farei por merecer.

677 90 5
                                    


Olá, só temos mais um Cap por aqui, até logo :)

*****************************************

Ludmilla passou o resto do dia no quarto e no outro dia bem cedo acordou para ir atrás de Brunna. Ludmilla toca a campainha da casa dos Gonçalves's e logo a mãe de Brunna aparece na porta.

- Oi, Ludmilla. - Mirian olha bem para a Oliveira, avaliando-a. - Bom dia!

- Bom dia, Mirian. - Ludmilla está receosa de estar em frente a sua sogra (?). - A Brunna está?

- Está sim, está no quarto ainda. - Sinuhe abre mais a porta para Ludmilla poder entrar. - Vem, entra... Jorge e eu estávamos na cozinha, quer nos acompanhar no café?

- Muito obrigada, mas vou deixar para outra hora, agradeço, Mia. - Ludmilla segue a mãe de Brunna até a escada para o segundo andar.

- Você conhece o caminho, não é? - Ludmilla fica um pouco vermelha com a indireta de Mirian pra cima dela.

- Sim, conheço...

Ludmilla sorri sem graça e sobe a escada, Mirian fica rindo da cara de Ludmilla por alguns instantes antes de ir para cozinha.

Ludmilla hesita em bater na porta de Brunna por alguns instantes, até que a porta é aberta e a irmã de Brunna, Sofia, está ali parada com uma felicidade exagerada. Brunna ainda está na cama enrolada em vários cobertores.

- Oi, Tia Ludmilla!. - Sofia abraça a mulher mais velha. - A sua namorada não quer levantar.

- Sério? - Ludmilla questiona animada, mesmo que só pensasse que Brunna já havia falado que namoravam. - Que preguiçosa a Brunna é!

- Sim! - Sofia concorda e se solta de Ludmilla. - Vou tomar café da manhã, pode puxar a Bu da cama.

- Pode deixar, Sofia! - Ludmilla entra no quarto ao mesmo passo que Sofia sai correndo para o andar debaixo. Fecha a porta atrás de si e aproxima da cama. - Bru?

- Hmm? - Camila murmura. - Ludmilla?

- Sim. - Ludmilla senta na cama e procura Brunna entre as cobertas e assim que acha sorri ao ver a cara de sono dela. - Bom dia, Bru. Você, uh... Está bem?

- Estou mais ou menos. - Brunna empurra os cobertores e senta na cama, se aproximando de Ludmilla para lhe dar um abraço demorado e um beijo no pescoço. Logo levanta da cama e se estica. - Já volto...

A latina segue pro banheiro no corredor e Ludmilla deita na cama para poder esperar. Brunna não demora a voltar, Ludmilla que se distraiu com seus pensamentos, volta a realidade. Gonçalves por incrível que pareça sabe exatamente no que a outra está pensando.

- Não, Ludmilla... - Brunna sente um nó na garganta, porém náo cede. - Eu não vou perdoar a Brianna tão cedo!

- Mas, Bru...

- Ludmilla, esquece isso! - Brunna corta de uma vez. - Ou você fica aqui comigo sem falar nesse assunto ou pode...

- Não, amor. - Ludmilla fala esquecendo do assunto. - Eu só vim cuidar de você, não precisamos falar de mais nada.

***

Ludmilla chegou em casa, encontrando Brianna com Jolene no colo, sentada no sofá. A filha estava fugindo da mulher há dias, mas não teria como evitar para sempre, isso era fato...

A gatinha sai do colo da mulher de cabelos curtos e desce do sofá, indo se encostar nas pernas de Ludmilla em seguida.

- Acho que precisamos conversar... - Brianna fala em um tom receoso, ela olha para a mãe um tanto envergonhada por suas últimas atitudes.

- Oh, com certeza! - Ludmilla diz de forma exagerada, como uma boa mãe sempre faz, para culpar ainda mais a filha (que nesse caso realmente merecia se sentir culpada).

Ludmilla deixa sua bolsa no primeiro degrau da escada e senta perto da filha no sofá, suspirando dramaticamente.

- Você fez uma coisa tão ignorante e burra que Brunna não quer te ver tão cedo. Sinto muito, Brianna, mas depois do seu show ela quer mais que tudo manter distância de você, daqui de casa...

- Vocês não terminaram, não é? - Brianna fala com preocupação, um tanto tardia, mas ainda assim valia de algo. - Se ela não quiser te ver por minha culpa, eu vou atrás dela, eu sei o quanto a senhora estava feliz e gostando dela, eu vou atrás, ma...

- Não, nós não terminamos, nós... - Ludmilla se adianta para fazer sua filha cortar a sequência rápida de palavras que saiam de sua boca.

- O quê? Deram um tempo?

- Não, estamos namorando e acho que se isso tudo não tivesse acontecido ela até aceitaria morar aqui com a gente...

- Ai, mãe... Desculpa. - Brianna suspira pesado, sentindo-se ainda mais culpada. - Eu posso morar em outro lugar, não quero atrapalhar nada entre vocês.

- Não. Você não precisa ir embora, você é minha filha te quero aqui sempre! - Ludmilla fala com firmeza. - E não acho que Brunna esteja pronta para esse passo ainda e não viveria com ela sendo que vocês não estão conversando, vou esperar o tempo dela. Sei que Brunna sabe perdoar, e ainda mais você que é amiga dela há anos, só basta você fazer por merecer também, Brianna, e tudo vai ficar bem.

A outra mulher apenas concorda com um balançar de cabeça e ajeita seu cabelo curto atrás da orelha.

- Farei por merecer. - Brianna fala com firmeza, ela estava decidida a fazer tudo que estivesse ao seu alcance por sua mãe e sua amiga, após a conversa que tivera inicialmente com Liam e depois com as outras amigas. - Eu estava tão confusa com isso tudo e não consegui falar sobre com ninguém, guardei muita coisa e meu pai acabou me deixando confusa de tal forma que acabei explodindo... Não foi meu melhor feito e não me orgulho em nada disso, só quero encontrar uma forma de me desculpar por todo dano causado em Brunna.

- Sim, eu sei e você irá encontrar. - Ludmilla tentar dar força para que sua filha não se sinta tão culpada quando aparenta. - Agora me conta sobre o seu pai... Daniel falou tudo?

- Falou... Eu definitivamente estou chateada com tudo que ele fez, ele te traiu por anos e eu tenho um irmão? Caramba, eu nem sei quando a ficha vai cair!

- Olha pelo lado bom... - Ludmilla tenta encontrar alguma coisa para citar. - Você não é mais filha única.

- E isso é bom onde, mãe? - Brianna brinca. A verdade é que ela sempre quis um irmão. Mesmo que esse fora de uma relação que ao seu ver não era a mais saudável, a criança não tinha culpa e Brianna estaria ali para seu irmão, independente de qualquer fator.

- Seu pai sempre te escutou quando pedia por um irmãozinho. - Ludmilla caçoa e Brianna revira os olhos, se a Oliveira mais velha que fora traída estava levando isso de forma cômica porque ela teria que ser tão rígida?

A verdade é que Brianna não iria perdoar o pai tão cedo, mas não deixaria de conhecer a criança que era seu irmão por parte de pai. Ela ainda estava brava por ter sido manipulada e ter acabado abalando sua amizade com Brunna e quase estragando o namoro da mãe.

A culpa é sua! [ Short fic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora