03. Vamos para o seu quarto?

900 102 12
                                    


- Tia, como a senhora deixou a Anna fazer essa coisa no cabelo? - Liam pergunta e caçoa ao mesmo tempo. Brianna estava sentada perto das amigas, enquanto Liam, patty e brunna estavam perto da mesma de bebidas e salgadinhos.

- Eu não deixei... Sabe como é, os filhos crescem e você não tem opinião válida mais. - Ludmilla joga a indireta.

Patty olha para Brunna que está olhando fixamente para um ponto, cutuca a amiga.

- Quê?

- Tá pensativa.

- Estava pensando na Jolene. - Brunna fala e Patty ri.

Ludmilla da forma que é curiosa e também envolvida na vida dos amigos de sua filha, pergunta:

- Nova crush, Brunna?

- Pode se dizer que sim... - Brunna sorri bobamente, pensando em Jolene.

- Ela é uma gatinha, não é, Bru? - Patty brinca.

- Deixa de ser boba. - Brunna ri e revira os olhos para sua amiga, Laudmilla fica confusa, e olha para as duas amigas ali sem entender muito. - Mas ela é linda mesmo!

- Já está toda apaixonada! - Ludmilla brinca.

- Jolene é literalmente uma gata, tia Ludmilla. - Liam ri e bebi um pouco de sua cerveja.

- Um animal... - Ludmilla fala ainda tentando entender o assunto de fato.

- Não é zoofilia, tia! - Patty tenta explicar e brunna revira os olhos, Liam até sai de perto achando graça de patty pensar nas coisas mais loucas pra falarem.

- Eca, Patty! Ela não pensou numa coisa nojenta dessas! - Brunna empurra a amiga para que saia logo dali e pare de falar merda. - Você parece que falta uma parte do cérebro.

- Idiota! - Patty implica e sai de perto de brunna, a latina está corada pelas besteiras que saíram da boca da amiga.

- Então... - Brunna suspira esquecendo da vergonha sentida momentaneamente. - Jolene é a gatinha que eu queria adotar... Só que como ainda moro com meus pais não posso porque Sofia é alérgica.

- Ah, que triste e ela não pode usar um antialérgico? - Ludmilla pergunta enquanto brunna mexe no celular procurando por uma foto de Jolene.

- Exatamente! Mas a mamá disse que não seria bom para Sofi... - brunna comenta e Ludmilla acha fofa a forma que a latina diz mamá, como se fosse uma criança dengosa. - Poxa, a Brianna deveria aceitar minha ideia e adotar a Jolene, eu prometo vir brincar com ela todos os dias que eu puder.

- A Brianna não vai ser a melhor escolha para essa gatinha, você sabe, não é? - Ludmilla questiona e se vira de costas para Brunna, ficando próxima da mesa para pegar uma bebida. - Ela mal cuida dela mesma da forma correta.

- Mas a senh-você cuidaria... Não?

- Quer que eu adote? - Ludmilla se vira curiosa para olhar Brunna, que tem os olhos mais pidões do mundo no momento.

- Por que não? - questiona e sorri, pisca os olhos lentamente usando sua técnica que aprendeu com o passar dos anos com Brianna.

- Não prometo nada, Brunna.

- Já é algo!

- Ei, venham para perto de nós! - Emily berra um pouco alterada.

- Ela já está bêbada?

- Nem me fale... - Brunna murmura com preguiça de suas amigas.

***

Brunna acordou com vontade de ir ao banheiro, levantou e foi, quando ia se deitar na sala novamente, ela decidiu ir beber água ao ver que a luz da cozinha estava acesa. Assim que entrou na cozinha Brunna se assustou com a dona da casa. Ludmilla estava em apenas uma camisola (do tipo que era sexy, brunna preferia que fosse uma de tiazona), comendo donuts que patty tinha comprado mais cedo.

- Ei!

- O-Oi! - Brunna murmura, um pouco em choque, pela vestimenta da mais velha. - Vim apenas beber água, não quero atrapalhar...

- Não está, fica à vontade. - Ludmilla fala e morde seu donuts, deixando um pouco de confeito cair. Ela limpa a boca rapidamente, Brunna se vira e vai pegar água na geladeira. - Eu não invado muito minha cozinha de madrugada, se é o que está pensando...

- Ah, não estou... - Brunna tira uma garrafa da geladeira e logo pega um copo no armário ao lado, ela senta na mesa perto de Ludmilla em seguida, onde dá uma rápida conferida no corpo da mãe de sua amiga. Definitivamente Brunna estava pensando em tudo, menos em Ludmilla fazendo lanches de madrugada, a menos que o lanche fosse ela...

- Como vocês trouxeram comida, acabei não tendo que fazer o jantar, fui dormir sem comer algo que me satisfizesse e agora estou aqui. - Ludmila em um tom divertido, ela fecha a caixa de donuts e se levanta, Brunna sabe que se quiser não precisa pedir e pegar o conteúdo da caixa.

- Eu vou pegar uns donuts e assistir TV, tudo bem? - Brunna praticamente pede permissão para Ludmilla.

- Vou assistir com você, acordei com vontade de fazer isso, mas não quis ligar e te incomodar. - Ludmilla comenta distraída olhando o que achou tempo demais para as coxas de Brunna. - A TV do meu quarto estragou...

Brunna vai atrás de Ludmilla, a mais velha joga os cobertores, que a latina estava usando, para o lado e se senta. Brunna senta ao lado de Ludmilla, ainda comendo seu donuts.

Ludmilla liga a TV iluminando o local e procura um canal que preste, sem muito sucesso. Brunna acaba seu donuts, ela olha para a mais velha por alguns segundo. Ludmilla percebe que está sendo encarada e olha de volta, Brunna não desvia apenas sorri novamente, a Oliveira sorri com um pouco de deboche.

Rapidamente Brunna passa a mão no rosto tirando o açúcar que ficou grudado após comer.

- Limpou?

Brunna ergue um pouco seu queixo para que Ludmilla visse melhor, a imagem da TV escurece um pouco dificultando a visão da mesma. A mais velha se inclina um pouco e apoia sua mão direita no ombro esquerdo da latina.

- Sim.

A imagem na TV volta a ficar clara e ilumina Ludmilla mais perto, ela está com os olhos semi abertos, é fofo. Brunna morde o lábio, nervosa com a proximidade, a Oliveira para de sorrir e olha a boca de Brunna.

O olhar de Ludmilla ruma para os olhos de Brunna enquanto umedece os lábios com a língua, tem algo diferente no olhar da amiga de sua filha, ela não sabe explicar o que é. Só sabe que está perto demais e quando se dá conta está quase encostando sua boca na da latina.

Jogando o errado e o certo pra cima por alguns instantes, Ludmilla beija Brunna. A latina se assusta com iniciativa, mas não recua, beija de volta afinal era a realização de anos de imaginações.

A mão que antes estava no ombro vai para a nuca onde encaixa puxando levemente alguns fios, a outra vai para a cintura. O corpo de Brunna empurra o de Ludmilla e ela quase senta sobre a mais velha enquanto se beijam sem pressa, as mãos latinas acariciando e apertando as coxas e quadril. Elas se afastavam minimamente apenas para beijar o pescoço ou dar mordidinhas durante algum tempo, mas em certo momento se afasta e suspira.

- Ludmilla...

- O quê?

Ludmilla se prepara para pararem com aquilo e brunna dizer que foi um erro, afinal ela também acha que foi, mesmo que esteja gostando.

- Vamos para o seu quarto?

A culpa é sua! [ Short fic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora