Bar

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Eu realmente não tinha noção que eu não aguentava ficar sequer 1 horinha longe do deidara.

E que situação deplorável a minha, dormi na casa da minha irmã e depois vim pra faculdade, eu tô só o bagaço da laranja, mandei tantas mensagens pro Dei e ele não respondia nenhuma. Eu fui muito burro, que ódio.

Fui pra biblioteca da faculdade pra chorar que nem bebê, foi um choro mais típico de um cara largado desesperado que não se sentia amado por quem amava. Ok, isso foi bem dramático, eu sei.

—Que isso cara? Tá chorando? — a voz de Hidan soou atrás de mim, fechei os olhos me perguntando se minha situação não podia ficar pior depois dele chegar ali. Logo ele.

—Não, não tô. — dei uma fungada e enxuguei o rosto, que provavelmente estava bem inchado.

—Eiii não funga, a galera aqui tira sarro de quem fica chorando aí que nem bebêzinho. — olhei esquisito pra ele, mas obedeci. —Levanta o rosto pra lágrima evaporar

Levantei a cabeça e esperei as lágrimas secarem, fiquei com vontade de dar mais uma fungada. —Vou dar só mais uma pra desentupir o lado direito.

—Agora me conta. — sentou do meu lado. —Que que foi? Na viagem eu percebi um climão entre você e o Deidara.

—Não sei nem porque eu vou me abrir pra você, mas enfim. — suspirei fundo pra começar a explicar. —A gente brigou, eu tô com sérias dúvidas se ele gosta de mim mesmo, já que ele me expulsou do apartamento porque disse que não queria ficar trombando comigo. — falei e ele segurou o riso, colocando a mão na boca. —Para de rir. E agora ele não responde minhas mensagens cara, ele fica online e não responde! — voltei a chorar, e ele realmente riu da minha cara dessa vez.

—Desculpa, espera. — pediu 1 segundo com a mão até parar de rir, quando parou, se virou pra mim e fez pose de palestrante. —Cara, ele tá te dando vácuo de propósito. Eu também faço isso com o Kuzu, dá super certo, ele fica chorando que nem bebê igualzinho a você. — dei um cotoco pra ele depois dele falar aquilo, ainda tentando controlar o choro.

—Se você parar de mandar mensagem pra ele, ele não vai ter como te dar gelo, e aí meu amigo... — continuou, colocando a mão no meu ombro. —E aí ele não vai ter justamente o que ele quer, ele quer que você corra atrás. Você tem que fazer ele correr atrás.

—Mas eu não quero correr não, eu sou sedentário. — falei e ele riu até chorar de rir, e eu fiquei só olhando pra cara de bocó dele esperando a crise de risos parar, me sentindo o palhação.

—Sasori você tem que se divertir um pouco pra esquecer isso aí, tenho certeza que amanhã ele vai te mandar mensagem pedindo pra conversar. Olha, faz o seguinte. Eu, Kuzu e Sakura vamos sair hoje a noite, bora com a gente?

Pensei um pouco naquilo, normalmente eu não aceitaria sair com ninguém no estado em que eu estava agora, eu só queria deitar em uma cama, sozinho, e chorar enquanto olhava as fotinhas do Deidara, mas realmente, sair e talvez beber um pouco seria bom.

Nos combinamos de irmos 19:00, eu passei a maior parte da tarde na faculdade estudando e revisando conteudo, depois fui pra loja só pra fechar e dar um abraço na Konan, e de lá mesmo fui pro tal barzinho que Hidan tinha me dado o endereço.

Quando cheguei, já estavam os 3 na mesa, o local estava lotado de mesinhas com gente bebendo, conversando e rindo, tinha até música ao vivo, parecia bem animado.

—Sakura, fala pra ele do seu hobby. — Hidan apontou para a de cabelos rosas, depois de uns 30 minutos em que já estávamos conversando por lá.

—Eu tenho hobby em esmurrar coisas. — falou em um sussurro misterioso.

—Ah, e você tipo, esmurra pessoas por diversão ou não? Tipo, só pra saber. — perguntei receoso, os bíceps da menina eram típicos de quem me esmagariam com um toque, ainda mais que eu estava bem magricelo.

—Eu nunca esmurrei ninguém. Ainda.— fiquei com mais medo ainda com o "Ainda" dela, era melhor não bobear.

—Eu entendo essa diversão aí. É tipo ver vídeo de gente espremendo espinha. — Kakuzu falou imitando os gestos de espremer uma espinha, eu quase tive um vômito já que ele falou isso bek na hora que eu comia batata frita.

—Ai que nojo Kuzu, a gente tá comendo. — Hidan falou fazendo careta.

—Ué que que tem? É tipo o bico de um confeiteiro, faz tipo "bloft" — Kakuzu continuou falando sobre aquela nojeira.

—Sasori, não olha pra trás. — Hidan falou olhando fixamente pra trás, mas falou isso em vão, já que no mesmo instante eu virei a cara pra trás tão rápido que meu pescoço fez um estralo, Sakura e Kakuzu fizeram a mesma coisa.

Estava lá, Deidara chegando e se sentando numa mesa um pouco mais atrás da nossa, junto com ninguém mais ninguém menos que o Obito. Tinha que ser o Obito? O cara que mais me deixava inseguro, ele parecia até urubu direto circulando o Deidara.

—Aí que caceta. E agora que que eu faço? Me escondo debaixo da mesa? Não sei nem o que que eu tô sentindo, se é raiva se é medo, se é ciúmes. — falei nervoso, bebendo um copo de cerveja por impulso.

—Vai lá falar com ele, Sasori. — Kakuzu falou, e Hidan olhou-o pasmo.

—É O QUE? NÃO NÃO! ÉH QUE ISSO? TEM ISSO NÃO PO. ELES CHEGARAM DEPOIS É ELE QUE TEM QUE VIR — Hidan começou a gritar, atraindo o olhar de boa parte do pessoal que estava no local, inclusive do Deidara. Me virei pra trás, dando um leve aceno pra ele, e ele retribuiu com uma cara não muito boa ao ver que eu estava lá.

—Cala boca, Dan, fala baixo. — Kakuzu brigou, e Sakura só nos olhava sem entender nada.

—Gente que tá acontecendo? Falar com ele quem? — Sakura perguntava atordoada, suspirei fundo e expliquei a situação:

—Aquele loirinho ali atrás é o menino que eu gosto. Ele tá com raiva de mim, eu vim pra cá pra tentar esquecer um pouco da nossa briga, mas ele acabou vindo também, e agora eu não sei o que fazer. — expliquei de forma rápida e ela acentiu, alternando o olhar entre mim e Deidara.

—Gente a gente tem que se animar, se não vai parecer que a gente tá triste, que a gente é um bando de babacão. — Hidan disse, e realmente, o fato de eu estar bem aflito deixaram eles aflitos também.

—Já sei, vou falar uma coisa aleatória e vocês tem que rir como se fosse uma coisa muito engraçada. — Kakuzu falou e a gente concordou, esperando o que ele iria dizer. —Lá vai. 2.50 é roubo.

—HAHAHAHAHWHHSHEHAHAU

—AAAHAHAHHAAHH

—JAJAKAJAJHSHAHHZHAHA

4 idiotas rindo que nem pertubados, atraindo o olhar das pessoas, mas era essa a intenção.

—Mas vem cá quem que quis dar um tempo? — Sakura perguntou baixinho

—Foi ele, ele que quis. Indiretamente.

—Quer que eu faça ciúmes pra ele?

—Q-Que? — perguntei não entendendo a proposta dela

—Tipo assim, oh. — ela começou a passar a mão pelo meu ombro, pela minha bochecha, e foi aí que eu entendi, era uma tática pra fazer o Deidara pensar que eu estava com outra pessoa.

Mas algo me dizia que aquilo meio que não ia dar muito certo...

Como eu era antes de você - SasodeiOnde histórias criam vida. Descubra agora