𝐄𝐬-𝐭𝐮 𝐦𝐚𝐬𝐨𝐜𝐡𝐢𝐬𝐭𝐞, 𝐦𝐨𝐧 𝐩𝐞𝐭𝐢𝐭? (𝐣𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤 𝐯𝐞𝐫.)

Laísse moi t'apprende?

❦Boa leitura!
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A voz rouca e um pouco falha de Jimin se manifestou dentro daquele quarto que estava inundado na tensão. A atenção de todos foram rapidamente para o corpo do mesmo que estava encolhido e assustado, seus dedos estavam apertando o lençol da cama do hospital com força. Os olhos do menor revezavam entre encarar os corpos de seu pai e irmão respectivamente, notando como eles estavam diferentes desde a última vez que os viu. DaeJun parecia um tanto desgastado pela idade, enquanto Seon mantinha o semblante jovial, mas ainda assim maduro.

Voltando seu olhar para Jungkook e Yoongi, Park notou um brilho de alívio passar pelos olhos dos dois, mesmo com a situação um tanto inusitada ele estava feliz ao ver as duas pessoas mais importantes da sua vida ali, ao seu lado. Estavam passando-lhe confiança. O Jeon rapidamente apertou o botão ao lado da cama chamando um médico ou enfermeiro, enquanto Min segurava a mão do loiro, que estava levemente gelada pelo ar condicionado. O mesmo havia se distraído e, momentaneamente se esquecendo dos outros dois.

Os dedos gelados e ásperos de seu pai passaram a acariciar seus cabelos, fazendo o os olhos de Park voltarem a fita-lo com certo pavor. Não tinha boas lembranças de quando seu pai de repente resolvia ser carinhoso. E notando a nervosia do rapaz o Jeon segurou o pulso de DaeJun, afastando suas mãos.

- Não o toque como se você fosse um ótimo pai. - disse entredentes.

- Ele é meu filho, senhor Jeon, posso toca-lo como eu quiser. - afastou seu pulso do aperto do outro.

- Eu lembro. - Yoongi se pronunciou. - Você realmente tocava nele quando queria, da forma que gostasse e na hora que achasse conveniente. Seu imundo.

- Cale a boca, sua putinha! - Seon gritou. - Tenho certeza que a ideia de fugir partiu de você.

- Sim, a ideia foi minha. E olha só, eu faria tudo de novo. - disse com convicção.

- Se prostituir foi idéia sua também? - Daejun soltou, sorrindo com escárnio.

A expressão de Min se tornou transtornada, flashes do passado tomando conta de sua mente. O passado deles era algo um tanto traumatizante para os dois, se deitaram com homens e mulheres. Foram ativos, passivos e até já alternaram, mas não gostavam do que faziam. Era nojento, e eles se sentiam péssimos ao lembrar desta fase horrível.

- Seu... - Jungkook iria responder ao ver como Yoongi se encolheu e pareceu abalado com aquela frase, porém foi interrompido.

- Não fale assim com ele! - Jimin gritou em tom ostensivo.

Todos os olhares voltaram novamente para Park que agora estava sentado com a mão na cabeça, sentindo-a latejar, devido ao esforço repentino. DaeJun encarava o filho com a face pasma, nunca o menor havia levantado a voz com ele, se sentia desafiado. E não gostou da sensação.

- Pode falar qualquer coisa de mim. Me bater, me ameaçar ou até mesmo tentar fazer qualquer outro tipo de abuso que você fazia. Mas não fale de Yoongi! - Os olhos castanhos encararam as orbes obscuras de seu progenitor.

Obviamente Jimin estava assustado, ele nunca havia sequer pensado em um dia gritar ou desafiar seu pai. Admitia que tinha medo das consequências, mas Jungkook estava ali com ele agora, não havia o quê temer. Tentou não fraquejar sobre o olhar penetrante do mais velho, voltando a olhar para o Jeon que sorria orgulhoso.

- O quê você fez com Jimin? - Seon perguntou de forma hostil ao loiro.

- Abra seus olhos. - Respondeu indiferente. - Jimin nasceu para ser amado, e amor não é um sentimento que vocês conheçam.

- O que está querendo dizer com isso? - o Park mais velho franziu o cenho, arrancando um sorriso perverso de Jeon.

- Com licença. - O médico entrou no quarto. - Eu gostaria de examinar meu paciente, vocês poderiam se afastar um pouco?