𝐄𝐬-𝐭𝐮 𝐦𝐚𝐬𝐨𝐜𝐡𝐢𝐬𝐭𝐞, 𝐦𝐨𝐧 𝐩𝐞𝐭𝐢𝐭? (𝐣𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤 𝐯𝐞𝐫.)

Park's Dark Past

❦Boa leitura!
❦Contém gatilho, cenas de abuso físico, morte e prostituição.
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                             4 anos atrás

- Abra a merda dessa porta, Jimin!

- Não! - gritou aos prantos.

- Vou te dar uma chance, se você abrir a porta agora eu não bato no Seon.

Park soltou a maçaneta da porta, girou a chave, destrancando-a e a abriu. Não queria ter a consciência pesada depois, Seon não tinha culpa, mesmo que ele também não tivesse. Ele abriu a porta, seus olhos estavam inchados, seu nariz vermelho e os dentes maltratavam seu lábio inferior. Ele levantou os olhos e viu o homem a sua frente lhe encarar.

Seus olhos estavam vidrados, como um verdadeiro louco psicótico, a respiração estava rápida, como se ele tivesse correr uma maratona, mas aquilo era apenas adrenalina. O acastanhado soube naquele momento que ele estava perdido, ele simplesmente abaixou a cabeça e esperou pior seu castigo, como fizera nos últimos anos.

- Bom menino - passou a mão por seus cabelos - O quê eu pedi que você fizesse, Jimin?

- Q-que não dissesse nada a ninguém.

- Então porque a polícia estava aqui? -  deixou um tapa forte no rosto de Park, fazendo gemer por conta da dor - Responde!

- N-não foi eu que chamei eu juro.

- Eu sei que não, você não teria essa coragem. - disse rispidamente - Você mostrou para alguém?

Sentindo o nó na garganta ele negou com a cabeça rapidamente, mas isso não pareceu convencer o mais velho que estava visivelmente irritado. Mais cedo, Park estava fazendo a comida enquanto Seon arrumava a casa, seu pai DaeJun estava sentado no sofá conversando ao telefone.

A campainha tocou e Seon a atendeu, haviam dois políciais na porta, o mais novo viu o corpo do irmão enrijecer juntamente com o seu. Os políciais entraram e começaram a conversar com DaeJun. A escola havia feito uma denuncia de maus tratos contra o pai de Jimin, pois ao longo das semanas o menor chegava com machucados e hematomas na sala de aula. O olhos do "pai" foram para o mais novo, que tremeu com a intensidade do olhar.

- Não sei do que estão falando - começou - Meu filho é muito bem cuidado. Não é, Jimin?

Os olhares foram direcionados ao menino que estava encolhido no sofá, ele olhou para o pai e viu uma faísca de ódio ser direcionada a si. Então ele assentiu com um sorriso tenso para os políciais, que estranharam porém não disseram nada. No fim os políciais foram embora dizendo que iriam investigar mais, já que DaeJun havia dito que os hematomas eram dos treinos de futebol que o menor praticava. Park nem sequer sabia como chutar uma bola.

Assim que a porta foi fechada e o olhar do mais velho se voltou para o filho mais novo. Jimin correu, ele sabia o que o pai faria com ele. Então escondeu-se atrás da porta do quarto, onde ele estava agora com o mais velho. Seu peito doeu e ele sentiu o nó na garganta, o medo de apanhar de novo deixando sua mente e corpo em total pânico, só queria que aquilo acabasse, que aquilo tivesse fim, por que ele não aguentava mais.

- Você não vai voltar para a escola - disse, tendo o olhar aflito de Jimin.

- Mas...

- Mas nada! - deu mais um tapa no rosto delicado que já se encontrava vermelho e ardido. O menor chorava baixinho com a mão no rosto - Não quero outras pessoas me dizendo como educar o meu filho, você entendeu?

O menor assentiu e seu pai deu as costas para si, saindo do quarto. Fechou a porta e deitou na cama, deixando que todas as lágrimas acumuladas por anos caírem por suas bochechas, já estava tão acostumado com os tapas que nem se importava mais com a ardência. Todos os dias após a morte de sua mãe, seu pai o tratava com um lixo, um escravo. Seus pais tinham um relacionamento abusivo, o mais velho sempre fora um homem agressivo. Mas depois da morte de sua mãe ele estava pior, descontando toda as suas frustrações em seus filhos.