Plano A

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A noite finalmente estava chegando e o sol se despedindo, beijando as grandes árvores que davam para avistar pela janela. Sai do meu quarto, já estava os corredores quase que vazios, o som ecoava pelos mesmos e uma sensação de vazio me tomava. Meu estômago estava embrulhado. Comecei a andar para a sala de energia, entregar todo esse lugar para a escuridão. Terei que ser rápido. Espere! Preciso encontrar meus documentos! Algo estava faltando, estava faltando a verdade. Será que realmente quero saber o que eu fiz? Pensei. Cortei o caminho, saindo do tracejo mental que eu tinha feito em minha mente e ido para a sala da Irmã Verônica. Bati em sua porta e não encontrei ninguém. Então invadi. Comecei à vasculhar todo o local, sua sala estava escura e fria, e eu, lutava com meus olhos para enxergar melhor. A lanterna seu idiota, a voz de uma falou em minha cabeça, tirei a lanterna de dentro da calça e a liguei, procurando por todo o lugar. Quando eu finalmente achei. Me levantei e comecei a sair da sala, quando abri a porta, lá estava a Irmã Verônica acompanhada de outra Freira, não sabia o seu nome. Me virei para tentar correr, mas, quando menos esperei, uma onda de choque extremo começou a passar pelo meu corpo. Consegui virar minha cabeça para ver e era a Irmã Verônica me golpeando com o seu famoso bastão de choque. -Prazer em conhece-lo - foi a vontade que eu tive para falar pro bastão. De repente, tudo ficou escuro.
-Doutor! O que você fez? - Uma mulher falava para mim. Com cara assustada.
-Ela matou minha mulher! - Falei. - Eu disse para não fazer a cirurgia pois ela estava fraca demais!
-Andreia não teve culpa de nada! O diretor que mandou fazer a cirurgia o mais rápido possível.
-Então ele será o próximo! - Eu podia sentir meu corpo em chamas, queimando de raiva. Olhei para baixo e vi o corpo.
-Não foi minha culpa! - Falou o corpo - Assassino!
Comecei a me tremer de medo. - o que eu fiz? - Me levante e comecei a andar pelos corredores do hospital, dessa vez, tudo estava mais claro, nítido como se eu estivesse vivendo o momento. Pessoas assustadas corriam fugindo de mim, mas eu não sentia nada, como se não tivesse sentimentos, uma pedra dura e fria sem vida. Cheguei no escritório onde estava sentado o diretor. Olhei para a minha mão e vi a enorme faca que eu carregava. Andei em sua direção. Quando fui golpeado na cabeça por trás. Tudo ficou escuro.

Manicômio  (versão original)Onde histórias criam vida. Descubra agora