N/A: Eu disse que voltaria, só não disse quando! Eu até pediria perdão e falaria que eu não ia demorar assim mais, mas eu não consigo prometer nada, então meu conselho pra vocês é só agradecer as raras vezes que eu apareço aqui e não esperar de pé pra eu voltar. Enfim, pelo menos eu estou aqui. Muito obrigada a vcs que continuam aqui, sério, vcs são demais e eu agradeço muito a paciencia! Ok, sem mais enrolação, aproveitem - e não esqueçam de votar/ comentar, me deixa imensamente feliz :) - boa leitura anjos!
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Em casa, Santana finalizava a organização do apartamento tranquilamente. Estava contente com o treino, a equipe tem muito potencial e isso a tranquilizou quanto as chances delas nas competições. "Se elas continuarem nesse ritmo e tudo for de acordo com os meus planos, os prêmios já são nossos" pensou.
Sentou-se no sofá, apreciando o sentimento de tarefa cumprida após terminar de arrumar tudo em seu apartamento. Ela estava exausta, mas estava inquieta ao mesmo tempo e não conseguia descansar por nada no mundo. Então, depois de meia hora sentada no sofá fazendo nada, decidiu mandar uma mensagem para seu amigo.
Kurt estava na casa do pai, com quem havia passado o dia, e por mais que desse de tudo para poder passar a oportunidade de jantar com a nova namorada dele e seu filho tonto, sabia que precisava dar uma chance a eles, por seu pai. Haviam se passado anos e anos que sua mãe morreu, porém Burt nunca conseguiu seguir em frente, então Kurt sabia que, considerando que eles já estavam morando juntos, ele a amava. Sabia também que ele sabotaria sua própria relação se achasse que o filho não aprovava, então estava decidido a dar algumas chances a eles.
Por esses motivos e outros, quando sua amiga o mandou mensagem perguntando se queria fazer algo com ela, ele recusou, explicando a situação para ela. Santana entendeu a situação, mas isso não quer dizer que estava satisfeita, já que isso queria dizer que ela teria que apreciar sua própria compania.
- Será que é ruim eu detestar tanto assim ficar sozinha? - falou para si mesma, mas depois riu e deu de ombros.
Decidiu fazer o que ela mais sabe e o que envolve menos tempo pensando nela mesma, trabalho. Pegou a ficha com as anotações da equipe de líderes de torcida, mas não passou muito tempo nelas, afinal estavam fazendo um ótimo trabalho e a única coisa que poderia ajudá-las a melhorar agora é treino e tempo.
Então, decidiu fazer algo que não se imaginava fazendo, dedicou tempo para o Clube Glee. Ela diria que é só porque não tem nada de melhor para fazer, arranjar desculpas como sempre faz, mas a verdade é que ela gosta da ideia de trabalhar com o grupo.
Sempre teve uma paixão por música e sabia que cantava bem, mas nunca revelou a ninguém. Tudo que ela aprendeu durante sua vida dizia que uma paixão dessa não a levaria em lugar nenhum, e tudo relacionado a música na escola era mal visto, como a banda e o clube glee - e sabemos bem qual o "ranking" de popularidade deles - por isso, música foi sempre algo que ela escondeu e evitou.
Mas agora ela está sozinha. Não tem ninguém ali que possa a julgar, a não ser ela mesma. Pela sua cabeça passava vários cenários em que ouviu que música não a faria bem, que não valia a pena, que nunca daria certo e que outras pessoas iam criticar, mas pela primeira vez ela ignorou esses cenários. Ela não se importou com o que as pessoas poderiam achar, ou se pode não dar certo, ela gosta de trabalhar com música e isso é o que importa.
Pegou as anotações que fez sobre o grupo e começou a procurar padrões entre os pontos fortes e fracos deles, mas não tinha visto o suficiente de todos para que pudesse ter uma ideia certa sobre o talento de cada um. Também precisava se lembrar que eles não tem o mesmo nível de habilidade que as meninas da equipe e, por mais que doesse admitir, Rachel tinha um fundinho de razão, o foco deles não era a coreografia e eles não precisavam -nem conseguiam - fazer passos muito elaborados.
Decidiu colocar a música da apresentação pra tocar enquanto pensava, e começou a trabalhar. Durante a hora que passou sentada ouvindo Queen e criando a coreografia, precisou se impedir várias vezes, por estar se empolgando demais e colocando passos muito difíceis ou que chamavam demais a atenção. Logo, a morena percebeu que não estava conseguindo visualizar bem a apresentação, então decidiu colocar a música para tocar novamente e performar a coreografia ela mesma.
É seguro dizer que ela dançou perfeitamente tudo que tinha proposto, mas achou que não estava certo, alguma coisa estava faltando, mas ela não conseguia colocar o dedo em que. Então parou para pensar, e percebeu que ela não estava fazendo a apresentação completa, porque o grupo não estaria só dançando, então se ela quisesse realmente ter uma ideia de como ficaria o conjunto, ela precisaria cantar também.
É engraçado ver o momento que "a ficha cai" quando alguém percebe algo que o surpreende, mas várias vezes, essa surpresa pode não ser positiva. O caso de Santana é um desses casos. Pode parecer exagero, afinal de contas "é só cantar", mas para algumas pessoas não é bem assim e a explicação do porque é até simples, mas depende de quem está lendo, entender ou não.
Quando pequena, Santana passou muito tempo com sua avó, uma porto-riquenha que pode ser considerada bem conservadora, e bem quando estava percebendo sua paixão por música, com uns 6 ou 7 anos, sua avó interferiu. "Não gaste sua vida em algo tão trivial e incerto como isso, mi hija, só pessoas com poucos valores e infelizes tentam seguir por esse caminho. Você vem de uma ótima família, que te cria bem, não deve jogar tudo isso fora." dizia Alma. Pode não parecer muita coisa, mas palavras desencorajadoras, quando ditas por alguém que admiramos principalmente, ficam com você por grande parte de sua vida ou até conseguir desmenti-las. No caso da latina, ela foi criada com base nessas falas, então o desafio de parar de acreditar nelas era enorme.
E era nisso tudo que ela pensou, até ela lembrar que, no momento, ela só cantaria para poder melhorar sua coreografia, não quer dizer que ela vá fazer sua vida nisso. E foi esse pensamento que a libertou. Ela cantou, como há muito tempo não cantava e percebeu que não lembrava a última vez que havia se sentido tão livre.
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Coach Lopez
FanficSantana Lopez está de volta em Lima, em uma reviravolta do destino, e começou a trabalhar em William McKinley High School, dois anos após ter se formado. Agora é a treinadora da equipe de líderes de torcida da escola, as Cheerios, e encontrou Britta...