N/A: Hey gays, como vocês estão? Me disseram que não atualizar logo ia ser considerado homofobia, então (por mais que eu seja homofóbica 🤢🤢) eu decidi disfarçar aqui e atualizar logo pra vocês. Eu confesso que me perdi um pouco no meio do capítulo, mas não to conseguindo melhorar, então sintam-se livres pra me corrigir ou falar quando estiver repetitivo! Enjoy!! (PS: pelo amor gente, ninguém me entenda errado, é só uma brincadeira ok?? KKKKKKKK)
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Previously on...
Ela sabia que não tinha como escapar, mas também não queria. Conversar seriamente não era algo comum entre os dois, mas sempre que algo acontecia, eles estavam ali um para o outro. Mas a verdade é que ela tem mais medo de seu próprio julgamento, do que do seu amigo. Conversar com ele significaria que ela teria que admitir o que ela não se permite nem pensar sobre.
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Respirando fundo, ela pegou o sorvete que o amigo havia trazido e duas colheres (sua família nunca comprava sorvete, mas sempre teve um ou dois potes no freezer, bem quando ela precisa. Ela nunca entendeu como ele sabia quando comprar, mas após virar amiga de Kurt, os únicos momentos ruins que ela passou sem tais sorvetes, foram quando eles estavam longe um dos outros) .
Sentados um do lado do outro, eles comeram o sorvete em silêncio por uns 10 minutos. Santana não sabia como começar, precisava de um tempo e ele sabia melhor do que apressá-la. Tinha que tomar cuidado quando se tratava de algo sensível para amiga, pois a tendência é que ela empurre tudo mais e mais fundo até que a exploda. Não sabia de tudo, mas Kurt tinha uma boa ideia de como sua infância foi e como não era uma surpresa ela ter tantas paredes erguidas.
- Eu não sei o que falar. - Quebrando o silêncio, ela finalmente admitiu que precisa de ajuda.
- Que tal começar pelo seu dia?
- Bom, eu acordei atrasada de novo, mas cheguei na hora do treino. Eu fiquei de mau humor mesmo assim, você sabe que eu odeio ter que correr de manhã. Mas eu cheguei e a Brittany e Quinn, aquelas que fazem parte do glee, não estavam. Me irritou um pouco elas não terem ido, porque elas são as melhores, mas sei lá, não era pra ser tudo isso. Só que, depois da aula, eu vi a Brittany na porta da minha sala e meu sangue esquentou. Eu fui desnecessariamente grossa com ela, e você sabe que isso é algo em que eu estou trabalhando...
- Pera, você tá? - Ele perguntou, mas logo se desculpou e disse pra ela continuar.
- Enfim, ela pareceu bem chateada e eu me arrependi de ter falado daquele jeito com ela, então eu decidi que ia pedir desculpas. - Essa foi a parte que surpreendeu Kurt. Santana nunca foi muito de pedir desculpas, ela seguia em frente e às vezes trazia alguma forma de oferta de paz, mas não gostava de pedir desculpas. - Mas daí... eu encontrei uma coisa no chão do corredor: um papel, com um desenho de mim. E tudo que eu conseguia pensar era como o desenho conseguia transparecer emoção e como eu queria tanto que fosse dela.
Depois disso só veio o silêncio, Kurt tentava assimilar tudo o que ela falou, enquanto a morena se contorcia. Odiava o silêncio depois de ter falado algo pessoal tanto quanto odiava quando falavam coisas indesejáveis. Percebendo isso, o de olhos verdes pegou mais uma colher de sorvete e perguntou:
- Mas então... você pediu desculpas?
- Sim, ela disse que não estava brava nem nada. Mas não, eu não falei nada do desenho. Não tem nada que aponte para ela ter desenhado, pelo que eu sei pode ter sido qualquer aluno.
- Que aluno que desenharia uma caricatura sua?
- Sei lá, qualquer um que já me viu. Você não estava lá quando a escola me viu pela primeira vez, foi até cômico.
- Imagino... Mas então, o que você vai fazer?
- Não sei Kurt. Não sei nada agora, eu não to entendendo o que está acontecendo comigo. Não sei o que eu to sentindo, não sei quais serão as consequências ou o que tudo isso significa... eu só... não sei.
- Meu amor, olha, isso não precisa significar nada se você não quiser que signifique. Mas eu acho que você não só sabe o que significa, mas também quer que seja verdade, mesmo que no fundo. Eu te conheço faz tempo, mas mesmo assim eu não sei pelo que você já passou ou quais são os demônios que você tem que enfrentar, mas eu sei que você é mais do que forte o suficiente para derrotá-los. Eu sei também que eu vou estar aqui pra você, se precisar de alguém. Você não precisa lidar com nada disso agora, mas eu acho que você vai ser mais feliz se tentar.
Seu coração apertou, parecia que estava prestes a realmente quebrar. Sempre foi ensinada do que seria certo e aceitável para sua família que, sendo porto riquenha, sempre foi muito rígida. Poucas pessoas sabiam disso, mas ela sofreu com transtornos alimentares desde muito pequena e sua família, bom é seguro dizer que eles não a ajudaram, mas fizeram exatamente o oposto. Não queriam que ela engordasse, então a encorajaram a perder refeições e brigavam com ela se ganhasse algum peso. Não foi até sua adolescência que ela tomou controle de sua saúde, para poder entrar na equipe de cheer, que era outra coisa que seus pais demandavam dela, uma boa reputação.
O que confundia mais os sentimentos da latina era sua avó. Foi ela que serviu de refúgio para a pequena Santana que estava morrendo de fome, mas não queria comer na frente dos pais. Mas também foi ela que a desencorajou a fazer qualquer coisa que a trouxesse felicidade, porque achava um desperdício de tempo. Foi ela que não poupou fôlego em dizer que, desde que tivesse sua vida nos trilhos, ganhando bastante dinheiro com um trabalho digno, e com um homem a esperando no altar, estaria sempre ao seu lado. Foi ela que a ensinou o que amor condicional significa.
Sem perceber, os olhos de Santana se encheram de lágrimas. Ela não é muito fã de chorar, nem de lágrimas em geral, por isso raramente chorava. Achava que era uma forma muito pública de expressar seus sentimentos, muitas pessoas se sentem convidadas a tentar "confortá-la" ou julgá-la. Mas ali só estava ela e a pessoa que ela mais confiava em toda sua vida. Chorar um pouco não faria mal.
Os dois passaram um tempo em silêncio, a cabeça da latina no ombro do amigo, enquanto ela chorava, mas quando ele percebeu que ela havia se acalmado, resolveu se pronunciar e se mexeu, fazendo-a levantar a cabeça - para uma resposta honesta, ele precisaria olhar nos olhos dela.
- San... Eu sei que tudo pode parecer muito assustador agora, mas você passou sua vida toda fugindo disso. Eu vou estar aqui para tudo que precisar, em todos os casos, mas você tem uma escolha agora. Você precisa escolher entre fugir mais um pouco e continuar na mesma, ou enfrentar seus sentimentos agora e finalmente ter a oportunidade de ser você mesma, de ser feliz. Não me entenda errado, infelizmente qualquer uma das opções são difíceis, talvez a primeira menos nesse momento, mas a vida é assim e você que decide como viver a sua. Eu só preciso que você me diga o que você quer, para eu poder te ajudar...
Sim, ela estava com medo, mas naquele momento ela sabia exatamente o que queria e não iria deixar o medo a impedir de ser finalmente ela mesma. Quando Santana Lopez sabe o que ela quer, nada a impede de consegui-lo.
N/A: Obrigada pela paciência pessoas, de verdade! Enfim, me digam o que vocês estão achando ai, não tem coisa que eu ame mais do que quando vocês comentam, principalmente quando são coisas aleatórias! É isso meus anjos! Eu volto quando conseguir, mas vou tentar dar uma acelerada no processo! Amo vocês <33
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Coach Lopez
FanfictionSantana Lopez está de volta em Lima, em uma reviravolta do destino, e começou a trabalhar em William McKinley High School, dois anos após ter se formado. Agora é a treinadora da equipe de líderes de torcida da escola, as Cheerios, e encontrou Britta...