capítulo 6

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Ontem eu acabei indo dormir tarde, fiquei na sala assistindo com o Lucas e agora acordei cansada.

— Bom dia, maninha - diz meu irmão quando chego na cozinha.

— Ai que susto, Lucas. Por que você acordou cedo?

— Vou abrir a loja hoje. - Ele diz se referindo ao seu emprego

— Entendi. - falo comendo meu cereal.

— Como tá na escola? Tá tudo bem? - ele fala lavando o copo que sujou

— Tá sim.

— Que bom. Agora vou me arrumar, qualquer coisa você me avisa. - ele diz se referindo ao colégio.

— Tá bom, eu já vou indo, Tchauzinho. - mando um beijo e saio.

— Vai com Deus. Tchau! - ele me dá um beijo na testa e eu saio.

Pego minha mochila e vou andando. O sol da manhã espreitava entre as árvores, pintando a rua com tons dourados. O trajeto até a escola era um ritual diário, uma caminhada que me dava tempo para pensar e me preparar mentalmente para o dia. No entanto, minha rotina diária é interrompida quando ouço alguém me gritar.

— EI - alguém diz, mas eu ignoro por achar que não é comigo. - Daphne! - me viro vendo Cadu se aproximar de mim.

— Ah, Oi - espero ele se aproximar.

— Pensei que você ia me ignorar - ele diz me acompanhando.

— Ah, não, pensei que não era comigo e eu também estava um pouco distraída.

— Algum problema? - ele pergunta.

— Não é nada de importante, eu só penso demais.

— Cuidado para não se apaixonar. - ele diz.

— Oi?

— É o que minha mãe sempre me diz quando ela me pega pensativo. - ele fala.

— Ah, entendi. Mas e você? Tá bem?

— Agora eu tô melhor - ele diz em um tom sarcástico.

— Tá, essa é bem ruim - falo.

— Eu tenho uma dúvida. Você gosta realmente de sucrilhos? — Ele me pergunta isso, fazendo-me lembrar da pergunta que fiz para ele quando estava fugindo do Marcos.

— Sim, eu gosto. - falo rindo com a cabeça baixa.

— Acho que você deveria rir mais.

— Tá me chamando de séria?

— Não, só to falando que seu sorriso é bonito - ele me encara fazendo-me ficar tímida.

— Obrigada.

— Acho que vou ter que começar a procurar novas maneiras de te fazer sorrir.

— Não é difícil. - digo

— Espero conseguir ver mais vezes então. - ele diz ainda me olhando me fazendo ficar olhando para frente.

Cadu narrando

Não sei o que essa garota tem, mas ela me faz ficar bastante confortável ao lado dela e um pouco nervoso, uma sensação que eu não conhecia, pois nunca tive vontade de me aproximar de verdade de uma garota igual estou tendo com ela.

— Eai Cadu - meus dois amigos chegam atrapalhando totalmente minha conversa com a Daphne.

— Eai - respondo eles dando um tapa nas costas, um pouco forte.

— Oi Daphne - diz o Rafael.

— Oi, Rafa - ela diz se distanciando - Eu já vou indo, minha amiga tá me esperando bem ali na frente Tchau!

Sentimentos ConfusosOnde histórias criam vida. Descubra agora