Sentimentos Confusos

capítulo 20

Daphne narrando

Entro em casa e consigo escutar o som da televisão. Avisto minha família assistindo a um filme juntos. 

— Oi pessoal - falo e os olhares curiosos se voltam para mim.

— Oi filha, como foi la? - mamãe pergunta.

— Sim, estamos querendo saber como foi lá, aconteceu alguma coisa? - papai questiona.

— Que isso, pai. Não aconteceu nada. Foi ótimo por sinal. - digo me sentando no meio deles.

— Você quer contar algo? - mamãe me pergunta, me conhecendo mais do que todo mundo.

— Eu passei na faculdade! - falo rápido e agitada.

— Estamos tão orgulhosos de ti, Daphne! — disse mamãe com lágrimas de alegria nos olhos. 

— Minha filhinha vai virar uma grande cirurgiã-dentista - Papai ressalta e eu começo a chorar por finalmente cair a ficha de que consegui.

Meu pai me lança um longo abraço de animação e Lucas me pega pelas pernas fazendo-me rodar pela sala gargalhando. A sala agora estava repleta de sorrisos e risos, sinto-me totalmente acolhida pela minha família. 

— Obrigada, gente, vocês sabem o quanto eu queria isso - digo limpando as lágrimas.

— Essa é minha maninha. Pena que não seguiu os passos do irmão em ser veterinária. - Lucas diz.

— Já pararam para pensar que todos dessa família seguiu o ramo da saúde? Seu pai é ortopedista, eu sou pediatra, Lucas veterinário e agora você vai se tornar uma cirurgiã-dentista. — Mamãe diz bastante emocionada.

— Ensinamos muito bem -Papai abraça mamãe por trás. 

— Agora vamos terminar o filme? - falo pegando o balde de pipoca.

— Vamos! — Lucas fala.

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Já são as últimas semanas de aula. Hoje, faremos uma prova, mas a minha cabeça está doendo muito. Não sei o que aconteceu. Talvez ontem eu tenha tido muitas emoções de uma só vez e isso tenha afetado-me. Cadu hoje chegou um pouco mais quieto do que o normal, acredito que ontem antes de dormir ele pensou bastante sobre o que conversamos.

— Amiga, tomou remédio? - lilah pergunta.

— Sim, jajá deve passar - digo

Cadu normalmente não senta muito longe de mim, percebo que assim que ele termina a sua, fica mexendo em sua caneta como se estivesse no maior tédio do mundo. Assim que o professor libera para ficarmos a vontade ele se levanta e senta ao meu lado.

— tá com dor de cabeça? — Ele joga um olhar doce.

— Sim, como sabe? — Pergunto.

— Eu te conheço muito bem Daphne, suas bochechas estão vermelhas e você ta com o humor baixo — Ele pega em minha testa para verificar se eu estava com febre — Bom, pelo menos não está com febre — Eu encaro seus olhos que me hipnotizam por serem tão lindos.

O Professor Oliveira, conhecido por sua abordagem única de ensino, entrou na sala com um sorriso misterioso nos lábios.

— Bom dia, turma! Hoje será um dia um pouco diferente. Para encerrar o ano, vamos fazer uma retrospectiva do ano, mas de uma maneira especial. Quero que formem uma roda no centro da sala. Vocês vão falar sobre como foi o ano de vocês, o que aprenderam, o que esperam daqui para frente, coisas do tipo. - diz o professor Flávio e todo mundo começa a arrumar as carteiras - primeiro nome... Miguel.