capítulo 8

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Chegando na sala, o professor da a breve notícia de que hoje teremos um trabalho para fazer.

— Bom dia, turma! Hoje vocês vão ter uma aula vaga, então vão sair um horário mais cedo. Com isso, eu irei subir um horário aqui e preciso que vocês façam duplas onde vão precisar trabalhar juntos até o final do ano. Nada de panelinha, então irei escolher. - diz o professor.

Assim que o professor dita o que devemos fazer, sinto um frio na barriga, pois não quero me separar da Delilah. Assim que o professor começou a separar a turma, ele anuncia que irei fazer dupla com o Cadu. Só pode ser brincadeira com a minha cara, como entre 30 alunos diferentes nessa sala, ele me coloca logo com o Cadu?

— Cadu e Daphne - diz o professor.

— Ah não professor, sério? - diz Lilah.

— Como eu disse, não quero panelinhas. — Professor indaga.

— Saco! - lilah diz trocando de lugar com o Cadu.

Cadu se senta ao meu lado, fazendo com que eu sinta um frio na barriga. Não gosto nada disso.

— Vai ter algum problema para você? - ele pergunta

— Não, ta tudo bem - mexo em minha caneta sem olhar para ele.

Logo em seguida o professor passa o que deveríamos fazer e deixa a sala. Abro o livro e começo a fazer o que foi pedido sem ajuda do Cadu.

— Por acaso eu te incomodo? - ele diz se referindo a mim não ter falado nada desde a hora em que ele se sentou ao meu lado.

— Não, não me incomoda. Por quê? - solto minha caneta e olho para ele.

— Você ta me ignorando desde a hora que sentei ao seu lado, então eu penso que estou incomodando.

— Isso faz parecer que eu não tô a fim de conversa?

— Você está? - ele me questiona e eu o encaro sem saber o que falar.

— Olha, eu estou sim, mas acho que agora a gente precisa copiar, ok?

— Se eu não copiar, vou falar que foi culpa, você tira toda a minha concentração - Nesse exato momento ele conseguiu romper a barreira que eu estava tentando colocar entre a gente.

— Ah, não começa com isso - eu rio com vergonha

— Tudo bem, vamos copiar e conversar, ok? - ele diz pegando a caneta e eu confirmo com a cabeça — Por que você não namora?

— Não encontrei a pessoa certa ainda - digo

— Você acredita que existe a pessoa certa? - ele pergunta.

— Eu acredito que sempre vai ter alguém para complementar a gente.

— Acho que essa ideia da "pessoa certa" pode ser muito romântica. Acho que o mundo é muito complexo para se reduzir a apenas uma pessoa certa para cada um.

— Entendo o seu ponto de vista, mas acredito que, em algum lugar por aí, há alguém que se encaixa perfeitamente conosco em quase todos os sentidos. Alguém que compartilha nossos valores, sonhos e desejos. Alguém que nos completa de uma maneira única. A pessoa não vai ser perfeita, claro, mas aos olhos da pessoa certa ela vai ser o suficiente para serem felizes juntos.

— Acho que a ideia de "pessoa certa" pode ser um tanto idealizada, Daphne. As pessoas são complicadas, e todos nós temos nossos altos e baixos. Às vezes, as pessoas mudam ao longo do tempo, e o que era certo em um momento pode não ser mais. Além disso, muitas pessoas têm relacionamentos felizes e duradouros com diferentes parceiros ao longo da vida.

— É verdade que as pessoas mudam, Cadu, mas acredito que, quando duas pessoas estão dispostas a crescer e evoluir juntas, elas podem se tornar as pessoas certas uma para a outra, independentemente das mudanças. É uma questão de comprometimento e amor. E, afinal, o mais importante é encontrar a felicidade e o amor genuíno, independentemente de acreditarmos na "pessoa certa" ou não.

— Bem, concordamos em discordar, Daphne. Talvez para algumas pessoas, a ideia da "pessoa certa" seja reconfortante, mas para outras, pode ser mais sobre encontrar alguém com quem possamos crescer e evoluir ao longo da vida.

— Você já se apaixonou por alguém? - pergunto.

— Nunca cheguei a amar alguém, acho que isso só serve para se magoar no final. - Eu percebo a frustração na sua voz.

— Você parece ser muito frustrado com o amor.

— Eu acho que parei de acreditar quando eu vi meus pais se divorciando. - isso quebra todo o clima que já não tinha — Você já? - ele quebra o gelo.

— Ah, sim. Mas foi um caso muito complexo. - Abaixo a cabeça e percebo que ele fica me encarando.

À medida que a conversa continuava, começo a perceber que Cadu parecia entender profundamente o que falava sobre o amor, como se tivesse experiência própria. Noto a sabedoria em suas palavras e a maneira como ele abordava o assunto com uma mistura de realismo e compreensão. Embora eu não soubesse os detalhes de sua história, sinto que ele já viveu alguma experiência significativa no campo do amor.

Quando toca o sinal para o intervalo, Cadu se levanta e vai par a porta. Lilah volta a se sentar do meu lado e percebo que Erick e David vinham em nossa direção.

— Manda as novidades - diz Erick.

— Sabe quem é a minha dupla? - digo rindo.

— Não acredito-David joga a cabeça para trás -Cadu?

— O próprio - digo.

— Gente, é um saco admitir isso, mas eles ficam muito bonitinhos juntos - diz Lilah.

— Nada a ver - diz Erick.

— Para de ser ciumento -Lilah dá um tapa leve na cabeça do Erick.

Quando eu olho para porta, vejo Cadu conversando com a Manuela. Ela parece que a qualquer momento vai se derramar aos braços dele. Essa cena me dá um pouco raiva, mas decido ignorar. Percebo que o sinal está quase para bater, então decido ir até o bebedouro antes de chegar algum professor em sala.

— Oi gatinha. - diz Marcos se aproximando.

— Oi Marcos, não me chama de gatinha, por favor. - falo séria.

— Tá estressada? - ele diz em um tom sarcástico nada legal.

— Não, só prefiro que me chamem pelo meu nome.

— Tá bom. Você ta a fim de sair hoje? - ele pergunta.

— Não, mas obrigada. - digo saindo.

— Espera. - ele fala pegando no meu pulso.

— Solta o braço dela - Cadu fala em um grosseiramente com Marcos.

— Tá tudo bem. - falo indo para o lado de Cadu.

— Para de incomodar ela, cara. Você ainda não sacou que ela não quer nada com você?. - Cadu diz entrando na minha frente.

— Eu não tô incomodando, você que tá se intrometendo aonde não é chamado, e outra, desde quando você virou o guarda-costas dela? - marcos diz no mesmo tom do Cadu.

— Da próxima vez que eu ver você pegando na Daphne ou incomodando ela de novo, ai eu te mostro como eu virei o guarda-costas dela. - ele diz pegando na minha mão e me levando de volta para sala.

— Ei, tava tudo bem. - digo surpresa com a atitude de Cadu.

— Daphne, ele tava segurando seu pulso sem que você tivesse autorizado. Que babaca! - ele fala ainda segurando minha mão e eu fico encarando ele. - não me olha assim - ele diz me encarando também.

— Assim como? - pergunto.

— Como se estivesse pensando mil coisas sobre mim. - sua expressão ainda estava séria.

— Eu só quero saber o porquê você reagiu assim? - falo soltando nossas mãos.

— Não gosto de ver ele perto de você, é só isso. - ele diz e sai de perto de mim.

Sentimentos ConfusosOnde histórias criam vida. Descubra agora