3. Família Kim

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Sinto saudades de quem não me despedi direito, das coisas que deixei passar, de quem não tive, mas quis muito ter.

Sinto saudades de quem não me despedi direito, das coisas que deixei passar, de quem não tive, mas quis muito ter

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Após longas horas de viagem, Seokjin finalmente estava em Daegu.

Enquanto o táxi seguia seu percurso, o garoto tinha seus fones de ouvido no máximo e sua atenção na cidade através da janela fechada.

Seu processo de adaptação estava sendo um pouco difícil ainda. Quase não saia de casa e quando o fazia acabava sempre fazendo algo estranho para quem o via na rua, afinal, a cultura era bem diferente entre a Coreia do Sul e Itália, e ele era totalmente adepto aos costumes do país onde cresceu e não onde estavam suas raízes.

Faltava uma semana para suas aulas no colégio novo iniciarem e esperando o dia chegar, Seokjin tomou coragem de fazer a viagem até Daegu para ver seus avós paternos. A última vez que encontrara o casal pessoalmente ele tinha 5 anos. Tendo crescido longe de toda sua família paterna, o garoto não tinha muitos detalhes que não fossem os que ouvia de sua mãe.

O básico que sabia sobre eles era que seu avô Kim Gookhwan e a esposa Lee Wonsook tinham se conhecido jovens e se apaixonaram um pelo outro em pouco tempo, dessa união havia nascido seus três filhos: Yejin, Jisung e Janghyuk.

Sua tia Yejin — a filha mais nova — teve um filho que atualmente tinha 15 anos e se chama Hyunjin. Seu tio Jisung também teve um filho — agora com 16 anos — chamado Taehyung. Por fim, o filho mais velho se tornou pai de gêmeos.

Embora sua relação com o pai fosse do jeito que era, o jovem Kim amava os avós e o carinho que eles tinham para com ele, mesmo de longe.

Quando o táxi o deixou em seu destino, Seokjin desceu do mesmo e olhou em volta.

Algumas árvores e flores enfeitavam a frente das casas, crianças brincavam no final da rua sob a supervisão dos pais, um grupo de jovens descia a rua de bicicleta. Daegu parecia um bom lugar para se viver. A maioria das casas tinha os muros altos e os portões completamente fechados, não se tinha visão do que ficava atrás deles.

O Kim respirou fundo antes de se aproximar da casa e pressionar o interfone.

O portão se abriu em seguida. Ajeitando sua mochila nas costas, ele passou pelo mesmo e a visão que teve foi de um jardim grande e extremamente bem cuidado com flores diversas, uma espécie de corredor que dava no portão da garagem, e um caminho um pouco longo que levava a entrada principal. A casa de dois andares possuía mais paredes de vidro do que ele podia contar e a sensação era de que as pessoas ali tinham muito dinheiro, mas, ao mesmo tempo, parecia mais aconchegante do que o garoto podia compreender.

Seguindo pelo tal caminho, Seokjin viu a porta ser aberta quando ele chegou suficientemente perto dela. Uma senhora de estatura baixa, bem vestida e passou por ela. Seu sorriso doce dividia espaço com as lágrimas que caiam de seus olhos.

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