[EM ANDAMENTO]
🍃 Após viver por anos na Itália, Seokjin estava prestes a voltar para seu país de origem.
O último ano do colegial tinha tudo para dar certo, exceto pela ideia repentina de seu pai de passar um tempo com ele após a morte de seu irmã...
Não chegamos a conhecer as pessoas quando elas vêm a nossa casa; devemos ir à casa delas para ver como são.
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Não era novidade que Namjoon apresentasse um tédio persistente e déficit de concentração às vezes, e como vinha acontecem nos últimos dias, naquela manhã ele realmente não conseguia prestar atenção na aula.
Yoongi, que estava sentado ao seu lado, tentava se manter atento enquanto ouvia o professor tedioso de literatura falar — temendo por mais um ano letivo difícil se fosse pelo velho dormindo em sala —, enquanto ele apenas escrevia, mas não a matéria do quadro.
O caderno que carregava para todos os lados, era um mecanismo de externar suas frustrações, Namjoon aproveitava o excedente de folhas em brancos para rasurar a vontade, o mínimo que ele podia fazer era disfarçar transcrever a matéria do dia.
Ele contempla o quadro e por vezes, seus livros para disfarçar sua atenção, esse exercício pelo menos conseguia mantê-lo acordado, ele sentia sonolência ao ouvir aquela voz monótona que mais soava como canção de ninar irritante aos seus ouvidos.
Justamente no momento da aula era que sua mente mais trabalhava para reflexão subjetiva, por vezes alguns desenhos incompletos ou então frases, ou palavras desconexas.
Às vezes, sua atenção se desviava para a mesa de Seokjin. O garoto parecia concentrado na aula — diferente da maioria — e interessado no que o docente explicava.
Namjoon não falara mais com ele a semana anterior, quando ocorreu o episódio onde quase morreu afogado e fora salvo pelo garoto, mas em algum momento teria que fazê-lo, considerando que o trabalho em grupo para a aula de inglês deveria ser entregue na semana seguinte.
A fofoca de que Namjoon havia se afogado na piscina da escola e quase morrera circulava pelos corredores desde o acontecido. Os fofoqueiros de plantão estavam doidos para saber quem o salvara, mas nem mesmo seus amigos tinham aquela informação. Ele não contara a ninguém.
Ele sentiu seu rosto esquentar quando Seokjin o encarou, provavelmente percebendo o olhar alheio em si. Sua expressão confusa, de alguma forma, era naturalmente inocente e adorável aos olhos de Namjoon e ele se xingou internamente por pensar tal coisa.
Demorou alguns minutos quando seu devaneio cessou, um bilhete aterrissou em sua carteira. Ele disfarçou para então poder observar o seu conteúdo sem ser notado pelo professor. Hoseok o enviara.
Está tudo bem? Precisando de algo?
O garoto ponderou a letra de seu amigo e confirmou suas dúvidas quando este, olhou em sua direção com seu semblante de preocupação. Namjoon soube que o amigo deveria estar observando-o a um bom tempo, este não conseguiu esconder seu nervosismo quando algo estava o incomodando. O ritmo de suas pernas demonstrava claramente sua impaciência assim como a base mordida do lápis que parecia muito mais interessante do que o monólogo em sua frente.
