Capítulo V - mistérios e segredos

13 2 0
                                    

-Estamos chegando, esse meu amigo não é muito sociável, mas acredito que ele vai entender nossa situação, então preciso que fiquem aqui. - disse Rafael.

-Certo pode ir lá, nós vamos ficar aqui. - Márcio assegurou.

-Rafael bateu a porta da casa - Louis, está aí? 

-Rafael, há quanto tempo, que desgraças o trazem aqui? - disse Louis ironicamente 

-Digamos que minha cidade foi dizimada por homens montados em cavalos e com trajes escuros e que eu quase morri no processo, é suficiente? - Rafael respondeu também ironicamente.

-Hum, tá e quem são os dois? - perguntou resiliente.

-Márcio é um amigo meu de muitos anos e a menina foi responsável por salvar a minha vida. - falou com orgulho.

-Salvou a sua vida é? Aquela menininha ali? Conta outra, é melhor você ir embora antes que eu me estresse! - Louis alterou seu tom de voz

-Mas Louis nós precisamos de ajuda.

-Boa sorte, tchau - falou e foi fechando a porta.

-Luz - Rafael gritou e Louis parou de fechar a porta - ela é de luz Louis. 

-Louis reabriu a porta - Hum, luz me interessa, ela pode ser muito útil para aquilo, tenho que pensar, mas por enquanto vou deixar vocês ficarem, somente por poucos dias.

                A casa de Louis era o completo oposto da casa de Rafael, pequena, suja, fedida e bagunçada, muitos papéis estavam espalhados pelo chão, ele tinha vários computadores, o que surpreendeu muito a Márcio pois ele sabia da dificuldade que havia para encontrar um desses. Foram seguindo, a casa tinha apenas dois quartos então os três haveriam de dormir juntos, o telhado era baixo e a casa era quente e abafada o que tornava respirar lá dentro uma missão difícil, mas ainda seria melhor do que viver ao relento como eles fizeram por mais de um mês, que foi o tempo levaram para chegar ali. 
                
Três semanas antes:

Desde que saíram da destruída cidade Verde, tanto a comida quanto a água eram escassas, assim como não havia roupas além das que vestiam e nem havia um lugar digno para se abrigar, acabavam por dormir ou se ficar debaixo da primeira árvore que viam pela frente. Felizmente depois do apocalipse tecnológico a vegetação pode se propagar bem mais que antes do acontecido, já que havia menos casas e construções, desse modo abrigo não era o maior dos problemas para eles. Rafael ainda se encontrava cansado nos primeiros dias de viagem pois se recuperava dos intensos machucados feitos por todo o seu corpo, por muitas noites Márcio teve de ficar acordado cuidando do amigo que tinha muita febre e sonhava muito com a invasão, Rafael não havia lhes contado o que acontecera naquele dia.

-Rafael acorda, Rafael a gente tem que continuar, Rafael! - Márcio falava enquanto mexia nele.

Rafael acordou dando um forte soco na cara de Márcio, que caiu para trás. 

-Desculpa, Márcio, desculpa, desculpa, mil desculpas, cara! - Rafael estava visivelmente preocupado com seu amigo. 

-Relaxa, já estou acostumado, todo dia é assim - Márcio falou estirado no chão - cara, acho que você vai ter que contar isso logo! Catarina põe a mão no meu rosto, o resto eu faço. 

              Márcio contou uma piada para Catarina que começou a gargalhar, depois Márcio retirou a mão da menina de seu rosto que estava curado, ele conseguia extrair o melhor dela muito facilmente, Rafael se encantava muito com a conexão que se formava entre os dois. Em poucos dias eles já haviam criados laços muito fortes, sabiam que poderiam contar um com o outro nos piores dias.

Cavaleiros da noite: a ascensão da escuridão Onde histórias criam vida. Descubra agora