Capítulo IX - poder e emoção

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               Mark-Dylan estava meditando nos minutos que faltavam para invadir o cofre, precisaria de muita concentração, apesar das dificuldades ele não deixava sua autoconfiança se abalar em momento algum, pelo contrário, o desafio o cativava a se superar e descobrir novos limites para a sua magia. Ele era muito sábio, e tinha o conhecimento de que a magia é ilimitada, porém também sabia que ultrapassar o limite dos homens poderia ser prejudicial, ele gostaria de confirmar os rumores sobre ele ser o mago demônio, como costumavam o chamar.
                Rafael sabia reconhecer a força de um mago, só a presença de Mark-Dylan ali já mostrava que ele era muito mais forte que Rafael, era uma presença assombrosa como se sua energia transpassasse aos outros apenas por estar ali. Rafael não se incomodava com isso, sabia que não era o mago mais forte do mundo e ficava até feliz de ver alguém mais forte que ele na sua frente, poucas eram essas oportunidades, além disso um mago da mente agora seria útil para guiar os caminhos de Márcio na caminhada da magia. 

-Seis e meia, hora de começar a agir - Louis disse tremendo.

                 Mark-Dylan respirou fundo, fechou seus olhos e se concentrou em si mesmo, naquele momento o foco deveria ser o maior possível, ele novamente juntou suas mãos e foi abrindo devagar, o olho se formou entre suas mãos, porém dessa vez carregava mais força, parecia sugar o que estava em sua volta, como um buraco negro. A realidade estava sendo quebrada ali, uma espécie de névoa cinza passou a rodear o pé de todos, Mark-Dylan não faria um simples portal, ele estava absorvendo todo o poder que conseguisse para a missão. Era assustadora a aura que reinava naquele quarto, todos estavam calados, apenas assistindo àquela incrível possibilidade de ver a magia em sua forma mais pura, John chegou ao final do movimento com as mãos, o olho estava do tamanho de sua envergadura.

-Realitum! - ele invocou e jogou o olho ao chão.

                    John pulou dentro dele e instantaneamente estava dentro do cofre, tinha aproximadamente 5 metros de profundidade e 3 metros de largura e de altura, era feito de concreto e aço, era consideravelmente grande para guardar apenas dois pequenos frascos, anos antes havia muitas coisas ali porque Mark era praticamente um acumulador de tesouros. Aparentemente a idade o fez mudar de ideia e passou a pensar que todo esse acúmulo era inútil, então se livrou de tudo, deixando apenas o essencial ali, aqueles dois fracos eram tudo o que Mark mais se importava, Mark-Dylan estava feliz por estar tirando isso dele, se lembrava de seus tempos de criança e do sofrimento que alguns Z1000 passavam. Agora poderia se vingar de seu pai e além de tudo, poderia acabar com o sofrimento de duas pessoas de uma só vez, estava feliz.

-John, está me ouvindo? - Louis perguntou. 

-Sim, senhor Louis, diga o que acontece - Mark-Dylan respondeu. 

-Não consegui desligar o sistema de segurança da sala de Mark, é mais refinado do que eu pensava, preciso que dê um jeito. - Louis falou um pouco desesperado.

-Não se preocupe a toa, senhor, não lhe disse que isso seria fácil para mim? - Mark-Dylan disse confiante.

                       Ele estalou os dedos e trocou o líquido que estava no frasco por água, enquanto isso ele pôs os dois antídotos em "bolhas" que não permitiam que eles fossem perdidos, para evitar maiores problemas estalou novamente os dedos e fez um movimento com a mão como se cortasse o ar. Ao fazer isso uma fenda escura apareceu a sua frente, ele moveu seus dedos para cima e a fenda se abriu, então colocou as bolhas dentro daquele lugar e estalou novamente os dedos, fechando a fenda, era impressionante como Mark-Dylan brincava com a realidade como se fosse a coisa mais simples do mundo. Após fazer isso ele pulou dentro do olho que estava dentro do cofre e saiu no quarto onde eles estavam anteriormente.

Cavaleiros da noite: a ascensão da escuridão Onde histórias criam vida. Descubra agora