11 - Matheus/Larisa

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MATHEUS NARRANDO

E eu pensando que ia ficar a noite do lado da Larisa.

- E aí. - diz Rafa olhando pra mim.

- E aí o que?

- Desculpa mesmo ter atrapalhado o que for, mais se não tivesse encontrado ela amanhã íamos no enterro dela.

- Tudo bem. - digo.

- Faz um favor aí. - diz ela.

- Qual?

- Me leva nas costas até lá na minha casa. - diz ela e faz beiçinho . - Eu tô morta.

Ela é bem doidinha.

- Vem aí. - abaixo na frente dela.

Até que é leve.

- Então, quais são suas intenções com a minha amiga?

- As que ela quiser comigo. - digo.

- Nossa que fofinho. - diz ela rindo. - Não parta o coração dela se não eu vou triturar o seu, eu não sou apenas um rostinho bonito.

- Tá bom rostinho bonito. - digo rindo dela. - E o Pietro?

- O "mórmon"? Ele tá me enlouquecem e não é no outro sentido. - diz ela.

- Então por que não fica com outro? Me contaram que você é uma libertina, ou será que não admite que gosta dele?

- Eu não sei por que não fico com outros, ele tá fudendo a minha vida, tenho que me afastar e já.

- Você resolve tudo assim?

- Tirando as pessoas da minha vida pra não me machucar no futuro? Sim.

- Como pode saber do futuro? Não deve se basear em apenas uma história do seu passado.

- Não se preocupe, não é apenas uma história, são várias.

- Não se faz de burra que sei que não é, entendeu muito bem, da uma chance pro "mórmon", o que vai mudar? Penas mais uma história de coração quebrado no seu diário, ou pode ser uma história boa e cheia de corações.

- Isso era pra ajuda? - pergunta rindo. - Minha amiga escolheu bem a pessoa que colocou na cama dessa vez, espero que o rei não te mate.

- An?

- Nada. - diz descendo das minhas costas. - Obrigada Mat.

- Só falei o que era óbvio. - sorri.

- Pode deixar que agora eu estou boa pra andar, pode ir pra casa.

- Que bom, você estava pesada. - digo e ela me bate.

- Eu sou uma pena, até depois. - diz indo embora. - Se machucar minha amiga já sabe né.

- Sei sim. - ri e vou indo pro terminal.

Sendo no último banco do ônibus e olho pela janela vendo os últimos raios do sol e a lua começando a nascer, ela me ama rapaziada ama, a-m-a, ama, porra ela me ama! Caralho muleque, ela me ama, tipo ele ama eu.

Desço do ônibus e vou subindo o morro pensando nela quando vejo a mãe do TH e lembro dele, certeza que ia rir de mim por estar cheio de corações saindo da minha cabeça.

- Vai embora dona Maria? - encaro as suas malas.

- A meu filho... - diz ela sorrindo fraco. - Eu não vou conseguir aquentar ficar aqui, o Thiago era uma das coisas mais importantes pra mim e o único motivo pra estar aqui ainda, mais agora...

O Vagabundo E A DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora