13 - Matheus/Larisa

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DUAS SEMANA DEPOIS

Depois do jantar, o pai dela veio cheio de caô e de proibição, e pra vê-la depois disso todo dia era uma missão, nos vemos muito pouco durante essa semana, quando eu ia buscar ela no curso, ou quando ela inventou que ia pra casa da Rafa e eu estava lá pra passar a noite com ela.

O amor proibido continua em pé

Subconsciente: Mais até quando?

Cala boca.

Olho no relógio e são três horas da manhã, é tá tarde, às vezes na madruga no quarto dela, quando ouve-se um barulho de pedrinha na janela, ela já sabe o que é, quando ela abre olha pra baixo, dá um sorriso profundo, adivinha, visita pra dama, o vagabundo.

- Você é doido. - diz quando subo no telhado.

- Nunca viu Romeu e Julieta? - digo dando um selinho nela. - Oi Julieta.

- Oi meu Romeu. - diz rindo baixo. - Sabe que eles dois morrem no final né?

- Nada melhor que uma morte em uma grande história de amor. - entro em seu quarto. - Eu ou você?

- Credo, nem eu nem você vai morrer. - diz me abraçando. - Estava com saudades.

- Não imagina o quando eu estava. - a beijo com intensidade.

"...e a censura não permite falar o que acontecia..."

🎧🎧🎧

- Esses pequenos momentos é o que me dá esperança e força. - digo fazendo cafuné na sua cabeça que está sobre meu peito.

- Tudo é culpa minha...se eu... - diz e sinto uma gota cair na minha barriga.

- Ei. - seguro seu rosto e seco as lágrimas que escorrem. - Nada é culpa sua, você se apaixonou como qualquer outra pessoa, só a pessoa que você escolheu...

- É perfeita. - diz ela. - Eu nunca amei ninguém como eu te amo, e então meu pai não gosta de você.

- Larisa eu sei que você só tem a ele...mais você já é maior de idade, está na hora de abrir as asas e voar, fazer suas próprias escolhas. - digo. - Não estou falando pra abandonar seu pai, só pra...

- Deixar de ser a filhinha mimada e virar uma adulta. - completa. - Eu sei disso.

- Estou falando isso, não só porquê quero deixar de te ver por debaixo de uma mentira ou escondido, é porque é a realidade.

- Eu sei.

- Se ele te ama de verdade vai aceitar suas escolhas e que escolheu um muleque humildade da favela, pra estar do seu lado.

- Já falei que te amo?

- Várias vezes mais nunca vou cansar de ouvir.

- O Sol vai nascer. - diz olhando pra janela.

- Acho sua tenho que ir agora. - beijo sua testa pegando minhas roupas espalhadas pelo chão.

- Não vai.

- Bem que eu queria. - visto minha calça. - Mais além de não poder, você tem curso e eu trabalho.

- Hoje que vai cantar naquela festa né?

- Sim, vou lá organizar as coisas, se eu não atender o telefone me desculpa. - visto minha blusa.

- Se der um apareço lá, nunca te vi cantar, ou melhor se der não, eu vou.

- Está com o convite?

- Sim, bem guardado.

- Então até de noite? - digo me aproximando dela.

O Vagabundo E A DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora